Murilo Rubião

        Precursor do realismo mágico em nossa literatura; kafkiano antes de ter lido Kafka, Murilo Rubião consegue, no plano da grande arte literária, dar aos temas mineiros mais constantes (religiosidade, intimismo, solidão) enfoques novos, originais, de intenso brilho, extremo rigor na linguagem e visão crítica da

sociedade.

 

Nasceu na matriz de Silvestre Ferraz. hoje Carmo de Minas no dia 1° de junho do ano de 1916. Filho de Eugênio Rubião e Maria Antonieta Ferreira Rubião.

 

Murilo Rubião sentia grande desconforto em falar de sua própria personalidade. A timidez e a cerimônia herdada de seu pai o privou do convívio pessoal com várias pessoas, tanto que tornou-se celibatário.

 

Outro ponto marcante na personalidade de Murilo Rubião é que ele não tinha uma crença religiosa.

Estudou no Grupo Escolar Afonso Pena em Belo Horizonte, após ter estudado em Conceição do Rio Verde e Passa-Quatro. Concluiu o curso de Bacharelado em Humanidades no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte. tendo sido orador da turma. Tendo iniciado no trabalho ainda bem jovem Murilo Rubião exerceu vários cargos como: baleiro, vendedor de livros, professor, jornalista, diretor de um jornal e de uma estação de rádio, funcionário público atuante na época de Juscelino Kubitschek.

 

Morou em Belo Horizonte por vinte e cinco anos.

 

Faleceu em 1991. Seus restos mortais foram depositados no Cemitério do Bonfim em Belo Horizonte.

 

Seu acervo foi doado pela família em 1991 e possui vários volumes além de mobiliário, arquivo, pinacoteca, originais de suas obras, correspondência com escritores nacionais e estrangeiros, documentos de ordem pessoal e profissional, além de fotografias.

 


 Livros 

O Ex-Magico

(contos)

Rio de Janeiro

Universal

1947

A Estrela Vermelha

(contos)

Rio de Janeiro

Hipocampo

1953.

Os Dragões e outros contos

Belo Horizonte

Movimento-Perspectiva

1965.

O Pirotécnico Zacarias

(contos)

São Paulo

Ática

1974.

O Convidado

(contos)

São Paulo

Quiron

1974.

A Casa do Girassol Vermelho

(contos)

São Paulo

Ática

1974

O Homem do Boné Cinzento e Outras Historias

(contos)

São Paulo

Ática

1990

 

Contos Publicados em Jornais e Revistas

 

ALFREDO, Sombra. Rio de Janeiro, out. 1943.

ALFREDO, Folha de Minas. Belo Horizonte, 9 jan. 1944.

ALFREDO, Suplemento Literário do Minas Gerais. Belo Horizonte, 12 nov. 1944.

BÁRBARA, Folha de Minas. Belo Horizonte, 12 nov. 1944.

BÁRBARA, Diário Carioca. Rio de Janeiro, 11 fev. 1945.

BÁRBARA, O Jornal. Rio de Janeiro, 11 fev. 1945.

BÁRBARA, Diário Mercantil. Juiz de Fora, 29 jun. 1955.

BÁRBARA, Revista Branca. Rio de Janeiro, jan. 1955.

O BOM AMIGO BATISTA, Rio Social. Rio de Janeiro, abr. 1944.

O BOM AMIGO BATISTA, Folha de Minas. Belo Horizonte, 7 mai. 1944.

A CASA DO GIRASSOL VERMELHO, Folha de Minas. Belo Horizonte, 26 mar. 1944.

A CIDADE, Estado de Minas. Belo Horizonte, 6 ago. 1944.

A CIDADE, O Jornal. Rio de Janeiro, 1 out. 1944.

A CIDADE, Cultura. Belo Horizonte, 19 nov. 1946.

COBRA DE VIDRO, Estado de Minas. Belo Horizonte, 21 dez. 1947.

COBRA DE VIDRO, Rev, Odonto-Literária. Belo Horizonte, 15 mai. 1948.

OS COMENSAIS, Suplemento Literário do Minas Gerais. Belo Horizonte, 7 set. 1968.

OS DOIS MUNDOS DE JOÃO QUATORZE, Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, out. 1942.

OS DOIS MUNDOS DE JOÃO QUATORZE, Grifo. Belo Horizonte, out. 1943.

D. JOSÉ NÃO ERA, Alterosa. Belo Horizonte, set. 1947.

D. JOSÉ NÃO ERA, A Manhã. Rio de Janeiro, 21 mar. 1948.

D. JOSÉ NÃO ERA, Leitura. Rio de Janeiro, set. 1949.

OS DRAGÕES, Folha de Minas. Belo Horizonte, 10 ago. 1947.

OS DRAGÕES, O Jornal. Rio de Janeiro, 9 de nov. 1947.

OS DRAGÕES, Critica. Belo Horizonte, 20 ago. 1952.

OS DRAGÕES, Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 13 jun. 1953.

OS DRAGÕES, Pais e Filhos. Rio de Janeiro, 13 set. 1968.

O EDIFÍCIO, Jornal de Letras. Rio de Janeiro, set. 1949.

ELISA. Folha de Minas. Belo Horizonte, 1 jul. 1945.

ELISA. Esfera. Rio de Janeiro, 17 ago. 1946.

ELISA. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, jun. 1947.

ELVIRA e outros mistérios. Mensagem. Belo Horizonte, 1 fev. 1940.

ELVIRA e outros mistérios. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, 1 set. 1942.

ELVIRA e outros mistérios. Anuário Brasileiro de Literatura de 1942 . Rio de Janeiro, jan. 1943.

A ESTRELA. Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 22 jan. 1950.

A ESTRELA. Diário de São Paulo. São Paulo, 4 jun. 1950.

A ESTRELA VERMELHA. Folha de Minas. Belo Horizonte, 1 abr. 1950.

EUNICE E AS FLORES AMARELAS. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, maio 1941.

EUNICE E AS FLORES AMARELAS. Anuário Brasileiro de Literatura. Rio de Janeiro, out. 1941.

EUNICE E AS FLORES AMARELAS. Roteiro. São Paulo, 15 jul. 1943.

EU, O GRÃO-MOGOL E OS MANDARINS. Revista Belo Horizonte. Jun. 1941.

O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA. Sombra. Rio de Janeiro, jun. 1943.

O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA. Folha de Minas. Belo Horizonte, 21 nov. 1943.

O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, set. 1944.

O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA. Revista do Globo. Porto Alegre, abr. 1948.

O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA. Diário de Notícias. Rio de Janeiro, 8 maio 1949.

O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA. Crítica. Belo Horizonte, abr. 1956.

O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA. Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 1 de fev. 1964.

A FILOSOFIA DE GRÃO-MOGOL. Folha de Minas. Belo Horizonte, 8 jun. 1941.

A FLOR DE VIDRO. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, jun. 1952.

A FLOR DE VIDRO. Diário de Minas. Belo Horizonte, 29 nov. 1953.

O HOMEM DO BONÉ CINZENTO. Revista de Minas. Belo Horizonte, 17 abr. 1945.

JUPARASSU. Folha de Minas. Belo Horizonte, 21 jan. 1945.

OS LÁBIOS DE ISAURINHA. Alterosa. Belo Horizonte, 2 jan. 1944.

A LUA. Panorama. Belo Horizonte, nov. 1947.

A LUA. O Jornal. Rio de Janeiro, 18 jan. 1948.

A LUA. Diário de Pernambuco. Recife, 25 jan. 1948.

A LUA. Revista Pampulha. Belo Horizonte, dez. 1952.

A LUA. Estado de Minas. Belo Horizonte, 3 nov. 1963.

MARGARIDA E OUTRAS RETICÊNCIAS. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, jun, 1940.

MARIA, DA FAMILIA DOS MONSTROS. Revista Belo Horizonte, Belo Horizonte, abr. 1941.

MARIAZINHA. Sombra. Rio de Janeiro, abr. 1943.

MARIAZINHA. Nenhum. Belo Horizonte, jun. 1947.

MARINA, A INTANGÍVEL. Revista do Brasil. Rio de Janeiro, abr. 1944.

MARINA, A INTANGÍVEL. Folha de Minas. Belo Horizonte, 23 abr. 1952.

MEMÓRIAS DE UM CALÍGRAFO. O Diário. Belo Horizonte, 6 fev. 1942.

MEMÓRIAS DO CONTABILISTA PEDRO INÁCIO. Folha de Minas. Belo Horizonte, 17 out. 1943.

MEMÓRIAS DO CONTABILISTA PEDRO INÁCIO. Esfera. Rio de Janeiro, jun. 1945.

O MUNDO TEM DUAS FACES. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, jul. 1940.

O MUNDO TERMINA NA RUA DAS MAGNÓLIAS. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, ago. 1941.

NOÊMIA E O ARCO-ÍRIS. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, set. 1945.

A NOIVA DA CASA AZUL. O Cruzeiro. Rio de Janeiro, out. 1943.

A NOIVA DA CASA AZUL. A Voz Acadêmica. Belo Horizonte, ago. 1956.

OFÉLIA, MEU CACHIMBO E O MAR. Folha de Minas. Belo Horizonte, 15 jun. 1943.

OFÉLIA, MEU CACHIMBO E O MAR. Alterosa. Belo Horizonte, maio 1940.

OG E OS DOIS OLHOS DE AMELINHA. Folha de Minas. Belo Horizonte, 28 set. 1941.

O OUTRO JOSÉ HONORIO. Revista Belo Horizonte. Belo Horizonte, maio. 1940.

PETÚNIA. Suplemento Literário do Minas Gerais. Belo Horizonte, 6 set. 1969.

O PIROTÉCNICO ZACARIAS. O Cruzeiro. Rio de Janeiro, abr. 1943.

PROCURA-SE UMA FARAÓ. Folha de Minas. Belo Horizonte, 9 mar. 1941.

REFLEXÕES DE UM ZERO. Leitura. Belo Horizonte, out. 1943.

OS TRÊS NOMES DE GODOFREDO. O Jornal. Rio de Janeiro, 18 jun. 1944.

 

Contos publicados em jornais e revistas estrangeiros (traduções)

 

BÝVALÝ KOUZELNÍK HOSPODY MINHO. [O ex-mágico da Taberna Minhota]. Host Do Domu. Praga, XVII, 1970.

DIE DRACHEN. [Os Dragões]. Frankfurter Allgemeine Zeitung. Donennertag, 13 mar. 1969.

EL EX-MAGO. Pequena Antologia de Cuentos Brasileños. Selección Marques Rebelo. Trad. Raul Novarro. Notas de Luís M. Baudizzone, Buenos Aires, Ed. Nova, 1946.

EL EX-MAGO DE LA TABERNA MIÑOTA. Revista Nacional de Cultura. Caracas, Venezuela, Instituto Nacional de Cultura y Bellas Artes,  oct./nov./dic. 1967.

EPIDOLIA. Svĕtová Literatura, nº 1. Trad. Pavla Limilová. Praga, 1978.

HOSE. [O Convidado] Revue Svetovej Literatúry nº 4. Trad. Miroslav Lenghardt, Bratislava, 1976.

KRALICEK TELECO. [Teleco o Coelhinho]. Trad. Pavla Lidmilová. Svĕtová Literatura. Praga, dez. 1969.

 

Contos incluídos em antologias.

 

A ARMADILHA. Leituras Brasileiras Contemporâneas. Washington D. C., Ed. Brazilian American Cultural Instituti, 1970.

BÁRBARA. Contistas Brasileiros (New Brazilian Short Stories). Rio de Janeiro, Revista Branca, 1956.

BÁRBARA. Antologia Brasileira de Humorismo. Rio de Janeiro, Ed. do Autor, 1965.

BARBARA. Brasil, Prosa e Poesia. New York, Las Americas Publishing, 1969.

BARBARA. L'occhio dall'altra parte. Vanni Scheiwller, Milão, Itália, 1978.

A CASA DO GIRASSOL VERMELHO. Erotismo no Conto Brasileiro. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980.

EL EX-MAGO. Pequeña antologia de cuentos brasileños. Buenos Aires, Editorial Nova, 1946.

O EX-MAGICO DA TABERNA MINHOTA. Antologia de contos dos escritores novos do Brasil. Rio de Janeiro, Revista Branca, 1949.

O EX-MÁGICO. O conto mineiro. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1960.

O EX-MAGICO. O conto na vida burocrática. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1960.

O EX-MAGICO DA TABERNA MINHOTA. Vinte contos brasileiros. Washington D.C., R. Anhony University Press, 1980.

DER EX ZAUBERER DER TAVERNE MINHOTA. [O ex-magico da Taberna Minhota]. Alemanha, Horst Erdmann Verlag, 1967.

A FLOR DE VIDRO. O conto brasileiro contemporâneo (seleção por Alfredo Bosi). São Paulo, Cultrix, 1975.

GMACH. [O Edifício]. Krakow, Polônia. Wydaw mictwo Licterackie, 1977.

GODOFREDOS TRE-NAVN. [Os três nomes de Godofredo]. Latin-Amerikanse noveller. Noruega, Den Norske Bokklubben, 1980.

MARIAZINHA. Mulheres e mulheres. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1978.

A NOIVA DA CASA AZUL. Mulheres e mulhers. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1978.

OFÉLIA MEU CACHIMBO E O MAR. Contos Brasileiros. (seleção por Graciliano Ramos). Rio de Janeiro, José Olympio, 1956.

OFÉLIA MEU CACHIMBO E O MAR. O moderno conto brasileiro. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978.

TELECO, EL CONEJITO. [Teleco, O coelhinho]. Nuevos cuentistas brasileños. Caracas, Venezuela, Monte Ávila Editores, 1969.

TELECO, O COELHINHO. Menino no Quintal. Belo Horizonte, Ed. Leme, 1978.

OS TRÊS NOMES DE GODOFREDO. O conto brasileiro contemporâneo (seleção por Alfredo Bosi). São Paulo, Cultrix, 1975.

OS TRÊS NOMES DE GODOFREDO. Antologia do conto fantástico latino-americano. Plodvdiv, Bulgária, Danov, 1979.