A ser realizado nos dias 23 e 24 de novembro de 2017, no CEFET 1 (Av. Amazonas, 5253, Belo Horizonte), o evento colocará em cena a discussão sobre os processos de criação e produção de diversos artefatos editoriais, bem como as relações de negociação e disputa que confluem para a edição, distribuição e recepção, suas políticas de difusão e circulação. Pretende-se criar um espaço multidisciplinar de discussão, tendo como base o produto editorial como ponto de confluência das ideias, debates e posicionamentos intelectuais que encontram lugar na escrita.

Tendo em vista que livros, jornais e revistas, ou seja, o impresso e, mais recentemente, o digital, são tecnologias que promoveram e promovem uma revolução simbólica por meio de sua difusão, interessamo-nos pelos produtos editoriais e pelas relações múltiplas necessárias para concebê-los. Nesse sentido, vale a pena pensar, como quer Robert Darnton, nos intermediários esquecidos da história do livro, os editores, revisores, entre outros, entrelaçados em redes amplas ou circunscritas a nichos, cuja atividade promove uma revaloração daquilo que é publicado. Tais discussões são importantes em muitas medidas e nos dão a dimensão do quanto a busca pela posse da palavra autorizada evidencia disputas, formações de grupos, redes de sociabilidade, rivalidades, desvelamento de posturas intelectuais, escolhas políticas e silenciamentos das mais diversas ordens.

 

Fonte: https://editorialcefet.wordpress.com/2017/09/09/descricao-do-seminario-do-giece-escrita-negociacao-circulacao/

Programação completa.

 

 


LIVROS E LIVROS

Ficção

Plínio Camillo - Outras vozes
   O escravo João Domingos comeu comigo-ninguém-pode até relinchar. A crioula Joana Adelaide, achada toda torta, finada com a língua grande e roxa. O doméstico, João Afonso, descoberto atrás do pasto com o rosto todo contraído a estrebuchar.   Plínio Camillo 2015      As narrativas tão amplamente disseminadas e recorrentemente mostradas em filmes, livros de história e novelas açucaradas de final de tarde pintam um quadro da escravidão no Brasil que perpassa pela narrativa de feitores benignos e a f...

Poesia

Rita Santana - Alforrias
Dois signos são fundamentais para quem se propõe a apresentar um trabalho literário, a empreender, senão enquanto estratégia, este ato inaugural de leitura: o título e a epígrafe do livro. Começo, então, pelo título do novo trabalho de Rita Santana – Alforrias, palavra marcada por um elemento da relação escravo/senhor, clímax de um movimento em direção à liberdade. Poderíamos pensar/dizer: trata-se de uma lírica de temática afrodescendente, e iniciar um percurso em busca dessa marca anunciada. Dela, no entanto, eclodem dimensões metafóricas que se estendem à condição ...

Ensaio

Aci Campelo, Élio Ferreira (Org.) - Júlio Romão da Silva: entre o formão a pena e a flecha
Depois de longo silêncio da crítica, parte da obra do escritor piauiense surge reunida na antologia Júlio Romão da Silva: entre o formão, a pena e a flecha: fortuna da obra de um escritor negro brasileiro. O livro, publicado em 2012 pela Editora da Universidade Federal do Piauí e organizado pelos escritores e acadêmicos Ací Campelo e Elio Ferreira, é um resgate de vários escritos do autor e de parte da sua fortuna crítica: artigos biográficos e ensaios de crítica literária; entrevistas colh...

Infantojuvenil

Helena Theodoro - Os Ibejis e o carnaval
A epígrafe inscrita acima é um dos orikis2 para os ibejis, divindades gêmeas do panteão nagô que, no movimento de sincretismo religioso à brasileira, foram associados aos santos católicos Cosme e Damião. (Re-)configurado e (re-) contado, o mito de origem yorubá é presentificado e atualizado por meio do rito que tem nas festas de Cosme e Damião (Erê, Vunji, Ibejis), comumente realizadas no fim de setembro, o seu traço mais vult...

Memória

Jeruse Romão - Antonieta de BarrosAntonieta de Barros e Jeruse Romão:escrevivências de negras catarinenses em seus tempos   Azânia Mahin Romão Nogueira*   Em 2019, minha mãe me entregou em um encadernado a porção deste livro que fala sobre a vida de Antonieta. Logo na primeira leitura do que viria a ser a obra que está em nossas mãos, eu percebi que estava diante de algo muito maior do que uma biografia. Mais do que o compromisso de contar a história de vida de uma negra com uma trajetória singular, o trabalho da professora Jeruse Romão reposiciona o que sabemos e apresenta tanto mais que de nós fora roubado sobre Antonieta...

Newsletter

Cadastre aqui seu e-mail para receber periodicamente nossa newsletter e ficar sempre ciente das novidades.

 

Instagram

 

YouTube