DADOS BIOGRÁFICOS

Poeta, ficcionista, crítico, historiador da literatura e um dos mais destacados escritores negros das últimas décadas, Oswaldo de Camargo nasceu em Bragança Paulista-SP, em 22 de julho de 1936, filho de Martinha da Conceição Camargo e Cantiliano de Camargo, ambos trabalhadores da lavoura de café. Até os seis anos, viveu no campo, daí saindo com a morte da mãe. Demonstrou desde cedo interesse pela música e pelo estudo, fato que, aliado à inclinação religiosa, levou-o ao Seminário Menor Nossa Senhora da Paz, em São José do Rio Preto, onde obteve formação humanística. Já na infância, o futuro homem de letras vivencia a discriminação por sua origem de classe e de cor. No seminário, conhece a poesia dos parnasianos, e também a de Carlos Drummond de Andrade, seu preferido. Mesmo sem prosseguir nos estudos de Teologia, dedica-se à produção letrada e, aos 16 anos, compõe o livro de poemas Vozes da Montanha, até hoje inédito.

Em seguida, transfere-se para a capital, a fim de dar continuidade à sua formação, bem como ingressar no mercado de trabalho. Frequenta os círculos católicos, atua como organista da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e colabora no suplemento literário do Correio Paulistano, dirigido por Péricles Eugênio da Silva Ramos. Em 1959, passa a atuar como revisor de O Estado de São Paulo. Estreia na literatura neste mesmo ano, com os poemas de Um homem tenta ser anjo, de nítida inspiração católica, que obteve boa repercussão na crítica.

Sua presença no meio jornalístico e cultural da cidade aproxima-o do crítico Sérgio Milliet e de outros intelectuais como Clóvis Moura e Florestan Fernandes, este último, autor do prefácio a 15 poemas negros, segundo livro de Camargo, que vem a público em 1961. Na capital paulista, o autor aprofunda seu conhecimento a respeito do Modernismo e da literatura moderna, ao mesmo tempo em que alarga seus contatos com intelectuais herdeiros do espírito de 22. Em paralelo, amplia seu envolvimento com as entidades voltadas para a população afrodescendente. Participa ativamente da Associação Cultural do Negro, órgão responsável pela realização de atividades musicais e literárias, lá exercendo a função de diretor do Departamento de Cultura. E colabora também com os jornais da imprensa negra, a saber: Novo Horizonte, Níger e O Ébano.

Na década de 70, o autor traz a público sua produção ficcional. O volume de contos O carro do êxito é acolhido pela Editora Martins, que o edita em 1972. O crítico inglês David Brookshaw afirma ser o livro o “primeiro exemplo de literatura baseada na vida urbana negra”. Nesta linha, Camargo escreve a novela A Descoberta do frio, publicada em 1979 pelas Edições Populares. Tais narrativas enfocam os dramas de personagens afrodescendentes no contexto de uma penosa integração ao processo de desenvolvimento econômico do país. E a cidade de São Paulo, presente no imaginário social como eldorado de progresso e oportunidades para todos, transforma-se no cenário muitas vezes cruel onde os personagens de Camargo experimentam na carne a discriminação racial e percorrem o longo caminho de sua afirmação identitária.

Em 1978, Oswaldo de Camargo integra a histórica edição do primeiro número de Cadernos Negros. Juntamente com Paulo Colina e Abelardo Rodrigues, une-se aos jovens estudantes e intelectuais afro-brasileiros que buscavam se organizar naquele momento de resistência pacífica ao regime militar e de mobilização pela redemocratização do país. Camargo atua como mediador entre a nova geração e os remanescentes do Movimento Negro de décadas anteriores, propiciando desta forma o resgate de iniciativas históricas e da memória literária oriunda do passado recente. Mas a postura crítica frente à literatura exclusivamente militante afasta-o aos poucos do grupo. Devido a discordâncias quanto ao projeto literário que devia nortear os Cadernos Negros, Camargo se afasta do Quilombhoje. Em 1984, o autor volta à poesia com a publicação de O estranho, texto em que ficam patentes suas diferenças frente ao projeto de literatura engajada que mobilizava a nova geração.

A antologia A razão da chama, com seleção e organização do autor, é lançada em 1986. Nela, Camargo reúne nomes expressivos da tradição literária afro-brasileira e constrói um percurso que vai de Domingos Caldas Barbosa a autores dos anos 70 e 80. Esse trabalho aponta para a faceta crítica do poeta e ficcionista, que, seguindo a postura moderna, não desvincula criação de metalinguagem. O volume evidencia a necessidade de resgatar a produção afrodescendente em nossa literatura através da constituição de uma linha de desenvolvimento histórico na qual se estabeleça uma continuidade mais orgânica. Esse trabalho prossegue no ano seguinte, com a publicação de O negro escrito: apontamentos sobre a presença do negro na Literatura Brasileira, no qual o olhar do poeta convive com o do crítico e historiador. Nesse livro, fundamental para a pesquisa do tema, o autor, após resgatar os pioneiros da expressão letrada afro-brasileira, dá um balanço da produção existente ao longo do século XX, sendo extremamente rigoroso na cobrança da qualidade literária e, mesmo, defenestrando sem qualquer benevolência autores bissextos que não conseguiram ir além da primeira publicação. O negro escrito é referência obrigatória para o estudo da literatura afro-brasileira e necessita urgentemente de uma nova edição.

 

Oswaldo de Camargo - Depoimento*


Eduardo de Assis Duarte – Existiriam, a seu ver, marcas específicas de uma estética literária branca e uma estética literária negra? De uma poesia branca e de uma poesia negra?

Oswaldo de Camargo – Isso é interessante. É a mesma pergunta que se faz quando se indaga o que é literatura negra. Se eu responder o que é literatura negra, eu vou responder à sua pergunta. No meu ver, a literatura negra se realiza quando o autor, voltando-se para a sua pessoa e sua vida como autor de origem negra, escreve em torno dessa experiência específica. Dois dados: ele é negro, ele voltou-se para dentro de si mesmo, olhando-se, e ele vai se referir a essa experiência de que só ele é dono.

Naturalmente, essa experiência dele, para ser literatura, tem que ser sancionada pelas normas que definem uma literatura. Daí eu tiro uma distinção óbvia, mas importante: o autor é negro, quem faz literatura negra é o negro. Então, eu posso chamar a literatura do Jorge Amado, Jorge de Lima, e tantos outros autores, talvez de negrista... Isso nós elaboramos partindo de nossas discussões e examinando textos que escrevemos; isso é um conceito nosso, que nós elaboramos e aceitamos com paixão. Se eu não tiver esse olhar atento sobre mim mesmo e ser indiferente à minha experiência específica, o viver comigo mesmo, com minha história, memória, mesmo sendo negro, não estarei fazendo uma literatura negra.

Um negro pode criar uma literatura sem marcas, nos moldes daquela canonizada já há séculos por grandes autores, sem tropeçar na sua identidade, que o autor negro procura pôr no texto como uma personagem. Isso, personagem. Cito, como exemplo, o extraordinário poeta da Geração de 45, Santo Souza, negro, sergipano. Não me vai ocorrer nunca afirmar que o Santo Souza, autor de um livro belo e admirado, Ode ao medo, escreveu literatura negra.

[...]

O artista negro, quando se volve para si, a fim de criar, é em muitos aspectos um estranho. Existe algo que não bate com sua herança, para criar, se poderia afirmar que ele é um ser cindido. Mas eu direi a você que a ferramenta usada não é negra nem branca. O conteúdo, a intenção, sim, porque necessariamente vem de dentro, e esse dentro é negro. É por isso mesmo que, a nosso ver, o Jorge Amado não poderia ser incluído como um autor negro, a despeito de ser ele o escritor que, em nossa literatura, talvez mais colocou personagens negros em romances. A obra dele não traz esse voltar-se para si, como negro; ele apenas trata do tema; é negrista.

Thiara de Filippo – Fale um pouco da crítica que é feita à sua obra.

Oswaldo de Camargo: Eu acho até que sou um escritor, entre os escritores negros e até entre brancos, em alguns aspectos, privilegiado. Desde meu início, alguns críticos sérios se manifestaram com simpatia, compreensão ou mesmo entusiasmo em jornais e revistas, entre eles Sérgio Milliet, Luís Santa Cruz, Menotti del Picchia, Antônio Olinto, Álvaro Alves Faria. Houve também alguns críticos ou resenhistas que manifestaram, partindo dos meus textos, o pensamento de que, em nosso país, é impossível escrever-se uma literatura negra, como pretendíamos. Mas isso é coisa velha; alguns deles, com o tempo, mudaram de ideia.

Naqueles anos, éramos pouquíssimos escrevendo uma temática de negridão. Praticamente o Solano Trindade, o Eduardo de Oliveira, Carlos Assumpção e eu. Alguns que analisaram o que escrevo viram por vezes só angústia e desalento na minha poesia, e ironia, e até alguma crítica social na minha prosa. Considero essa análise, sinceramente, uma leitura parcial, tendente a valorizar a palavra como manifestação, sobretudo de uma luta social ou mesmo política e não como conquista estética.

Para mim, conquista estética também é luta e muito mais difícil. Mas o que legitima, como autor negro, o que escrevo – e confesso que me surpreende às vezes – é o número de leitores que enxergam em muitos textos que escrevi a sua verdade e um esboço também de suas buscas ou expressão de seus transtornos ou de sua esperança como negros brasileiros. Então, para esses, eu existo como escritor. E isso me basta. Meu intuito, desde o início, é trazer para a Literatura brasileira a inserção da temática negra. E, felizmente, não estou solitário nesse desígnio.

Eduardo de Assis Duarte – Como se dá sua convivência com o grupo da nova geração?

Oswaldo de Camargo – O pensamento que vai aparecer depois na coletividade, com alguns poetas negros que querem que o seu verso não tenha contaminação com a literatura que o branco escreveu, levará a discussões muito sérias e a grandes brigas, de que participo. Porque, na verdade, você não vai poder inventar, por ser negro, uma outra língua, em lugar do português, para se comunicar com os leitores do seu tempo, negros ou brancos. Vai escrever em que língua? Em algum dialeto africano? Mas qual deles? E quem vai entender e “conviver” com esse dialeto? Então a nossa arma, nessa missão de estética e espírito, tem de possuir como instrumento a língua com que dizemos negro, luta, esperança, alegria, paz, sofrimento, amor, liberdade, e o conteúdo tem que ser o nosso conteúdo, de gente despegada do chão da África, como já escreveu o poeta Eduardo de Oliveira, com dois felizes versos: “Eu sou um pedaço d’África / jogado no chão do mundo”.

Por outro lado, para um bom número de leitores da coletividade negra bastava o fato de o autor tratar de um tema que dizia respeito a ele, leitor negro, falando de suas esperanças de negro, de sua história, do acerto ou desacerto com o mundo e a vida. Porque esse leitor não estava atento àquela pergunta famosa de Drummond sobre a possibilidade de se criar verdadeira poesia: “Trouxeste a chave?” Sim, a chave da poesia, do bom texto, que não pertence ao autor branco, mas é de qualquer autor que pretenda realização plena literária. Muita gente com que convivi entrou sem ter a chave e “sem penetrar surdamente no reino das palavras”, conforme expressou Drummond.

Se você não domina a palavra, você não consegue revelar-se poeta. Se você não sabe lidar com a palavra na sua substância íntima, você não tem os instrumentos do poeta ou do prosador. E não é questão de raça. É uma questão de trabalho, tempo, dedicação. O mesmo trabalho ou dedicação que ensinam o músico a escrever uma sinfonia, a compor uma sonata. Ao artista africano tirar da madeira de pouco destino uma extraordinária máscara. Não cai do céu; e esse foi o equívoco de alguns autores que conheci, com os quais muito discuti quando procurávamos rumos para a literatura que queríamos negra.

Os que não andaram com esse equívoco escreveram, dos anos 1970 para cá, textos densos, inarredavelmente esplêndida poesia ou boa prosa, que provam a existência e a legitimidade da negridão em nossa literatura, como o Paulo Colina, o Cuti (Luiz Silva), em São Paulo; o Oliveira Silveira, em Porto Alegre; o Adão Ventura, enxuto de texto e realizado afro-poeticamente, em Belo Horizonte; e outros, tantos outros.

Eduardo de Assis Duarte – Você chegou a conhecer o Ironides Rodrigues?

Oswaldo de Camargo – Sim, cheguei. Ele foi um dos primeiros estudiosos de negritude no Rio de Janeiro. Inteligente, muito bem informado. Veja esta foto em que estou com ele. É do lançamento de O carro do êxito, na Livraria Carlitos, Rio de Janeiro, 1978.

Eduardo de Assis Duarte – Ele declara em depoimento a Luiza Lobo que existiriam quatro condições para a literatura negra existir. Primeiro: a presença de um autor negro ou mulato...

Oswaldo de Camargo – Ótimo.

Eduardo de Assis Duarte – Segundo: a presença de um assunto da raça...

Oswaldo de Camargo – Óbvio.

Eduardo de Assis Duarte – Terceiro: a consciência do significado do que é ser negro. E, por fim, o tratamento de problemas que concernem ao negro, tais como: religião, sociedade, racismo, etc.

Oswaldo de Camargo – Aí, talvez, pode haver um pequeno equívoco. Se eu começar a falar e escrever sobre anemia falciforme, uma das doenças típicas do negro, eu estou fazendo literatura? Não se inscreveria mais como um tratado de medicina, científico? Não acredito que haja um determinismo na escrita de uma mão afro. Tem de haver busca e transfiguração, essa leitura nova e única veiculada pelo texto. Se eu, negro, vou fazer uma reportagem sobre a vila em que moro, é literatura negra? Eu ainda acredito muito na palavra transfigurada, na visão única e metafórica que o autor deita sobre um assunto, colorindo-a negramente. Eu acho que, mesmo no romance, necessita-se transfiguração. E é possível transfiguração quando o assunto é científico? O texto literário, creio, não é fechado, dentro dele pode até caber, por vezes, um aspecto científico. O naturalismo fez muito isso, mas não é o trabalho científico que vai designar o texto como literatura. Aí ele é tão-só um passageiro...

Eduardo de Assis Duarte – Seu trabalho O negro escrito foi considerado recentemente como um dos 20 livros mais importantes para a construção de uma consciência negra no Brasil, a partir de depoimentos de dezenas de intelectuais. Nele, você se revela o típico autor moderno: produtor e leitor crítico de outros produtores.

Oswaldo de Camargo – Eu só pude escrever O negro escrito porque comecei a juntar livros sobre o negro em um tempo em que isso não era comum. Hoje, você vai procurar certos livros, Horto, por exemplo, de Auta de Souza, e não vai encontrar em lugar nenhum ou então terá muita dificuldade, porque há bastante gente pesquisando. Vai à busca do romance Furundungo, do Souza Carneiro, pai do Edison Carneiro, e parecerá inincontrável. Trata-se de um romance baiano com um glossário enorme e maravilhoso, com jargões da época. Houve um tempo em que eu era um dos poucos pesquisadores dessa literatura. E fui juntando isso devagar, bem antes da chegada da nova geração, que veio formar como que um coletivo de autores negros, formado por Paulo Colina, Cuti (Luiz Silva), Jônatas da Conceição, Adão Ventura, e tantos outros.

E os livros que iam surgindo eu ia guardando: textos da Associação Cultural do Negro, cartas, etc. Na hora em que fui redigir O negro escrito, noventa por cento do material eu já tinha comigo... Como não é uma literatura de muitos autores, foi possível fazer em curto tempo um livro de cento e tantas páginas, porque tratei de uma literatura de um segmento muito empobrecido. Esse empobrecimento – reflexo iniludível da história do negro no Brasil – se mostra no ato de publicar, caro e difícil. Então, foi possível fazer o livro com o que tinha em minha biblioteca, com não demoradas pesquisas e com muita paixão.

Enfim, espero ter passado a vocês o meu sentimento de que literatura não é um simples e deleitável passatempo. Ela exige fé e dedicação, até o fim. E deve, sobretudo para o escritor negro, andar sempre de mãos dadas com a esperança. Melhor, seguindo Saint-Exupéry: falar sempre ao coração dos homens.

 

* Depoimento concedido em 2002 a Eduardo de Assis Duarte e Thiara Vasconcelos De Filippo. A versão integral encontra-se em DUARTE, Eduardo de Assis; FONSECA, Maria Nazareth Soares (Org.). Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011, vol. 4, História, teoria, polêmica, p. 28-44.

 


PUBLICAÇÕES

 Obra individual

Um homem tenta ser anjo. São Paulo: Supertipo, 1959. (poemas).

15 poemas negros. São Paulo: Associação Cultural do Negro, 1961.

O carro do êxito. São Paulo: Martins, 1972. 2. ed. rev. São Paulo: Córrego Editora, 2016. 3.ed. ampl., prefácio de Mário Augusto Medeiros da Silva. São Paulo: Companhia das Letras, 2021. (contos).

O estranho. São Paulo: Roswita Kempf, 1984. (poemas).

A descoberta do frio. São Paulo: Edições Populares, 1979. 2.ed. rev. São Paulo: Ateliê, 2011. (novela).

Oboé. São Paulo: COM-ARTE, 2014. (novela).

Raiz de um negro brasileiro. São Paulo: Ciclo Contínuo, 2015. (autobiografia).

Luz & breu: antologia poética 1958-2017. São Paulo: Ciclo Contínuo, 2017.

Negro disfarce. São Paulo: Ciclo Contínuo, 2020. (novela).

30 poemas de um negro brasileiro. Prefácio de Florestan Fernandes. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

Não ficção

Introdução. In: RODRIGUES, Abelardo. Memória da noite. São José dos Campos: Edição do autor, 1978. (crítica).

Dois poetas: sem equívocos In: SEMOG, Éle; LIMEIRA, José Carlos. O arco-íris negro. Rio de Janeiro: Edição dos autores, 1979. (crítica).

Literatura negra: fundamentos e consequências. In: Suplemento Literário de Minas Gerais. n. 1033, 26 jul.1986. (crítica).

O Negro Escrito: apontamentos sobre a presença do negro na Literatura Brasileira. São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura / IMESP, 1987. (ensaio seguido de antologia).

Solano Trindade, poeta do povo Aproximações. São Paulo: C/Arte Editora; Laboratório do Curso de Editoração, USP, 2009. (crítica).

A mão afro-brasileira em nossa literatura. In: ARAÚJO, Emanoel (Org.). A mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica. São Paulo: Tenenge, 1988. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; MUseu Afro-Brasil, 2010. (crítica).

Imprensa negra: o rosto escrito do negro brasileiro. In: ARAÚJO, Emanoel (Org.). A mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica. São Paulo: Tenenge, 1988. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Museu Afro-Brasil, 2010. (historiografia).

Lino Guedes: seu tempo e seu perfil. São Paulo: Ciclo Contínuo, 2016. (crítica).

Negro drama: ao redor da cor duvidosa de Mário de Andrade. São Paulo: Ciclo Contínuo, 2018. (crítica).

Antologias

Nouvelle somme de poésie du monde noir. Organização de Léon Damas. Paris: s/i, 1967.

Antologia dos poetas da cacimba. Organização de L. Mozart. Natal: Gráfica Manimbu, 1976.

Cadernos negros 1. São Paulo: Edição dos autores,1978.

Cadernos negros 3. São Paulo: Edição dos autores,1980.

Cadernos negros 4. São Paulo: Edição dos autores, 1981.

AXÉ – Antologia contemporânea de poesia negra brasileira. Organização de Paulo Colina. São Paulo: Global, 1982.

A razão da chama: antologia de poetas negros brasileiros. Organização de Oswaldo de CAmargo. São Paulo: GRD, 1986.

Schwarze poesie / Poesia negra. Organização de Moema Parente Augel. St. Gallen/Koln: Edition Diá, 1988. (edição bilíngüe alemão/português).

Schwarze prosa / Prosa negraAfrobrasilianische Erzahlungen der Gegenwart. Organização de Moema Parente Augel. St. Gallen/Koln: Edition Diá, 1988. (edição bilíngüe alemão/português).

Poesia negra brasileira: antologia. Organização de Zilá Bernd. P. Alegre: AGE; IEL; IGEL, 1992.

Cadernos Negros: os melhores poemas. Organização de Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa e Sônia Fátima. São Paulo: Quilombhoje, 1998.

Cadernos Negros: os melhores contos. Organização de Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa e Sônia Fátima. São Paulo: Quilombhoje, 1998.

O negro em versos: antologia de poesia negra brasileira. Organização de Luiz Carlos dos Santos, Maria Galas e Ulisses Tavares. São Paulo: Editora Moderna, 2005.

Cadernos Negros - três décadas: ensaios, poemas, contos. Organização de Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje; SEPPIR - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 2008.

Oswaldo de Camargo - Breve antologia de poemas. São Paulo. Organização de Maria Aparecida de Laia. São Paulo: CONE, 2008.

Antologia de poesia afro-brasileira: 150 anos de consciência negra no Brasil. Organização de Zilá Bernd. Belo Horizontye: Mazza Edições, 2011.

Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Vol. 2, Consolidação. Organização de Eduardo de Assis Duarte. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

Título de cidadão paulistano - Oswaldo de Camargo. Organização de Marciano Ventura e Ricardo Queiroz. São Paulo: Ciclo Contínuo, 2015.

 


TEXTOS


CRITICA

 


FONTES DE CONSULTA

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BROOKSHAW, David. Raça e cor na literatura brasileira. Trad. Marta Kirst. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983. p. 213-7.

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FILLIPO, Thiara Vasconcelos de. Oswaldo de Camargo. In: DUARTE, Eduardo de Assis (Org.). Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Vol. 2, Consolidação. Organização de Eduardo de Assis Duarte. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

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