Em tempos de pandemia e quarentena, leitura e literatura mais do que nunca deixam transparecer sua faceta prazerosa e, mesmo, terapêutica. O aumento do volume de livros comercializados pelas editoras em 2020 vem comprovar tal constatação, que se apoia também no grande incremento de inéditos produzidos e lançados durante o confinamento. No âmbito da literatura afro-brasileira não é diferente, o que nos obriga a repetir a conduta adotada na edição especial de dezembro e ampliar o número de resenhas e artigos apresentando as novidades a cada dia mais numerosas. Neste número estão presentes, Cuti, Edimilson de Almeida Pereira, Itamar Vieira júnior, Abelardo Rodrigues, Tom Farias, Elisa Pereira, Fausto Antonio e Lilian Paula Serra e Deus. Boas leituras!

 

Cuti

Autor prolífico, com mais de vinte títulos publicados entre volumes de contos, poemas, dramaturgia e crítica literária, Cuti encerrou 2020 com dois lançamentos: um de contos, outro de poemas. Para esta edição, selecionamos abordar o instigante volume A pupila é preta, com suas short stories marcadas pela intensidade e criatividade que caracterizam a ficção do autor. O livro é objeto das considerações do pesquisador Luiz Henrique de Oliveira.

 

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Edimilson de Almeida Pereira

Outro nome de relevo e já responsável por extensa bibliografia – que inclui poesia, crítica e estudos antropológicos – o autor mineiro trouxe a público em plena pandemia nada menos do que uma trilogia romanesca voltada para os tempos distópicos ora vivenciados. Um dos romances – Front – tomou de assalto as atenções da pesquisadora Giovanna Soalheiro, que nos convida à leitura deste e dos demais romances-irmãos produzidos pelo escritor.

 

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Itamar Vieira Júnior

Estrela em ascensão no panorama literário brasileiro, detentor de premiações de relevo no país e no exterior, Itamar Vieira Júnior vem se destacando nas listas de livros mais vendidos com seu impactante romance Torto Arado. O enredo se volta para a representação das agruras de mulheres e homens do campo, remanescentes da escravatura e vítimas da ausência de cidadania que perdura nos rincões do país. O livro motiva as reflexões da pesquisadora Luana Tolentino.

 

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Abelardo Rodrigues

O festejado poeta paulista compõe a memória da literatura de autoria negra no Brasil com trabalhos que atravessam as décadas sem perder o vigor e a atualidade. Em plena pandemia, vem a público Papel de seda, com versos que trazem a marca registrada do autor – esmero e contundência. Nesta edição, literafro novidades reproduz o elucidativo prefácio assinado pelo pesquisador Ricardo Riso.

 

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Tom Farias

Crítico, jornalista, pesquisador, professor figuram entre os muitos atributos de Tom Farias, também biógrafo de Cruz e Sousa, José do Patrocínio e Carolina Maria de Jesus. Recém-publicado, Escritos negros traz a público uma instigante reunião de resenhas e artigos publicados na imprensa ao longo das últimas décadas, além de preciosas informações biobibliográficas, fruto de anos de pesquisa e dedicação à produção literária afro-brasileira. Orientação importante para futuros trabalhos, o livro recebe as considerações da pesquisadora Ana Zélia Moreira.

 

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Elisa Pereira

Conhecida pela intensidade de sua poesia, a autora mineira radicada no Rio de Janeiro faz agora sua estreia na ficção com os contos reunidos no volume Sem fantasia, em que se volta para temas de grande impacto na atualidade, a começar pelos descaminhos da juventude exposta à pobreza e à discriminação. Os espaços periféricos compõem o cenário para dramas vividos por mulheres, jovens e crianças vítimas da desigualdade e instigam as reflexões presentes no artigo de Anamaria Santos e Alen Silva.

 

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Fausto Antonio

Outro nome conhecido na produção literária afro-brasileira, Fausto Antonio tem se esmerado em brindar seus leitores com uma ficção em permanente diálogo com a intensidade de sua poesia. Em Arthur Bispo do Rosário, o Rei! E outras peças de teatro negro-brasileiro, reúne textos de relevo em sua dramaturgia, a começar pelo mergulho na vida-obra do artista encarcerado durante décadas num manicômio. O livro motiva as considerações presentes no artigo do pesquisador Paulo Sérgio de Proença.

 

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Lilian Paula Serra e Deus

Poeta atenta à condição feminina e às relações entre gênero, etnicidade e condição social, Lilian Paula Serra e Deus faz sua estreia na ficção com os contos reunidos em Não é preciso ter útero para ser mulher. Nele, os dramas contemporâneos marcados por esta interseccionalidade ganham densidade de textos que vieram para ficar. literafro novidades reproduz o posfácio da pesquisadora Karina Calado.

 

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