PROJETO VIVA MÚSICA

NO II COLÓQUIO INTERNACIONAL: ESCRITA, SOM E IMAGEM


Data: 22 de maio, às 17:30
Local: CAD 3 (Centro de Atividades Didáticas 3)


Coordenadora do Projeto Viva Música: Professora Luciana Monteiro
Organizadora da edição do Viva Música no 2º Colóquio Internacional Escrita, Som e
Imagem: Professora Cecília Nazaré de Lima
 
Essa edição do Projeto Viva Música (palestra e concerto) da Escola de Música da UFMG
foi idealizada especialmente para o 2º Colóquio Internacional: escrita som e imagem, e
apresenta concepções musicais contemporâneas, resultantes de investigações sobre
relações entre palavras, imagens e sons e de cruzamentos transdisciplinares e
artísticos. As criativas expressões musicais, relacionadas com as novas tecnologias, o
cinema, a literatura, as artes plásticas e o teatro, proporcionam múltiplas experiências
sensoriais e afetivas ao ouvinte, transportando-o para diferentes espaços geográficos e
para o universo da magia, da brincadeira e das relações humanas.
 
Palestra: O processo criativo de Tramas da memória, de Oiliam Lanna, para o
filme Matéria de composição, de Pedro Aspahan. (Será apresentado trecho do filme
com a música original Tramas da memória)
Palestrante: Oiliam Lanna

1. Título: Estudo I para piano (Mémoire d´une présence absente) 1969
- Compositor: Jorge Peixinho
- Instrumentação e intérpretes: Piano: Ana Cláudia Assis; Vídeo: João Pedro Oliveira.
- Tempo aproximado de duração: 8 minutos
- Comentário: A peça será interpretada com vídeo criado, em 2018, por João Pedro
Oliveira e Ana Cláudia Assis no âmbito do projeto de investigação sobre o compositor
português Jorge Peixinho. As imagens, filmadas e processadas especialmente para a
composição musical, colocam em perspectiva questões estéticas e pessoais com as
quais o compositor lidava na época de sua criação. “Não se trata de uma tentativa de
tradução, mas, antes, de potencializar as relações intertextuais ou intermidiáticas
suscitadas a partir do contato do intérprete com a obra.” (Ana Cláudia e João Pedro) 

2. Título: Pandora, 2005

- Compositor: Sérgio Freire
- Instrumentação e intérpretes: caixa-clara e sistema musical interativo / Sérgio Freire
- Duração: 6 minutos
-  Comentário: A peça apresenta uma caixa-clara tocada à distância, por meio de
controladores de jogos digitais (em sua versão mais recente), e explora as ambiguidades entre uma sonoridade tipicamente acústica gerada pelo instrumento
acústico e os gestos tecnologicamente mediados.

3. Título: Espiral I (1985) e Espiral II (1993)

1 – Através do Canal (1:40) - Espiral I;
2 – Valéry (0:50) - Espiral I;
3 – Café de la Paix (1:53) - Espiral I;
4 – Café de la Paix (2:13) - Espiral II;
5 – Dia seguinte (1:25) - Espiral I;
6 – Dia seguinte (1:19) - Espiral II;
7 – Fragmento (1:28) - Espiral I;
8 – Espiral (1:40) - Espiral I.
- Compositor: José Antônio Rezende de Almeida Prado (poemas de José Aristodemo
Pinotti)
- Instrumentação e intérpretes: Voz (soprano): Yangmei Hon; Piano: Fred Natalino.
- Duração: 12:30
- Comentário: Os 25 poemas escritos pelo médico J. A. Pinotti (1934-2009), inspirados
em pinturas da artista plástica Fúlvia Gonçalves, deram origem aos três ciclos de
canções de Almeida Prado (1943-2010): Espiral (1985), Poemúsicas (1990) e Espiral II
(1993). Para esta apresentação, foram selecionadas algumas canções dos dois ciclos
homônimos, imaginadas como cartões postais sonoros, nos quais as lembranças de
Almeida Prado foram registradas em forma de música. Segundo o compositor, nas
peças estão presentes os retratos sonoros de “Veneza, Nova Iorque, Paris, Roma,
Cannes, Biarritz, Zurique, entre tantas recordações oníricas”.

4. Título: Le Bruit de Saint Lazare (2018), para piano, violão, flauta, saxofone e

eletrônica
Compositor: Eduardo Campolina
Intérpretes: Atelier Coletivo da UEMG
Flauta: Felipe Amorim
Saxofone: Gustavo Ferreira
Violão: Marlon Nascimento
Piano: Alice Belém
Regência: Rafael Godoi
Duração: 6 minutos
- Comentário: Le bruit de Saint Lazare utiliza, além do quarteto, piano, violão, flauta e
saxofone alto, uma trilha eletroacústica gravada em midia fixa. Os quatro grandes
gestos musicais iniciais, baseados em uma organização esquemática de anacruse-
acento-desinência, funcionam como uma exposição de materiais que serão
desenvolvidos no decorrer da música. Todos os sons eletrônicos utilizados na peça
derivam desses quatro gestos iniciais, e na própria eletrônica, por vezes, são utilizados
sons dos instrumentos acústicos, de modo a confundir a percepção do conjunto.

5. Título: Patty Cake (2002), para 2 músicos
- Compositor: Sean Griffin (EUA)
- Intérpretes: Duo Qattus: Elise Pittenger e Fernando Rocha.
- Duração: 9 minutos
- Comentário: Peça teatral baseada em brincadeiras infantis americanas normalmente
jogadas por meninas, e chamadas de 'patty cake'. Semelhante ao nosso ‘Adoleta’, a brincadeira corresponde a uma sequência de gestos realizados simultaneamente por
duas pessoas e acompanhados por um texto. A peça é dividida em quatro partes e
propõe reflexão sobre a importância dos jogos para o desenvolvimento da memória e
da confiança da criança. Musicalmente, percebe-se o interesse do compositor por
grandes sequências em uníssono: “Quando você vê performers executando longos
trechos de uníssono, um tipo diferente de experiência agógica ocorre. Você pode
imaginar que existe um espelho secreto, imaginário, que surge para moldar a
abstração das tarefas de cada performer. (...)Essa linguagem secreta ocorre nos olhos,
entre os dois artistas. Para nós, é o fenômeno cintilante e muito elétrico do
movimento rítmico ao vivo.” (Sean Griffin)

6. Título: A Paisagem (1987)

Compositor: Rodolfo Caesar
Instrumentação: eletroacústica, acusmática, em dois canais
Duração: ca. 6'
Comentário: Ouvimos um velho 78 rotações, com a ária Addio del Passato, da Traviata. Após o trecho inicial, a agulha deixa a superfície para mergulhar no ebonite, a matéria do disco. Essa materialidade, a da voz, a do texto e a da música, desenvolvem diferentes tecidos e sentidos. "Adeus, sonhos felizes de um tempo que se foi. A rosa da minha juventude desvaneceu e morreu."

7. Titulo: Amor Feinho (2017)
- Compositor: Paulo C. Chagas (poema de Adélia Prado)
- Instrumentação e intérpretes: Voz (soprano): Mônica Pedrosa; Violão: Fernando
Araújo
- Tempo aproximado de duração: 14 min.
- Comentário: Composta por Paulo C. Chagas, compositor baiano atualmente radicado
nos EUA, Amor Feinho é parte de um ciclo de canções, para soprano e violão, sobre
poemas de Adélia Prado escrito para o duo formado por Mônica Pedrosa e Fernando
Araújo. De acordo com o compositor, a peça busca exprimir musicalmente o universo
melancólico e esperançoso do poema, que fala sobre o amor entre homem e mulher e
sobre a banalidade dessa relação, e o diálogo entre o canto e o violão reflete seu
conteúdo. “Adélia Prado nos convida a aceitar a vida de forma leve e espirituosa e, ao
mesmo tempo, viver intensamente o amor, buscando a profundidade da relação.”
(Paulo C. Chagas).

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