Histórico

Criado em Salvador no segundo semestre de 1990 por iniciativa do diretor Márcio Meirelles e em parceria com a agremiação Olodum, o Bando de Teatro Olodum vem se destacando na cena brasileira por colocar em prática um complexo projeto poético-político que inclui representar o cotidiano da população negra, combater o racismo, valorizar e divulgar a cultura negra no país, contribuir para a presença ativa do negro na sociedade, promover a conscientização e a construção das identidades negras, capacitar artistas negros, desenvolver dramaturgia e linguagem cênica própria. O nome já indica o caráter combativo e afirmativo do grupo: a palavra “bando” designava a reunião de africanos escravizados com o objetivo de organizar a fuga para o quilombo, já “olodum” veio de empréstimo do bloco carnavalesco de resistência negra.

A companhia tem por influência a cultura negra baiana, absorvendo dela a religiosidade, o caráter festivo e popular, a dança, os ritmos, os instrumentos percussivos, a memória ancestral, a estética corporal, as formas de resistência, a ênfase no registro oral da língua. Todos esses aspectos são elaborados artisticamente, resultando em uma estética engajada de cunho racial que flerta com o humor e a ironia (por vezes, corrosiva) para debater temas caros à comunidade negra: a violência institucional, a discriminação, as desigualdades sociais, as violações de direitos fundamentais. Para transformar esse complexo material em um modo de expressão único, o Bando investe em treinamento semanal - mesmo quando não está em cartaz ou em processo de criação - nas áreas de canto, dança, iniciação musical e interpretação.

O processo colaborativo foi a forma encontrada pelo grupo para enriquecer a criação artística, de modo a favorecer a diversidade de perspectivas sobre as questões a serem representadas no palco e ampliar o raio de atuação do artista negro. Nesse sistema, o ator é transformado em co-criador tanto do texto quanto do espetáculo, seja quando contribui para a dramaturgia por meio das improvisações, seja quando colabora com ideias relacionadas à cena ou com a execução do próprio espetáculo (assumindo funções técnicas). As funções artísticas (diretor, dramaturgo, concepção cênica, figurinista) são preservadas e os responsáveis por cada setor têm a autonomia necessária para costurar as contribuições surgidas na sala de ensaio, a fim de conferir harmonia ao trabalho coletivo.

A estreia do Bando ocorreu em 1991 com o espetáculo Essa é nossa praia. A peça trata do cotidiano da cidade e se vale de figuras típicas da região do Pelourinho numa mistura inusitada de riso e denúncia social. O formato deu certo e agradou ao público local que se viu representado no tema, na estética do espetáculo, na performance do ator – e, por que não dizer, também na identidade racial dos artistas envolvidos, uma vez que ainda não era tão comum a existência de companhias negras atuando nas áreas centrais da cidade. O sucesso da estreia e a riqueza temática do Pelourinho levou o Bando a criar outros dois espetáculos ambientados na comunidade do Maciel. Trata-se de Ó paí O! (de 1992) e Bai Bai, Pelô! (de 1994), peças nas quais alguns personagens do primeiro espetáculo reaparecem e dialogam com novas figuras em novos contextos – debatendo inclusive os efeitos das transformações da paisagem soteropolitana devido à reforma do centro histórico.

Ainda em 1991, o coletivo produziu O novo mundo e inaugurou outra modalidade de espetáculo com ênfase na dança e nas tradições do candomblé. Algo semelhante foi tentado anos depois com Áfricas (espetáculo infanto-juvenil calcado na mitologia africana), de 2007, Bença (peça que evoca a ancestralidade negra e a memória dos mais velhos em uma composição típica de vanguarda), de 2010, e (onde a performance afro ganha o centro das atenções embalada pela dança japonesa Butoh de Tadashi Endo), de 2015.

Outra vertente explorada pelo Bando é a adaptação de textos clássicos à realidade da capital baiana. Este é o caso de Woyzéck (do escritor Georg Büchner) encenada em 1993; Medeamaterial (de Heiner Muller) produzida em 1993; Ópera de três mirreis (1996) e Ópera de 3 reais (1998) (ambas adaptadas de Bertolt Brecht); Um tal de Dom Quixote (baseado em Cervantes e encenado por ocasião da reinauguração do Teatro Vila Velha), em 1998; Sonho de uma noite de verão (de William Shakespeare), espetáculo de 1999 que contou com nova versão em 2006; Material Fatzer (de Bertolt Brecht e Heiner Muller) em 2001. Além dessas produções, o Bando se aproveitou da típica poesia popular do nordeste em Oxente, cordel de novo?, no ano de 2003. Outra proeza foi trabalhar em parceria com vários dramaturgos e artistas visando a construção do texto e do espetáculo Auto-Retrato aos 40 (de 2004) para homenagear as quatro décadas de existência do Teatro Vila Velha.

O combate feroz ao racismo, a denúncia do extermínio da população negra e a postura de resistência frente a uma sociedade conivente com tais práticas de exclusão se fez sentir já nos espetáculos que recuperavam temas históricos misturados a novas realidades, tais como Zumbi (de 1995), Zumbi está vivo e continua lutando (1995) e Erê pra toda vida / xirê (1996) – este último, inspirado na chacina da Candelária ocorrida no Rio de Janeiro em 1993. O amadurecimento do engajamento do grupo resultou no consagrado espetáculo Cabaré da RRRRRaça, de 1997, no qual os atores debatem abertamente com o público sobre a construção das identidades negras e a condição de vida dessa população, expondo os estereótipos, as piadas, os comportamentos, as situações em que o racismo se manifesta.

A crítica à violência impetuosa que ocorre na periferia e à pauperização da população negra é tema das peças Relato de uma guerra que (não) acabou (2002), O muro (2004) e Erê (2015) – sendo este uma releitura do espetáculo homônimo de 1996. O espetáculo Já fui! (1999), financiado pelo Detran da Bahia, é um tanto “fora da curva” devido ao seu caráter educativo (trata-se do único não comercializado pelo grupo até o momento, sendo antes voltado para empresas e instituições específicas).

Afora os 25 espetáculos supracitados, o Bando participou de uma adaptação fílmica e uma série (esta última, exibida entre 2007 e 2008 pela rede Globo) inspirada em Ó paí Ó!, do longa metragem Jardim das Folhas Sagradas, além de estar prestes a lançar o primeiro documentário sobre o grupo, dirigido por Lázaro Ramos – ator que iniciou carreira na companhia baiana em questão. Em 2018, foram iniciadas as gravações de um segundo filme baseado em Ó Paí Ó!, aspecto revelador da vitalidade e atualidade da dramaturgia do grupo. Vale dizer que os atores do Bando também participam de projetos paralelos e autorais no cinema, no teatro, na televisão. Em termos de divulgação da produção de arte e cultura negra, o coletivo vem cumprindo papel importante na esfera local e nacional, por meio da organização de eventos (Terças pretas), festivais (A cena tá preta) e dos Fóruns de Performance Negra (atualmente na quarta edição). A companhia também levou a sua arte para outros cantos do mundo, apresentando-se em Londres (com Erê pra toda vida / xirê), em Angola (com Cabaré da RRRRRaça), na Alemanha (com Sonho de uma noite de verão).

A relevância artística e histórica do Bando de Teatro Olodum é atestada não só pelo público fiel e em expansão que o acompanha por mais de duas décadas, mas também pela crítica especializada. Há livros, teses, dissertações, ensaios, artigos, trabalhos apresentados e publicados em anais de eventos nacionais e internacionais sobre a atividade do grupo. Ao longo dessa trajetória em andamento, o coletivo foi agraciado com prêmios de melhor direção para Márcio Meirelles, bem como com os troféus de melhor ator e melhor atriz para alguns de seus integrantes.

Bibliografia consultada

MEIRELLES, Márcio. Histórico do Banco [sic] de Teatro Olodum. Disponível em: <http://www.marciomeirelles.com.br/site/wp-content/uploads/2011/07/bando.pdf> Acesso em: 10 jan. 2018.

UZEL, Marcos. O teatro do Bando: negro, baiano, popular. Salvador: P555 Edições, 2003.

Sites consultados:

BANDO DE TEATRO OLODUM. Disponível em: <http://bandodeteatro.blogspot.com.br/>. Acesso: 08 ago. 2017.

BANDO DE TEATRO OLODUM. Disponível em: < http://www.teatrovilavelha.com.br/gresidentes/bando.htm >. Acesso: 08 ago. 2017.

BLOG DO VILA. Bando de Teatro Olodum realiza projeto Terças Pretas em maio. Salvador: Blog do Vila, 16 maio 2017. Disponível em: <http://blogdovila.blogspot.com.br/2017/05/bando-de-teatro-olodum-realizaprojeto.html> Acesso: 08 ago. 2017.

BLOG DO VILA. Festival “A Cena Tá Preta” celebra arte negra com teatro, música, moda, dança e cinema em Salvador. Salvador: Blog do Vila, 27 out. 2016. Disponível em: <http://blogdovila.blogspot.com.br/2016/10/festival-cena-ta-preta-celebra-arte.html> Acesso: 08 ago. 2017. 


PRODUÇÕES

Espetáculos

. 2015. Concepção e direção: Tadashi Endo. Texto e roteiro: Tadashi Endo e Bando de Teatro Olodum. Assistente de direção: Chica Carelli. Música original: Jarbas Bittencourt. Canções: Dream a little dream (Fabian Andre, Wilbur Schwandt e Gus Kahn) com Louis Armstrong e Ella Fitzgerald e Um canto de Ifá (Ythamar Tropicália e Rey Zulu) com Virgínia Rodrigues. Figurino: Tadashi Endo e Elenco. Espaço cênico: Marcio Meirelles. Iluminação: Rivaldo Rio. Elenco: Ednaldo Muniz, Elane Nascimento, Fábio Santana, Leno Sacramento, Ridson Reis, Sérgio Laurentino, Valdinéia Soriano. Filmagem e edição dos vídeos: Rafael Grilo e Rogério Vilaronga. Operação de vídeo e áudio: Rafael Grilo. Contraregra: Garlei Souza. Fotografia: João Milet Meirelles e Márcio Meirelles.

Erê. 2015/2017. Concepção Cênica: Lázaro Ramos. Texto: Daniel Arcades. Direção: Fernanda Júlia / Zebrinha. Assistente de direção: Antônio Marcelo. Direção Musical: Jarbas Bittencourt. Arranjos: Jarbas Bittencourt, Cell Dantas, Daniel Vieira (Nine) e Maurício Lourenço. Coreografia: Zebrinha. Assistente de Coreografia: Arismar Adoté Junior. Figurino: Thiago Romero. Cenário: Zebrinha. Iluminação: Rivaldo Rio e Marco Dedê. Fotografia: Andrea Magnoni. Produção: Bando Produções Artísticas. Coordenação de Produção: Valdineia Soriano. Equipe de Produção: Cassia Valle, Fábio Santana, Jorge Washington e Ridson Reis. Elenco: Cássia Valle, Deyse Ramos, Elane Nascimento, Gabriel Nascimento, Gerimias Mendes, Jamile Alves, Jorge Washington, Leno Sacramento, Lucas Leto, Merry Batista, Naira da Hora, Renan Mota, Ridson Reis, Sergio Laurentino, Shirlei Sanjeva, Valdineia Soriano e Vinicius Carmezim. Ator Convidado: Rui Manthur. Músicos: Cell Dantas, Daniel Vieira (Nine) e Maurício Lourenço.

Bença. 2010. Direção, concepção do roteiro cênico e de encenação: Márcio Meirelles. Fragmentos de textos: Bando de Teatro Olodum. Co-Direção teatral e Direção de Produção: Chica Carelli. Coreografia: Zebrinha. Direção Musical: Jarbas Bittencourt. Iluminação: Rivaldo Rio. Cenário: Márcio Meirelles. Elenco: Arlete Dias, Auristela Sá, Cássia Valle, Cell Dantas, Clésia Nogueira, Ednaldo Muniz, Elane Nascimento, Fábio Santana, Gerimias Mendes, Jamile Alves, Jorge Washington, Leno Sacramento, Merry Batista, Rejane Maia, Rídson Reis, Robson Mauro, Sergio Laurentino, Telma Souza, Valdinéia Soriano. Músicos: Maurício Lourenço e Daniel Vieira (Nine).

Áfricas. 2007. Texto: Chica Carelli e Bando de Teatro Olodum. Direção: Chica Carelli. Elenco: Arlete Dias, Auristela Sá, Cássia Valle, Cell Dantas, Ednaldo Muniz, Elane Nascimento, Érico Brás, Fábio Santana, Gerimias Mendes, Jamile Alves, Jorge Washington, Leno Sacramento, Ridson Reis, Robson Mauro, S.L. Laurentino, Telma Souza, Valdinéia Soriano.

Sonho de uma noite de verão. 2006. Texto: William Shakespeare. Tradução: Bárbara Heliodora. Direção: Marcio Meirelles. Elenco: Auristela Sá, Clésia Nogueira, Ednaldo Muniz, Elane Nascimento, Érico Brás, Fábio Fantana, Gerimias Mendes, Jamile Alves, Jorge Washington, Leno Sacramento, Merry Batista, Rejane Maia, S. L. Laurentino, Telma Souza e Valdinéia Soriano. Atores Convidados: AC Costa, Cell Dantas, Dailton Silva, Inácio D'eus, Ridson Reis, Robson Mauro e Roquildes Júnior.

Auto-Retrato aos 40. 2004. Texto: Cacilda Povoas, Fábio Espírito Santo, Gil Vicente Tavares, Gordo Neto, Marcio Meirelles - a partir de cartas, documentos e matérias de jornal do arquivo do teatro vila velha. Pesquisa e organização do arquivo do Teatro Vila Velha: Fernando Fulco, Marcio Meirelles e Vinício de Oliveira. Direção: Chica Carelli, Cristina Castro, Débora Landim, Gordo Neto, Jarbas Bittencourt, Marcio Meirelles. Assistência de direção: Iara Colina. Assistência de direção musical: Dailton de Andrade. Assistente de coreografia: Nara Couto. Iluminação: Everaldo Belmiro, Fábio Espírito Santo e Rivaldo Rio. Montagem e operação de luz: grupo técnico do Teatro Vila Velha. Engenharia e operação de som: Maurício Roque. Figurino: Marcio Meirelles. Confecção de figurino: Eliana Santana, Rosângela Gomes, Sarai Santos. Estampagem do figurino: Ednaldo Muniz. Assessoria de imprensa: Beto Mettig, Joceval Santana, Juliana Protásio. Fotos: Márcio Lima. Elenco: Bando de Teatro Olodum: Alessandro Barreto, Auristela Sá, Cássia Valle, Chica Carelli, Clésia Nogueira, Edgar Sacramento, Ednaldo Muniz, Elaine Nascimento, Érico Brás, Fábio Santana, Fernando Araújo, Gerimias Mendes, Inaiara Ferreira, Iracema Ferreira, Jorge Washington, Leno Sacramento, Marcio Neri, Merry Batista, Nelson Filho, Rejane Maia, S. L. laurentino, Tatiania Santana, Telma Souza, Valdineia Soriano e elenco dos grupos Cia Novos Novos, Cia Teatro dos Novos, Viladança, Vilavox. Músicos: Jarbas Bittencourt, João Meirelles e Saulo Gama.

O muro. 2004. Texto: Cacilda Povoas. Encenação: Marcio Meirelles. Elenco: Alessandro Fernandes, Auristela Sá, Cássia Vale, Chica Carelli, Cláudio Mendes, Clésia Nogueira, Edgar Sacramento, Ednaldo Muniz, Elaine Nascimento, Eliana Negreiro, Érico Brás, Fábio Santana, Inaiara Ferreira, Iracema Ferreira, Jamile Alves, Jorge Washington, Leno Sacramento, Márcio Néri, Nildes Vieira, Rejane Maia, Roson Oliveira, L. Laurentino, Tatiania Santana, Telma Souza e Valdinéia Soriano.

Oxente, cordel de novo?. 2003. Adaptação de vários textos e autores. Direção: Marcio Meirelles. Elenco: Auristela Sá Baretto, Cássia Valle, Chica Carelli, Edinaldo Muniz, Érico Brás, Fabio Santana, Geremias Mendes, Fernando Araújo, Haydil Linhares, Jorge Washington, Leno Sacramento, Merry Batista, Marisia Motta, Rivaldo Rio, S. L. Laurentino, Valdinéia Soriano.

Relato de uma guerra que (não) acabou. 2002. Texto: Marcio Meirelles. Direção: Marcio Meirelles. Co-direção: Chica Carelli. Elenco: Adriano Fernandes, Alessandro Barreto, Alex Correia Santos, Auristela Sá, Bira Santana, Cassia Vale, Cláudio Mendes, Clésia Nogueira, Edgar Sacramento, Ednaldo Muniz, Elaine Nascimento, Eliana Negreiro, Érico Brás, Fabio Cabeça, Fernando Araújo, Inaiara Ferreira, Iracema Ferreira, Jamile Alves, Jorge Washington, Leno Sacramento, Marcio Néri, Nelson Filho, Rejane Maia, Robson Oliveira, S. L. Laurentino, Taís Santos, Tatiania Santana, Telma Souza e Valdinéia Soriano.

Material Fatzer. 2001. Texto: Bertot Brecht e Heiner Muller. Tradução: Christine Röhrig. Direção: Marcio Meirelles. Elenco: Cássia Valle, Érico Brás, Fernando Araújo, Jorge Washington, S. L. Laurentino, Valdinéia Soriano, Adriana de Oliveira, Alex Muniz, Carlos de Albuquerque, Carolina Ribeiro, Cell Dantas, Chica Carelli, Cláudio Machado, Clarissa Torres, Fabiana Coelho, Gordo Neto, Iara Colina, João Vicente, Lucci Ferreira, Lucio Tranchesi, Manhã Ortiz, Márcia Lima, Margareth Santos, Pedro Morais, Ronaldo Magalhães, Rosa Espinheira, Rose Oliveira, Rui Manthur, Sandra Lea Oliva, Sandra Matos, Suzana Matta, Vânia Dias, Vinício Oliveira, Virginia Luz, Waldélia Dias.

Já fui!. 1999. Texto: Marcio Meirelles e Bando de Teatro Olodum. Direção: Marcio Meirelles. Assistência de Direção: André Mustafá. Elenco: Agnaldo Buiú, Arlete Dias, Auristela Sá, Cássia Valle, Ednaldo Muniz, Érico Brás, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Leno Sacramento, Luís Fernando Araújo, Merry Batista, Rejane Maia eValdinéia Soriano.

Sonho de uma noite de verão. 1999. Texto: William Shakespeare. Tradução: Bárbara Heliodora. Direção e figurino: Marcio Meirelles. Elenco: Agnaldo Buiú, Arlete Dias, Ednaldo Muniz, Jorge Washington, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Leno Sacramento, Adelmo Pelágio, Ana Paula Divinal, Anita Bueno, Antônio Soares, Chica Carelli, Eduardo Pinheiro, Fabiana Coelho, Franklin Albuquerque, Gal Quaresma, Gordo Neto, Gustavo Melo, Iara Colina, Jansen Nascimento, Jaciara Dias, Karina de Faria, Kita Veloso, Roberto Brito, Rui Manthur, Sara Victoria, Thaís Villar, Vinício Nascimento, Vinício de Oliveira e Xanda Xuva.

Ópera de 3 reais. 1998. Texto: Bertolt Brecht. Direção: Marcio Meirelles e Chica Carelli. Elenco: Agnaldo Buiú, Arlete Dias, Auristela Sá, Cássia Valle, Chica Carelli, Cristóvão da Silva, Ednaldo Muniz, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Leno Sacramento, Luís Fernando Araújo, Merry Batista, Nauro Neves, Nildes Vieira, Rejane Maia, Tânia Toko e Valdinéia Soriano. Ator convidado: Rui Manthur.

Um tal de Dom Quixote. 1998. Texto inspirado na obra de Miguel de Cervantes. Direção: Marcio Meirelles. Elenco: Agnaldo Buiú, Auristela Sá, Cristóvão da Silva, Cássia Valle, Ednaldo Muniz, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Leno Sacramento, Luís Fernando Araújo, Merry Batista, Tânia Toko, Valdinéia Soriano, Carlos Petrovich, Cristina Castro, Sônia Robatto.

Cabaré da RRRRRaça. 1997. Texto: Márcio Meirelles e Bando. Direção: Márcio Meirelles. Co-direção: Chica Carelli. Elenco: André Luis, Arlete Dias, Elane Nascimento, Auristela Sá, Cássia Vale, Clésia Nogueira, Gerimias Mendes, Merry Batista, Edgar Sacramento, Ednaldo Muniz, Elaine Nascimento, Eliana Negreiro, Érico Brás, Fábio Santana, Inaiara Ferreira, Jamile Alves, Jorge Washington, Leno Sacramento, Márcio Néri, Rejane Maia, L. Laurentino, Telma Souza e Valdinéia Soriano.

Ópera de três mirreis. 1996. Texto: Bertolt Brecht. Direção: Marcio Meirelles e Chica Carelli. Elenco: Arlete Dias, Auristela Sá, Cássia Valle, Cristóvão da Silva, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Leno Sacramento, Luciana Souza, Luís Fernando Araújo, Melquesedeque Sacramento, Merry Batista, Nauro Neves, Nildes Vieira, Rejane Maia, Suzana Matta, Tânia Toko e Valdinéia Soriano. Convidado: Fernando Fulco.

Erê pra toda vida / xirê. 1996. Roteiro: Marcio Meirelles. Direção: Marcio Meirelles e Chica Carelli. Elenco: Arlete Dias, Auristela Sá, Cristóvão da Silva, Edson Escovão, Dinho, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Leno Sacramento, Luciana Souza, Melquesedeque Sacramento, Rejane Maia, Suzana Matta, Valdinéia Soriano, Virgínia Rodrigues.

Zumbi está vivo e continua lutando. 1995. Texto: Marcio Meirelles, Bando de Teatro Olodum e Aninha Franco. Direção: Marcio Meirelles. Direção de elenco: Chica Carelli. Elenco: Arlete Dias, Auristela Sá, Cássia Valle, Cristóvão da Silva, Ednaldo Muniz, Edvana Carvalho, Jorge Washington, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Merry Batista, Nauro Neves, Nildes Vieira, Rejane Maia, Suzana Matta, Tânia Toko, Valdinéia Soriano e Virgínia Rodrigues. Convidado: Mário Gusmão (Gangazumba).

Zumbi. 1995. Texto: Marcio Meirelles, Bando de Teatro Olodum e Aninha Franco. Direção: Marcio Meirelles e Chica Carelli. Elenco: Arlete Dias, Auristela Sá, Cristóvão da Silva, Edvana Carvalho, Edinaldo Muniz, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Luciana Souza, Merry Batista, Nauro Neves, Rejane Maia, Sergio Amorim, Suzana Matta, Valdinéia Soriano e Virgínia Rodrigues.

Bai Bai, Pelô. 1994. Texto: Marcio Meirelles e Bando de Teatro Olodum. Direção: Marcio Meirelles e Chica Carelli. Elenco: Anativo Oliveira, Arlete Dias, Auristela Sá, Cássia Valle, Cristóvão da Silva, Ednaldo Muniz, Edvana Carvalho, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Luciana Souza, Merry Batista, Nauro Neves, Nildes Vieira, Rejane Maia, Rivaldo Rio, Rony Cássio, Sérgio Amorim, Suzana Matta, Tânia Toko,Valdinéia Soriano e Virgínia Rodrigues.

Medeamaterial. 1993. Texto: Heiner Muller. Direção: Marcio Meirelles. Assistente de direção: Chica Carelli. Elenco: Agnaldo Buiú, Aloísio Menezes, Ana Sá, Arlete Dias, Carlos André / Mabaço, Cristóvão da Silva, Dedé Maurício, Ednaldo Muniz, Eliete Miranda, Gerimias Mendes, Isabel Marinho, Joaci dos Santos Piau, Jorge Washington, Mazé Silva, Marinho Calazans, Nauro Neves, Nildes Vieira, Raquel Rodrigues, Rejane Maia (Medéia Negra), Rivaldo Rio, Saulo Robledo, Sérgio Braga, Sérgio Amorim, Suzana Matta, Tânia Toko, Jubiracy Machado e Valdinéia Soriano. Atores convidados: Adyr D'Assumpção, Guilherme Leme e Vera Holtz.

Woyzéck. 1993. Texto: Georg Büchner. Direção: Marcio Meirelles. Co-direção: Chica Carelli. Elenco: Aloísio Menezes, Arlete Dias, Cássia Valle, Cristóvão da Silva, Dedé Maurício, Ednaldo Muniz, Eliete Miranda, Fábio Santos, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Luciana Souza, Merry Batista, Nauro Neves, Nildes Vieira, Nilton Rangel, Orlando Martins, Raquel Rodrigues, Rivaldo Rio, Sérgio Braga, Rejane Maia, Valdinéia Soriano. Participação: Banda Mirim Olodum.

Ó Paí, Ó!. 1992/2002/2007. Texto: Marcio Meirelles e Bando de Teatro Olodum. Direção: Marcio Meirelles e Chica Carelli. Elenco: Aloísio Menezes, Anativo Oliveira, Arlete Dias, Armando Costa, Cássia Valle, Dedé Maurício, Edvana Carvalho, Eliete Miranda, Floriano Barbosa, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Fábio Santos, Laudio Dourado, Luciana Souza, Merry Batista, Nauro Neves, Orlando Martins, Nilton Rangel Gomes, Raquel Rodrigues, Rejane Maia, Rivaldo Rio, Sérgio Braga, Tânia Toko, Tânia Oliveira, Valdinéia Soriano. Participação: Banda Mirim do Olodum. Direção: Marcio Meirelles e Chica Carelli.

O Novo Mundo. 1991. Texto: Marcio Meirelles e Bando de Teatro Olodum. Direção: Marcio Meirelles e Chica Carelli. Elenco: Aloísio Menezes, Anativo Oliveira, Armando Costa, Cássia Valle, Cristóvão da Silva, Dedé Maurício, Ednaldo Muniz, Edvana Carvalho, Eliete Miranda, Floriano Barbosa, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Fábio Santos, Luciana Souza, Laudio Dourado, Mazé Silva, Merry Batista, Nauro Neves, Nildes Vieira, Nilton Rangel, Orlando Martins, Raquel Rodrigues, Rejane Maia, Rita Santos, Rivaldo Rio, Sérgio Braga, Tânia Toko, Tânia Oliveira, Valdinéia Soriano. Banda Mirim Olodum.

Essa é nossa praia. 1991/2004. Texto: Marcio Meirelles e Bando de Teatro Olodum. Direção: Marcio Meirelles e Chica Carelli. Elenco: Anativo Oliveira, Antônio Capinan, Arlete Dias, Dedé Maurício, Edilson Bispo, Ednaldo Muniz, Edvana Carvalho, Fábio Santos, Gerimias Mendes, Jorge Washington, Eliete Miranda, Luciana Souza, Mazé Silva, Mara Gomes, Nauro Neves, Nildes Vieira, Orlando Martins, Reinaldo Borges,Rejane Maia, Rita Santos, Rivaldo Rio, Valdinéia Soriano, Agnaldo Buiú, Auristela Sá, Cássia Valle, Cristóvão da Silva, Láudio Dourado, Lázaro Machado, Lázaro Ramos, Merry Batista, Sérgio Amorim, Suzana Mata, Tânia Kayal e Valdinéia Soriano. Participação: Banda Mirim do Olodum.


TEXTOS


CRÍTICA


FONTES DE CONSULTA

ALEXANDRE, Marcos Antônio. Marcas da Violência: vozes insurgentes no Teatro Negro Brasileiro. Revista Brasileira de Estudos da Presença, Porto Alegre, v. 2, n.1, p. 123-147, 2012, jan./jun. 2012.

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BEZERRA, Bárbara de Lira. A representação do baiano no filme Ó paí, Ó! 2011. 124 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2011.

CARVALHO, Poliana Nunes Santos de. Organizar para administrar: uma análise da gestão do Grupo Galpão e do Bando de Teatro Olodum. 2015. 142 f. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.

COSTA, Júlia Morena. A calma é bem-vinda para quem tem vida calma: imagens políticas na peça Erê para toda a vida ou a grande omodé. Aletria, Belo Horizonte, v. 26, nº1, p. 15-27, 2016.

LIMA, Evani Tavares. Um olhar sobre o Teatro Negro do Teatro Experimental do Negro e do Bando de Teatro Olodum. 2010. 307 f. Tese (Doutorado em Artes) – Programa de Pós-Graduação do Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2010.

LIMA, Evani Tavares. Teatro negro, existência por resistência: problemáticas de um teatro brasileiro. Repertório, Salvador, nº 17, p.82-88, 2011.

LÍRIO, Vinícius da Silva. Bença às teatralidades híbridas: o movimento cênico transcultural do Bando de Teatro Olodum. 2011. 206 f. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, Escola de Teatro e Escola de Dança, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2011.

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