Lino Guedes, inserção social e valorização moral do negro

Nathália Dias*

O saber lhe acalmará

A cruel e fria dor

Que lhe inspira, que lhe causa

O desdém de sua cor.

Lino Guedes

Considerado por alguns críticos como o primeiro autor do século XX a assumir um posicionamento contestador em relação ao lugar ocupado pelo negro na sociedade, Lino Guedes teve a militância como característica central de sua produção textual, e fez da afirmação racial sua motivação literária. Jornalista e escritor, filho de ex-escravos, nasceu na cidade de Socorro, interior de São Paulo - em data sobre a qual giram controvérsias - e faleceu em 4 de março de 1951, na capital do mesmo estado onde nascera. Sobre a discordância crítica que envolve o seu nascimento, as fontes consultadas especulam o dia 24 de junho de 1897 ou 23 de julho 1906, contudo, acreditamos que a primeira data citada seja a verdadeira, em razão da representativa produção discursiva de autoria “guedesiana” presente em periódicos das primeiras décadas do século.

Lino perdeu o pai ainda quando era recém-nascido, tendo a mãe poucos recursos para cuidar dele e de sua irmã, a família recebeu ajuda de um coronel da região. Essa relação de paternalismo permitiu o ingresso de Guedes na escola da cidade, onde aprendeu as primeiras letras. Mais tarde, mudou-se para Campinas, diplomou-se, descobriu novas perspectivas culturais e iniciou-se no jornalismo, meio a partir do qual a sua face de ativista político se colocaria à mostra. Após passar por alguns jornais, engajou-se na imprensa de luta em defesa do negro. Tal vertente jornalística era produzida por afrodescendentes que escreviam para seus iguais, com o intuito de afirmação racial e denúncia da segregação existente. Assim, com o intento de carreira militante e o despertar íntimo de um ideal, o autor se tornou um dos porta-vozes da causa negra, o que pode ser claramente afirmado ao considerarmos a sua posição de editor-chefe no jornal Getulino.

O nome do periódico não poderia ser mais sugestivo, uma vez que faz referência direta ao abolicionista Luiz Gama. Como é sabido, “Getulino” era o pseudônimo - que mais tarde seria incorporado ao livro Trovas Burlescas como um personagem - utilizado pelo poeta baiano para publicar suas sátiras. A obra citada edifica a figura de Luiz Gama que, através de uma discursividade ligada ao popular e voltada especificamente para ser o lugar da fala do outro, clama contra o preconceito e o branqueamento alienado dos mestiços. O poeta passa a ser, então, um porta-voz do negro e sua produção representa uma emissão coletiva, o clamor dos silenciados. Frente a este estandarte literário e social, Lino tem em vista um projeto de vida semelhante. Ele tenciona ser mensageiro de um povo, de falar por e para este grupo. A partir desta consciência ativista do escritor paulista, seus textos serão preenchidos por discursos de caráter moral e de valorização do negro.

Dessarte, considerando que a escrita engajada inclua a presença de um certo didatismo a fim de instruir o público-alvo, as obras de Guedes carregarão intrinsecamente valores que, sob sua égide, são essenciais na construção de um novo comportamento moral. Segundo ele, tal comportamento é indispensável para que o negro alcance sua emancipação, sendo necessário “combater a vadiagem, o vício, o analfabetismo e a irreligião, pois sem a base do sentimento moral e religioso, cimentada pelo trabalho, é impossível edificar a obra da emancipação do negro” (GUEDES, 1930, apud DOMINGUES, 2004, p. 366). É interessante notarmos como neste primeiro momento, a assimilação desses valores brancos e cristãos é para o autor algo imprescindível para que os afrodescendentes sejam considerados dignos. O casamento é um renascimento social, uma forma de satisfazer a sociedade, podemos perceber isto no poema “Remédio único”, do livro Dictinha (1938):

Unicamente, Dictinha,

Por sermos pretos, que horror!

Muita gente com malícia

Vê nosso sincero amor;

Faz ainda comentários

Que enche de pavor

- Negro, só dá para escândalos!

Ao depois de namorar

Acorda um dia qualquer

E vai junto coabitar...

Por um trono, uma Princesa

Foi essa gente trocar!...

 

Mas com o nosso casamento

Fartar-se-á a exigente

Sociedade, Dictinha;

Salvemos, pois nossa gente!

Dando a ela o que já lhe sobra,

Que é um nome bem decente!

 

(Dictinha, 1938).

 

O matrimônio e, consequentemente, a formação de uma família são um meio de adquirir respeito e ressurreição moral. O núcleo familiar é o instrumento básico para a construção da comunhão de interesses de uma classe, e a “solidariedade racial” inexistente em sua geração é o que Guedes quer reivindicar a partir de alguns de seus textos.

No início do século XX, o sociólogo, ativista e intelectual negro W.E.B. Du Bois introduziu no debate teórico o conceito de “dupla consciência” ao publicar, em 1903, o livro As Almas da Gente Negra, no qual problematiza o dilema das subjetividades conflitantes. De acordo com esta formulação, o eu se vê com os olhos do branco, e a mensura de sua alma é feita a partir da “medida de um mundo que continua a mirá-lo com divertido desprezo” (DU BOIS, 1999. p. 54). Esta dicotomia cultural resulta em um choque psicológico no qual a questão identitária é dilacerada. Nos primeiros escritos de Guedes, o conflito de uma consciência dupla se faz presente - claramente em Dictinha (1938), como mostrado anteriormente - através da inserção e postulação de elementos do mundo cristão-burguês-branco. O eu busca assimilação de princípios de uma cultura que não o quer próximo, com o intuito de a ela se integrar. No entanto, a sociedade continua a subjugar este eu, que a vê como modelo, mas nunca consegue dela se aproximar.

Assim, mesmo que Lino pareça “pregar uma conduta de conformismo social” (BROOKSHAW, 1983. p. 184) por meio da incorporação de valores brancos, ele a faz com o desejo de integração social, quebra de estereótipos e do complexo de inferiorização. Além disso, esta postura apresentada nos primeiros textos do autor paulista não o impede de criar posteriormente uma obra de maior dicção militante, como é o caso de Vigília de Pai João (1938), livro o qual discutiremos em outro momento deste texto. Por manter este posicionamento distinto em relação aos anseios revolucionários de outros integrantes da imprensa negra, o escritor se envolveu em diversos conflitos com algumas das principais lideranças do movimento em São Paulo.

Porém, ainda que seguindo, em sua produção inicial, um caminho discutível em busca da liberdade, a vontade de expressar a condição subalterna do negro na sociedade e construir discursos de valorização do mesmo extrapola as contestações críticas. Em “Sem Algemas?”, o eu-poético articula história junto à sua declaração de afeto e, ainda, se vale de opções vocabulares que evocam o sistema escravocrata para representar o seu amor.

Dictinha, escute uma história

muito nossa: antigamente

não faz muito tempo ainda,

foi escrava a negra gente;

os mais pesados castigos

lhe deram impunemente.

 

Mas um dia a realeza

de nossa sorte condoída,

cujo crime consistia

em ter pele enegrecida,

a liberdade nos deu;

belo gesto, não, querida?

 

O que depois ocorrera

é de ontem, por que falar?

Mas, eu ainda, Dictinha,

preciso me libertar

do penoso cativeiro

em que traz seu olhar.

(Dictinha)

Notemos como o poeta deixa aparecer um eu que se assume como negro e um Nós representante de um eu-poético que trabalha em uma dimensão pessoal e coletiva, pois tal categoria gramatical demonstra a integração daquele eu com o outro no discurso. O Nós refere-se à Dictinha, mas, também, ao público ao qual o texto é destinado, a comunidade afrodescendente. Ao produzir o discurso, o sujeito coloca em cena possibilidades de enunciação que nos mostram a sua posição em relação ao dito e, ainda, torna o outro parte integrante do jogo enunciativo.

A escrita de Lino Guedes busca a construção de uma imagem positiva do negro e os valores, mesmo que contestáveis, por ele postulados são transmitidos como forma de reverter “no branco o conceito negativo acerca do negro” (DOMINGUES, 2004, p. 367). A educação é defendida como instrumento de luta e resistência, a instrução é uma arma de superação e autoaceitação, como nos é apresentado em um dos poemas de O canto do cysne preto (1935):

O saber lhe acalmará

A cruel e fria dor

Que lhe inspira, que lhe causa

O desdém de sua cor.

A maneira como o autor enxerga a importância da educação também é apresentada na abertura do livro Vigília de Pai João (1938).

Em comemoração do cinquentenário da Abolição da Escravatura, no Brasil, a 13 de maio, em que Isabel, a Redentora, trocou seu trono pela liberdade de uma Raça, que assim que descobrir as belezas do alfabeto, se tornará a mais temida, como foi a que mais sofreu.

A educação é um instrumento de luta, um veículo indispensável para a ascensão social e a elevação do negro para além da degradação dos lugares onde a escravidão o fez imergir. Segundo Du Bois, é necessário “uma educação que incite a aspiração, que estabeleça como meta os ideais mais elevados e que privilegie como finalidades a cultura e o caráter” (1999, p. 149), para que a emancipação humana e a verdadeira conquista da liberdade sejam possíveis. O excerto acima, ainda, apresenta uma marca temporal de quando a obra foi lançada, o poema dramático foi publicado em comemoração ao cinquentenário da abolição da escravatura. Tal publicação pode ser interpretada como uma segunda resposta do escritor ao decreto de 1930, no qual Vargas determinava o fim do feriado de 13 de maio. Em 31 de maio de 1931, Lino publicou um artigo1 na primeira página do jornal Progresso, onde fez duras críticas à tentativa de apagamento desse pedaço de nossa história. Parece evidente que para ele, o feriado possuía grande importância enquanto símbolo representativo da memória e celebração da liberdade de seu povo. A eliminação da data do calendário agrediu, então, o fundo de uma consciência que viu como saída necessária a produção de uma obra mais imponente. Ao contrário das produções poéticas anteriores, a peça Vigília de Pai João (1938) busca a identificação do público de uma forma mais original, voltada para a memória e as raízes culturais do afrodescendente.

No decorrer dos versos, é notória a intenção de resgate da memória histórica do negro, a valorização de tradições do tempo da escravidão e a postura contestadora do escritor em relação à inferiorização dos afro-brasileiros. Vigília de Pai João (1938) se inicia com a cena dos escravos de café reunidos em volta de uma fogueira, uns conversam, outros dançam e tocam tambores. Pai João é o mais velho dentre eles e desempenha o importante papel de contador de suas memórias desde África na peça. Enquanto Pai João narra suas jornadas e sofrimentos, um plano é revelado aos outros presentes no terreiro e ao leitor; ele delegou ao escravo Benedicto dopar os vigias para que todos possam fugir do cativeiro. Contudo, o ancião não fará parte da fuga, pois restará na fazenda tocando tambor para que seus senhores de nada desconfiem. Em meio a isso tudo, ele conta sobre o sucesso de uma fuga que ocorrera no passado e o seu retorno ao cativeiro, pois sua amada, que no momento de enunciação deste episódio já havia falecido, ali restara. Após a fuga dos escravos, a peça termina com Pai João sozinho em cena, tocando tambor e o “banzo”, por ele evocado, toma conta do desfecho do poema dramático.

As epígrafes presentes no livro são trechos de “Vozes d’África” e “Fugindo ao cativeiro III”, de Castro Alves e Vicente de Carvalho, respectivamente. Os dois poemas apresentam a ideia de liberdade como fim dos sofrimentos dos escravos, embora de maneiras diferentes. O brado em Castro Alves é um clamor de justiça e liberdade ao Deus cristão, o referencial religioso do branco é o utilizado para construção do discurso de súplica.

Há dois mil anos eu soluço um grito...

Escuta o brado meu lá no infinito.

Meu Deus, Senhor meu Deus!...

(Alves, in: Vigília de Pai João)

 

O trecho de Vicente de Carvalho apresenta uma construção imagética que se assemelha um pouco à criada por Lino quase ao fim da obra. A semelhança é tanto com a imagem do terreiro no momento da fuga – mesmo que essa seja tomada pela melancolia do “banzo” evocado por Pai João e não por uma leveza de espírito - quanto com o amanhecer interior de cada um dos escravos que veem a liberdade mais próxima.

O dia de ser livre, tão sonhado

Lá do fundo do escuro cativeiro.

Amanhece por fim, leve e dourado

Enchendo o céu inteiro.

(Carvalho. In: Vigília de Pai João).

É interessante nos atentarmos à alusão cristã feita por Castro Alves – uma das referências literárias de Lino na construção de sua obra e carreira militante – uma vez que, mesmo sendo o discurso moral apresentando de forma mais atenuada nesta peça que em Dictinha, alguns momentos de Vigília de Pai João (1938) “buscam uma síntese difícil entre catolicismo e negritude, em que se desenha um relacionamento complexo entre o Deus cristão e o escravo negro.” (MOREIRA, 2003). O referente religioso branco cristão não é o único presente no texto, Guedes articula o catolicismo junto às crenças populares afro, e esses traços culturais não são apresentados de forma pejorativa. Aliás, tais traços têm grande importância no decorrer do texto, já que é através de um expediente astucioso que a fuga dos escravos se torna possível. A articulação antes citada nos evidencia a mudança de posicionamento político de Lino em relação ao apresentado em Dictinha, livro publicado em 1938, mas escrito em 1926. No poema dramático, percebemos uma dicção militante maior que se opõe aos ideais de assimilação exclusiva dos valores brancos explorados na obra produzida nos anos de 1920.

Assim como no poema de Castro Alves, o clamor é direcionado ao Deus cristão, dessa forma nos diz Pai João:

É deste lugar maldito

Que eu mando para o infinito

A minha queixa mais infeliz.

E da masmorra à senzala,

Que Deus ouve nossa fala,

Ouve, ao certo, e nada diz...

 

(Vigília de Pai João)

No entanto, como dito anteriormente, o referencial de crenças populares afro também se faz presente:

Pai João, tudo arranjado.

O vigia está ferrado

Num sono como o da morte!

[...]

 

Um maço de dormideira

No travesseiro escondi.

Chá de um pé de alface inteiro!

Eu mesmo quase dormi!

 

Amarrei num pé da mesa

A boa santa Thereza...

Santo Antonio na restinga.

Para acabar com o cambalacho

Pus de cabeça pra baixo

Um Santo Onofre sem pinga.

(Vigília de Pai João)

 

Isto posto, é preciso considerarmos a atitude corajosa do autor ao inserir práticas populares na peça produzida em um momento em que no país existia uma “campanha agressiva de repressão da polícia aos membros de qualquer tipo de manifestação religiosa de origem afro-brasileira” (MOREIRA, 2003). Além disso, a maneira como Pai João articula o plano de fuga de forma discreta e eficiente nos mostra, também, o empenho de Guedes em tentar desmantelar o conceito extremamente reducionista e preconceituoso do negro como ser vazio, que tem como função única utilizar a sua força de trabalho.

Pai João é, ainda, o guardião de uma memória coletiva. Ao narrar a sua história de vida desde África, pontes são criadas entre o leitor ou a plateia da peça e seus ancestrais, uma vez que Lino escreve como, pelo e para o negro. A cultura popular desse povo é trazida à obra como arcabouço de tradições do período da escravidão. A proximidade do foco narrativo mostra a posição do autor, já que há clara intenção da obra ser um reflexo de seus ideais e se aproximar do público-alvo. O ancião pode ser visto, também, como símbolo do empenho autoral no desmantelamento de estereótipos, construção de uma imagem positiva do negro, e um desejo de igualdade e reconhecimento social.

Meu pensamento não cansa!

E embora velho e acabado.

Sempre esperou Pai João

Viver com vocês num mundo

Onde gente de profundo

Sentir nos chame de irmão.

(Vigília de Pai João

 

Vigília de Pai João se assemelha ao teatro engajado que surgirá na década de 60, pois ambos objetivam alcançar o mais amplo público exposto sistematicamente aos conflitos que compõem as obras. A peça possui uma estrutura baseada na articulação “autor-obra-público”, a partir da qual o texto é o veículo de propagação dos ideais autorais que querem tangenciar e conscientizar a plateia. Outra semelhança entre essa obra de 1938 e o teatro que está por vir é a inserção e defesa de tradições culturais. Ao explorar o tema em um poema dramático, o caráter militante de Lino Guedes se torna mais evidente, pois, levando em consideração a parcela mínima de alfabetizados, ele opta por um meio de transmissão mais efetivo que permite aproximação direta com um público maior. Aliadas à escolha do gênero literário estão a seleção de opções vocabulares marcadas pela oralidade e a inserção de cantigas populares a fim de despertarem identificação no auditório. Por meio dessa recognição se pretende a criação de uma consciência coletiva da comunidade a que se destina a peça. O engajamento apresentado em Vigília de Pai João (1938) é uma atuação do poeta através da palavra, imagem, ritmo, som e história do negro.

Ao assumir a voz dos silenciados o escritor coloca-se a serviço de uma causa, a partir de suas obras, partilha valores ideológicos e políticos visando um determinado público. Essa motivação literária quer promover a elevação das tradições e ressurreição moral do povo afro. Por meio de uma linguagem simples, aparentemente destituída de pretensões literárias, o autor paulista se mostrou extremamente comprometido com seu discurso a favor do negro. Seu esforço em construir uma imagem positiva do afrodescendente, e, ainda, tentar criar um sentimento de autoaceitação entre seus irmãos frente a uma sociedade excludente extrapola os compromissos morais que prega em alguns de seus textos. A ideia de assimilação de certos valores brancos é cultuada a fim de promover a inclusão do subalterno. Contudo, tal posicionamento não resulta na desvalorização e perda da herança cultural africana. A poética de Lino quer preservar a cultura ancestral através da palavra. Ao falar como, pelo e para o negro, o escritor imprimiu um sentido positivo à imagem de seu povo. Lino Guedes merece destaque por não ter se mascarado de artifícios caricatos, ter promovido o renascimento de elementos ligados à cultura negra no Brasil e, também, por apresentar um caráter inovador que “deixou emergir no discurso poético um eu que se assumiu como negro, pretendendo ser a voz dos homens invisíveis de sua comunidade” (BERND, 1992. p. 38).

Referências

ALVES, Castro. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguillar, 1997.

BERND, Zilá. (Org.). Poesia negra brasileira - antologia. Porto Alegre: IEL/AGE, 1992.

______. Introdução à Literatura Negra. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988.

BROOKSHAW, David. Raça & Cor na Literatura Brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.

DOMINGUES, Petrônio. Lino Guedes: de filho de ex-escravo à “elite de cor”. Revista Afro-Ásia, Salvador, n. 41, p. 133-166, 2010.

______. Uma história não contada: Negro, racismo e braqueamento em São Paulo no pós-abolição. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2003.

DUARTE, Eduardo de Assis (org.). Literatura e Afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2011, vol. 1, Precursores.

DU BOIS, W.E.B. As Almas da Gente Negra. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 1999.

GUEDES, Lino. Dictinha, separata de O canto do cisne negro. São Paulo: Cruzeiro do Sul, 1938. Coleção Hendi.

_____. Vigília de Pai João. São Paulo: Edição do autor, 1938.

MOREIRA, Paulo da Luz. “Lino Guedes e Vigília de Pai João, – articulando uma voz negra no Brasil.” Mimeo.

SANTOS, Severina Faustino dos. Reconfiguração da identidade negra na poesia modernista: as vozes de Bruno de Menezes e Lino Guedes. Dissertação de Mestrado. Campina Grande: UEPB, 2012.

 

1 É possível encontrar pequenos extratos de tal artigo em DOMINGUES, Petrônio. Lino Guedes: de filho de ex-escravo à “elite de cor”. Revista Afro-Ásia, Salvador, n. 41, p. 133-166, 2010.

 

* Nathália Dias é graduada em Letras pela FALE-UFMG e mestranda do Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários desta Instituição.

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