A Editora Malê e as organizadoras Constância Lima Duarte, Luana Tolentino, Maria Lúcia Barbosa e Maria do Socorro Vieira Coelho, têm o prazer de convidar para o lançamento do mais novo livro sobre uma das pioneiras da ficção de autoria feminina no Brasil: Maria Firmina dos Reis: faces de uma percussora. Neste, estão reunidos ensaios e artigos de autores que são referência na fortuna crítica da escritora maranhense, autora do pioneiro romance Úrsula, do conto abolicionista "A escrava", do volume de poemas Cantos à beira-mar e da narrativa indianista Gupeva, todos com reedições recentes e disponíveis aos leitores. 

Úrsulalançado em 1859, inaugura uma perspectiva diferenciada quanto ao trato do problema da escravidão, assumindo o ponto de vista do Outro, tanto na representação dos escravizados, quanto no inédito enfoque das relações de dominação patriarcal. No século XIX, Maria Firmina já analisava a sociedade na perspectiva da interseccionalidade entre gênero e etnicidade, que só começaria a ser trabalhada na contemporaneidade. A autora fala do seu lugar de mulher negra na sociedade escravocrata e associa a dominação de raça à de seu sexo. Essas questões por si só justificam o resgate crítico de Maria Firmina, bem como a organização de um volume específico apresentando novas possibilidades de leitura sobre sua obra. 

Contamos com a sua presença! 

 

 


LIVROS E LIVROS

Ficção

Cidinha da Silva - Sobre-Viventes
SOBRE-VIVENTES! é o décimo livro de Cidinha da Silva, autora – prosadora e dramaturga – que, hoje, já apresenta uma trajetória literária consistente, assertiva que pode ser corroborada não apenas simplesmente pelo número expressivo de obras que publicou em um espaço de tempo relativamente curto, mas pela qualidade de seus textos, pelo trabalho com o exercício e a criação da linguagem apresentada em cada novo livro, que é apresentado para seus leitores. Publicada em 2006, pelo Instituto...

Poesia

Ana Rita Santiago, Claudia Santos, Mel Adún (Org.) Quilombellas amefricanas, vol. 2
nada acalmanada alma,nada.calma.não há reza que cesse essa aflição.Não há há? Mel Adún 2021   O segundo volume da coletânea Quilombellas amefricanas abre-se, como o primeiro, com epígrafes de bell hooks e Lélia Gonzalez e retoma o texto “as organizadoras”, de autoria de Ana Rita Santiago, Cláudia Santos e Mel Adún, com nomes e sobrenomes escritos com inicial minúscula1 como também se faz no volume 1. Também se mantém, neste volume, o texto “apresentação”, de autoria de Silvia Regina de Lima Silva e Iya Bunmy. São, no entanto, ...

Ensaio

Henrique Freitas - O arco e a arkhé: ensaios sobre literatura e cultura
De início, chama a atenção no presente livro de Henrique Freitas a ênfase na relação estabelecida entre literatura e cultura. Não deveríamos estranhar o destaque conferido a essa relação seminal, não fosse a crescente dissociação que se observa, em nossas experiências cotidianas, entre os fenômenos e os contextos sociais em que são gerados. Tal dissociação, justificada por uma espécie de ordem natural dos acontecimentos é, no fundo, o resultado de construções sociais cujos agentes podem ser identificados em sua atuação objet...

Infantojuvenil

Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino - Luana
Considerada por muitos a primeira heroína negra das histórias em quadrinhos brasileiras, Luana, garotinha de oito anos, capoeirista e descendente de quilombolas, faz o protagonismo feminino e negro tornar-se presente também na literatura voltada para crianças e adolescentes. Produto da criatividade dos autores Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino, Luana é uma menina que gosta de estudar e...

Memória

Elzira Divina Perpétua - A vida escrita de Carolina de JesusUm corpo lido: Carolina de Jesus por Elzira Perpétua Laura Padilha*   Chega a nós, no espaço das comemorações dos 100 anos de Carolina Maria de Jesus, uma obra por catorze anos esperada por muitos estudiosos da questão negro-africana no Brasil. Trata-se de A vida escrita de Carolina de Jesus, assinada por Elzira Divina Perpétua, na origem uma tese de doutorado, defendida, em 2000, na Universidade Federal de Minas Gerais. A “vida escrita” se faz “corpo lido” que os leitores hão de percorrer, a princípio, talvez com uma certa dose de espanto, quando estiverem frente a frente com um texto teci...

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