DADOS BIOGRÁFICOS

Maria do Carmo Ferreira da Costa nasceu na cidade de Belo Horizonte no dia 02 de março de 1953, filha de Judith Ferreira da Costa e Eugênio Caetano da Costa. Diplomou-se em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1995 e em 2000 concluiu pós-graduação em Arte Educação pela PUC Minas.

Desde pequena sempre gostou de escrever, desenhar, cantar e seus primeiros escritos foram em versos. Coralista no “Coral Ágbará Vozes da África Cantamos na língua Yorubá”, a autora leciona artes e literatura na rede municipal de ensino de Belo Horizonte. Ligada essencialmente à literatura infantojuvenil, participa de várias oficinas ministrando cursos de contação de histórias com o Grupo Conta e Encanta.

Através de sua literatura, Madu Costa busca incentivar não só a leitura em meio às crianças, mas também a produção de textos irrigados pela arte imaginativa. Tratando da afro-brasilidade de diversas formas em suas produções, a autora se dedica, também, a participar de projetos e eventos que buscam o reconhecimento e a expansão de tal campo artístico de nossa literatura.

Seu trabalho, principalmente com as crianças, quer também difundir a afirmação racial. Esta atitude está no campo da individualidade, mas a mudança também passa pelo coletivo e, como educadora, vê a infância como o lugar de início da transformação desta realidade.

Madu Costa estreou na literatura com a publicação de A janta da anta no ano 2000. O livro obteve ótima recepção entre o público e a crítica e deu início a uma série de trabalhos voltados para o leitor iniciante, sempre com foco na preservação e valorização da multifacetada herança cultural presente na diáspora africana nas Américas.

Em 2006, vem a público Meninas negras, texto que traz para o universo infantil todo um esforço de afirmação identitária do feminino negro no contexto de racismo nem sempre dissimulado que se abate sobre a infância afrodescendente.

O ano de 2009 assiste a uma série de lançamentos de narrativas voltadas para crianças e jovens de todas as idades: Koumba e o Tambor DiambêA Caixa de surpresa  Cadarços Desamarrados revelam o amadurecimento da autora, seja na criação de enredos que prendem a atenção pela leveza e competente exploração do viés lúdico que diverte e encanta, seja pelo tom poético mesclado às narrativas.

O mesmo projeto estético se mantém nas publicações seguintes. Lápis de cor, de 2012, traz de forma bem humorada reflexões sobre a diferença e a criação; Embolando palavras, de 2014, desperta o interesse de crianças e jovens para os encantos e mistérios da linguagem; e Zumbi dos Palmares em cordel, além de colocar em cena fatos e figuras de nossa história via de regra ausentes dos manuais escolares, revela o talento de Madu Costa no trato com a rima e a herança da poesia oral.

Ressalte-se ainda o conjunto de ricas ilustrações que acompanham seus livros, com desenhos de artistas como Josias Marinho e Rubem Filho, que dão um sofisticado enquadramento visual e propiciam belos diálogos com as histórias contadas por Madu Costa.

 


PUBLICAÇÕES

Obra individual

A Janta da Anta. Belo Horizonte: Ed. Imprensa Nacional, 2000.

Meninas negras. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006.

Koumba e o Tambor Diambê. Desenhos de Rubem Filho. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006. 2. ed. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2009.

A Caixa de surpresa. Belo Horizonte: Nandyala, 2009.

Cadarços Desamarrados. Desenhos de Rubem Filho. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2009.

Lápis de cor. Ilustrações de Josias Marinho. Belo Horizonte: Nandyala, 2012.

Zumbi dos Palmares em cordel. Ilustrações de Josias Marinho. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2013. 

Embolando palavras. Ilustrações de Rubem Filho. Belo Horizonte: Peninha Edições, 2014.

 


TEXTOS

 


CRÍTICA

 


FONTES DE CONSULTA

OLIVEIRA, Luiz Henrique Silva de. A violência como procedimento na literatura afro-brasileira: Jussara Santos, Madu Costa e Patrícia Santana. In: DUARTE, Constância; PÉRES, Fátima; NASCIMENTO, Imaculada; ABREU, Laile (Org.). Poéticas do feminino. Belo Horizonte: Editora Idea, 2018.


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