Nesta primeira edição do ano, trazemos para sua leitura: o número 41 da série Cadernos Negros, lançado no final do ano, com poemas de 23 autoras e 23 autores afrodescendentes, resenhado por Gustavo Tanus; O homem azul do deserto, novo livro de Cidinha da Silva, com as considerações críticas de Marcos Antônio Alexandre; O crime do cais do Valongo, segundo romance de Eliana Alves Cruz, objeto das reflexões do crítico Luiz Antônio Simas, reproduzidas de O Globo; Nós – 20 poemas e uma oferenda, de Neide Almeida, apresentado pela também poeta Lívia Natália; e, ainda Lundu, coletânea poética assinada pela estreante Tatiana Nascimento, com a mediação crítica de Anamaria Alves Dias dos Santos. Boa leitura!

 

Cadernos Negros 41

Produzida pelo mais longevo coletivo de escritores brasileiros – o Quilombhoje – a série Cadernos Negros chega ao quadragésimo primeiro número com nada menos do que 46 autoras e autores, entre jovens e veteranos como Cuti, um dos fundadores do coletivo e presença constante na publicação. A seu lado, tomam também a palavra, nomes conhecidos como Esmeralda Ribeiro, Fausto Antônio e Lepê Correia, a fazer companhia a Akins Kintê, Débora Garcia, Zaine Lima, Sergio Ballouk, Serafina Machado e demais poetas da nova geração. A coletânea recebe a leitura atenta de Gustavo Tanus.

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Cidinha da Silva

O questionamento da tradicional divisão entre os gêneros literários descendentes da estética clássica marcou presença ao longo de todo o século XX e permanece nesse começo de século. Nessa linha, a produção de Cidinha da Silva não deixa por menos ao rasurar com talento e inventividade as fronteiras existentes entre o conto e a crônica. E não é outro o perfil narrativo que encontramos nas páginas de O homem azul do deserto, coletânea que leva o crítico Marcos Antônio Alexandre a propor o conceito de conto-crônica para os textos presentes no volume.

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Eliana Alves Cruz

Premiada autora do romance Água de barrela (2016), já em segunda edição, e com experimentos ficcionais em várias antologias, Eliana Alves Cruz premia agora seus leitores com O crime do cais do Valongo, instigante enredo localizado no Rio de Janeiro dos tempos da escravidão. Tempos em que milhares de africanos sequestrados desembarcaram na capital do Império justamente pelo Valongo – espaço de dor, morte e comércio de seres humanos. Sucesso de público e de crítica, o novo livro recebe a apreciação do crítico Luiz Antônio Simas, do jornal O Globo.

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Neide Almeida

Presença constante no movimento negro e uma das responsáveis pelo Museu Afro-Brasil em São Paulo, Neide Almeida retira da gaveta a coletânea Nós – 20 poemas e uma oferenda, em que traz a público toda a sua criatividade no manejo da palavra poética, num conjunto harmonioso e impactante. A autora trafega com desenvoltura pelos caminhos da linguagem e harmoniza com maestria os desafios colocados pela encruzilhada entre estética e política. Seu livro recebe as considerações da também poeta Lívia Natália.

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 Tatiana Nascimento

Autora de uma geração que cultiva a oralidade e marca presença nos duelos de MC’s e slams como forma de ampliar sua iniciação literária, Tatiana Nascimento estreia na produção impressa com o instigante volume Lundu, em que presta homenagem à tradição africana presente na diáspora para, em seguida, poetizar sobre as feridas e desafios cotidianos que pesam sobre juventude negra brasileira. O resultado é Lundu – trabalho já traduzido para o alemão e que é objeto das considerações de Anamaria Alves Dias dos Santos.

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