Intelectuais e produção poética: Edison Carneiro

Florentina Souza*

As várias tradições africanas foram obrigadas, na diáspora, a promover a reconfiguração de seus saberes, suas práticas, suas tradições religiosas etc. Os africanos e afrodescendentes no Brasil viram, em tais adequações de suas culturas, uma forma de resistir à coisificação e de preservar elementos culturais indispensáveis à sobrevivência e fizeram das “africanidades” (tradições relidas e remoldadas) a base para construção de seus discursos identitários. Durante séculos, segundo estudiosos 1 através da religiosidade, das danças e músicas, e também de rituais católicos incorporados à tradição africana, tais como as irmandades religiosas, negros e negras foram tecendo identidades grupais que evidenciavam o desejo fazer sobreviver à violência da escravização e da dispersão marcas e símbolos culturais. Esta longa história de reescrita de histórias e tradições possui ainda muitos aspectos a serem estudados, os quais possivelmente, trarão informações muito úteis sobre os modos como africanos e afrodescendentes participaram da vida brasileira e se reconstituíram enquanto homens e mulheres na diáspora.

Alguns intelectuais brasileiros do século XX também se dedicaram a tecer as africanidades como parte de um projeto político de problematização dos lugares definidos para o grupo na textualidade e na vida social brasileiras: um questionamento dos estereótipos e regimes de representação que visa propor alternativas para se pensar a brasilidade a partir de matrizes culturais africanas que foram redesenhadas nos embates e negociações travados há séculos nos vários setores da cultura brasileira. Parte do Projeto Intelectuais e escritores/as negros/as no Brasil este trabalho analisará textos de Edison Carneiro publicados em Musa Capenga: poemas Edison Carneiro, organização de Gilfrancisco, em diálogo com os seus importantes trabalhos sobre as reconfigurações de africanidades e constituição de afrodescendências no Brasil.

O trabalho intelectual no Brasil tem sido visto historicamente como atividade praticamente exclusiva das elites. Pés e mãos dos senhores para fazer, andar e construir são os escravos, enquanto que a cabeça e todo o simbolismo que ela carrega na tradição ocidental estão restritos ao branco, isto é, ao homem branco, senhor de terras, mulheres e escravos. O negro escravizado deveria restringir-se ao trabalho manual, embora tradicionalmente assim apresentada, a situação não se constituiu regra geral. Existem registros históricos de indivíduos negros que desde o século XVII, em grupo ou individualmente, usaram da escrita, então restrita aos homens brancos, para reclamar direitos e cito somente Henrique Dias, que escreve ao rei de Portugal solicitando respeito e consideração pelo serviço prestado à Coroa 2 e cito ainda o grupo de escravos levantados do engenho Santana na Bahia, que reivindicam melhor tratamento do senhor e o direito de “cantar, folgar.” 3 Isto sem falar em escritores que desde o século XIX inserem-se nas tradições de escrita jornalística e literária. De todo modo, já no século XXI, falar de intelectual negro no Brasil ainda causa alguma perplexidade, vez que os lugares destinados aos afrodescendentes continuam sendo aqueles desprestigiados pela sociedade.

Entretanto é possível fazer um levantamento de, principalmente escritores negros que analisaram, criticaram e procuraram intervir na vida político-cultural brasileira.

Um olhar atento observará as vozes negras se fazendo presentes no corpo da textualidade brasileira. Vozes que aceitam a tarefa do intelectual, apontada por Said, “levantar questões embaraçosas em público, confrontar ortodoxias e dogmas” (2000, p.26-27). Vozes que se propõem reverter os lugares determinados para os afrodescendentes na sociedade e discutir as representações em espaços que extrapolam o limite do privado. Edison Carneiro foi um deles, dedicou-se a temas pouco aceitos pelo meio intelectual de sua época para além de atuar como jornalista, escritor e poeta.

Por outro lado, vale destacar que, no século XIX e até início do século XX, o conceito de intelectual usado pelas elites, por vezes, excluía indivíduos autodidatas que atuavam na vida cultural e política, mas que não tinham obtido o aval das instâncias legitimadoras ou não tinham um nome ou posição social que o substituísse. Hoje, segundo Said, “todo aquele que trabalhe em qualquer campo, quer ligado à produção quer à distribuição de conhecimentos é um intelectual na acepção de Gramsci.” (2000, 26-27). Entretanto, durante muito tempo se pensou o intelectual como o indivíduo que se batia por valores ditos universais e gerais e tinha por meta transgredir os limites da ordem vigente, tal concepção gerou intenso debate, cujo ponto antológico é o caso Dreyfuss. Hoje, os estudiosos que se debruçam sobre questões relativas ao conceito de intelectual, travam discussões que de um lado enfatizam o papel dos intelectuais como Eduardo Prado Coelho “aqueles que numa sociedade geram e têm responsabilidade em relação à matéria simbólica” (Margato & Gomes, 2004, p. 15) ou, ainda, o intelectual como tendo o papel de tradutor “no sentido amplo do termo: isto é, aquele que procura manter espaços em comum através de uma intervenção que estabeleça pontes entre os diversos códigos por vezes extremamente diferenciados.” (Idem, p.21).

O autor Edison Carneiro começa a publicar a partir década de 30, época em que as discussões sobre nação, nacionalidade e relações étnicas começavam a obter maior atenção de estudiosos, tais como Sérgio Buarque, Gilberto Freyre entre outros; época também de uma produção literária inserida em discussões sociais e políticas. Assim, a vasta produção textual de Edison insere-se no contexto dos interesses intelectuais significativos para a sua época. Especialmente se pensamos que, da década de 30 em diante, instala-se nos estudos históricos e sociológicos e na literatura uma espécie de “redescobrimento do Brasil” nas palavras de Carlos Guilherme Mota: “A Revolução, se não foi suficientemente longe para romper com as formas de organização social, ao menos abalou as linhas de interpretação da realidade brasileira – já arranhadas pela intelectualidade que emergia em 1922, com a Semana de Arte Moderna, de um lado, e com a fundação do Partido Comunista, de outro.” (1980, p. 27-28).

Uma redescoberta que ocorrerá em São Paulo, no Rio de Janeiro e também em Pernambuco e Bahia, promovendo assim um pequeno descentramento do lugar de produção intelectual no Brasil, muito embora os intelectuais do nordeste acabem por transferir suas residências para a região sudeste. O citado redescobrimento levará os estudiosos a se debruçarem sobre questões como nacionalidade e povo brasileiro, formação do país, mestiçagem e relações raciais de modo que, no dizer de Lílian Schwarcz, “uma série de intelectuais ligados ao poder público passam a pensar em políticas culturais que viriam ao encontro de 'uma autêntica identidade brasileira.'" (1998, p. 193). Esta identidade, como sabemos, estaria agora "positivamente‟ marcada pela mestiçagem eleita como indicativo da cordialidade brasileira. Neste contexto, uma série de elementos da cultura popular, leia-se de origem africana, passam a ser incorporados à cultura brasileira, gerando o que Schwarcz denomina “processo de desafricanização de vários elementos culturais, simbolicamente clareados” (1998, p. 196.) Por outro lado, mantém-se a indisposição contra o candomblé e a capoeira, por exemplo.

Os estudos de Nina Rodrigues, Arthur Ramos e Edison Carneiro representam um momento importante no campo dos chamados estudos afro-brasileiros. A despeito do excessivo etnocentrismo e da inegável suposição da inferioridade de negros e índios, o sempre citado Rodrigues efetua um levantamento etnográfico de grande importância para o tema e Dante Moreira Leite afirma que “aparentemente, embora continuasse afirmando as ideias dos europeus a respeito dos negros, o seu contato com a religião africana nos terreiros deu-lhe uma compreensão quase antropológica dessas crenças, chegando a combater a ação da polícia contra os candomblés da Bahia” (1976, p. 216). De modo que estudiosos posteriores a ele chegam a indicá-lo como marco dos estudos sobre as culturas negras no Brasil, embora outro tanto também faça restrições a aspectos de sua obra e conteste a algumas de suas interpretações.

Edison Carneiro avalia assim os estudos de Artur Ramos, considerado "seguidor‟ de Rodrigues e outro marco dos estudos afro-brasileiros: “O método de Nina Rodrigues, melhorado, ajustado às novas concepções científicas, serviu a Artur Ramos no seu fecundo trabalho de classificação e de interpretação do comportamento social dos grupos humanos nacionais" (Ursa Maior, p. 48). De todo modo, os marcos devem ser aqui entendidos na perspectiva de vozes que vão sendo reconfiguradas por outros estudiosos, que falam em outros tempos e de outros lugares.

O escritor Edison Carneiro, que seria o terceiro nome desta genealogia de estudos afro-brasileiros, era oriundo de uma família que não correspondia ao modelo hegemônico de famílias negras; na Bahia do início do século XX, ele nasceu em 1912, seis anos depois da morte de Nina Rodrigues, e seu pai Antonio Joaquim de Souza Carneiro já era engenheiro e professor da Escola Politécnica e autor de livros publicados. Edison Carneiro formou-se em Direito em 1936, mas antes disto, começara a publicar artigos nos quais já apontava o interesse por questões relativas às tradições negras. Nos textos da década de 30, observa-se um interesse pelos cultos populares, pela cultura negra, atestado tanto pela publicação do livro Religiões Negras: notas de etnografia religiosa, de 1936, quanto por sua participação, com dois textos, XANGÔ e SITUAÇÂO DO NEGRO NO BRASIL, no I congresso de Estudos Afro-Brasileiros, em Recife, e na comissão organizadora do II congresso Afro-Brasileiro, na Bahia, em 1937. Incentivou a fundação e participou da primeira diretoria da União de Seitas Afro-Brasileiras, em 1937, tendo combatido veementemente a perseguição sofrida pelos candomblés da Bahia.

Edison Carneiro começou a escrever muito cedo, publicando no Jornal A noite os poemas, mais tarde organizados sob o título Musa capenga. Fez parte da Academia dos Rebeldes entre 1928-1932 liderada pelo jornalista Pinheiro Viegas e que teve como participantes famosos escritores da Bahia, entre eles, Jorge Amado.

Intelectual ativo, insere-se logo na vida política e cultural brasileira e não se omite na luta dos negros pela liberdade de culto, atua pela descriminalização da prática das religiões africanas; neste intuito publica um série de artigos em jornais e revistas de Salvador combatendo a intolerância religiosa e cultural de setores das elites baianas. No bojo das agitações político-ideológicas que caracterizam o pós 30 do século XX, ingressa no Partido Comunista juntamente com outros jovens da época, atuando em duas frentes intelectuais: os projetos marxistas e os projetos de conhecimento e valorização das culturas e religiões afro-brasileiras.

A partir de 1949, ingressa no serviço público e exerce atividades ligadas à cultura popular, àquela altura rotulada de folclore, em vários órgãos como SESI, CAPES, Instituto e Colonização e Imigração, Biblioteca Nacional e Campanha de Defesa do Folclore, além de ter sido professor visitante de várias universidades brasileiras.4 Com este currículo, Carneiro dedicou-se sempre a estudar as tradições africanas bantu e o yorubá, os candomblés da Bahia, a cidade do Salvador, o Quilombo de Palmares, sendo destacado sempre pelos seus contemporâneos pela inteligência, seriedade e simplicidade. Vivendo entre as atividades acadêmicas e a boemia de Salvador, Edison parece ter compreendido a necessidade de identificar- se com as culturas negras e partilhar experiências também com os pais e mães de santo, vistos como pessoas importantes para compreensão das festas e rituais das religiões de origem africana. Visitou muitos candomblés, pesquisou muito, levou vários intelectuais baianos para conhecer religião e festejos afro-brasileiros, entre eles Ruth Landes, antropóloga americana que pesquisou nos finais da década de 30 sobre os cultos afro-brasileiros. Foi um dos primeiros estudiosos a debruçar-se sobre o quilombo de Palmares, publicando em 1946, no México, o livro Guerras de los Palmares.

Jornalista participante publicou nos periódicos A tarde, Diário de Notícias, Jornal do Estado da Bahia, além de Jornal do Brasil, Correio da Manhã e muitos outros.

Em 1969, recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras como reconhecimento do valor de sua produção intelectual. Fez duas palestras no CEAO, uma em 13 de maio de 1968, esta conferência está publicada na Afro Ásia n.7. Fez outra conferência no CEAO em 1971 pouco antes de morrer em 1972. Embora viesse de família que tinha acesso à instrução universitária, passou por algumas dificuldades financeiras, principalmente no período em que precisou se refugiar da fúria governamental contra os chamados “comunistas”.

Como pode ser observado nas cartas que troca com Artur Ramos entre 1936 e 1938:

Eu quereria de você um favor, que vai lhe custar umas cantatas longas no Bertrand. Seria possível que a Civilização, ao aceitar o livro me pagasse, adiantadamente, claro que numa base aproximada, os direitos autorais? Eu vou fazer um concurso, em setembro para livre-docente de Direito Internacional Público na Faculdade daqui. Isso para conseguir o lugar, concorrer para catedrático. Quando abrir o respectivo concurso. Como você sabe a gente gasta muito dinheiro com isso. Dinheiro que eu não tenho, nem nenhum dos meus amigos tem. (Cartas,1987, p.141).

E em outra ocasião:

Desejaria que você aceitasse (mesmo no escuro) e programasse na Biblioteca mais um livreco meu, para este ano. Se possível, anunciasse logo também. Isso me habilitaria a conseguir uns adiantamentos, ótimos sob todos os aspectos, com amigos daqui. O livro chamar-se-á A SAUDADE DA ÀFRICA. (Cartas p. 168).

Os trechos citados dão conta das dificuldades financeiras pelas quais passou o intelectual, principalmente no período em que esteve fugindo da perseguição política. De fato, segundo, Waldir Freitas em texto publicado na revista Afro-Ásia, o Estado Novo não lhe deu trégua e mesmo o concurso citado não chegou a ser realizado:

A partir de março de 64, passaria a ministrar na condição de professor visitante, cursos em várias Universidades brasileiras. E enquanto isto, acreditando, ingenuamente, na sociedade em que vivia, decidiu inscrever-se como candidato a Cátedra de Antropologia e Etnografia, da Faculdade de Filosofia da Universidade do Rio de Janeiro. Atroz desilusão. Sua inscrição fez com que o concurso não se realizasse. Seria difícil reprová-lo. E a sua presença, regendo uma cátedra universitária, não seria bem vista (Afro-Ásia, n.13, 1970, p.10).

Os poemas de Musa Capenga representam uma fase inicial da produção textual de Carneiro, fato acentuado já no título da coletânea publicada quando ele tinha apenas 16 anos. Os poemas revelam a tentativa do jovem de abordar fatos do cotidiano e da sua vida de adolescente preocupado com os amores, as mulheres e a vida intelectual. Chama-me a atenção o fato de Edison Carneiro e também Guerreiro Ramos terem publicado poemas no início das suas carreiras e estes textos não terem obtido reedições; a publicação dos mesmos tem uma importância histórica e também é fundamental para percebermos parte do percurso intelectual dos escritores.

Publicados no jornal A noite, em 1928, na edição organizada por Gil Francisco os poemas de Musa Capenga aparecem numerados e colocados em ordem cronológica. Muitos dos poemas falam de amor, mulher, desejo, expressos numa linguagem que hoje pode até ser lida como contida, mas que àquela altura, talvez parecessem de grande ousadia e talvez até eróticos. Como alguns versos do poema XVI: “Dê-me este beijo/ e eu prometo/ não mais visitar/ a caboclinha/ de lá da Sé!” Como no poema Seios:

Ah! Se eu pudesse
Agarraria aqueles seios, beijaria-os
morderia-os, e, depois,
tonto de gozo
juntaria-os como travesseiros
e tiraria um soneca
em cima dos seios
da menina e moça. (p.68)

Uma visão da mulher que seria hoje muito criticada, em todos os poemas sobre a mulher fala da sua própria volubilidade e parece não ser capaz de ver a mulher individualmente, no poema VI, intitulado Desprendimento: mas confundindo a todas,

misturando
negras e brancas,
e crioulas e morenas,
só me fica
uma impressão
geral, muito geral,
-Duas pernas em movimento
E uma saia que foge... (p.72)

É evidente que não é bem esta uma representação de mulher que gostaríamos de ver!

A tradição africana já aparece em poema no qual faz referência ao ebó como um recurso capaz de alterar os destinos dos indivíduos. Vale ressaltar que, na época, a simples alusão às atividades ligadas ao candomblé fornecia indícios de pertencimento a grupo desprestigiado e Edison já ali pontua, mesmo que em tom de brincadeira, sua apreciação pelas tradicionais culturas negras tão presentes nos bairros da periferia de Salvador e que serão a base de seus estudos e textos, posteriormente, divulgando mesmo a figura do famoso pai de santo e depois personagem, Jubiabá.

Meu anjinho,
não me despreze…
olhe, veja lá;-
se você não me quiser…
eu não me mato não!
Mas vou
ao Pau Miúdo
e trago,
para botar na sua porta
uma coisa feita
dessas que fazem /
morrer de amor,
preparada,
minha beleza,
pelas mãos
do grande mago

Jubiabá! (p. 83)

Em Ostracismo intelectual, interessado na vida intelectual, o poeta traz à cena a sua dificuldade de participar dos debates, discussões e eventos intelectuais do país em tempos de concentração absoluta de atuação política e cultural no eixo Rio- São Paulo. Ele, que viveu na Bahia até 1939, critica a terra natal e o seu antológico isolamento dos centros de decisão desde que a capital do Brasil é transferida para o Rio de Janeiro. O poema de 28 parece anunciar a decisão posterior do escritor de mudar-se par ao Rio de Janeiro em 1939:

Na Bahia, os talentos
vivem e morrem
esquecidíssimos
dos outros intelectuais..
Num isolamento completo…
E isto, publicando
Livros e mais livros…
Quanto mais você!
• É verdade.../
quanto mais
o pobre do meu eu!…

Assim, podemos resumidamente ver a trajetória do intelectual negro, baiano cuja produção textual é importantíssima para os estudos dos modos como a diáspora reconstituiu as tradições africanas, transformando-as em africanidades que se reelaboram em decorrência do contato forçado entre diversas culturas africanas e a chamada cultura ocidental no Brasil.

Notas

1 Albuquerque, Wlamyra; Reis, J. J; Sodré, Muniz; Moura, Clovis; Quintão, Antonia. Lá vem meu parente: as irmandades de pretos e pardos no Rio de Janeiro e Pernambuco (século XVIII). São Paulo: Anablume, 2002. Costa e Silva, A mulher e o limbo: África e a escravidão de 1500 a 1700. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. Mello e Souza. Reis negros no Brasil escravagista: a história da festa de coroação do Rei do Congo. Belo Horizonte: UFMG, 2002, entre vários outros.

2 CAMARGO, Oswaldo. O negro escrito, 1987, p. 25.

3 REIS, J. J.

4 Gilfrancisco. In Musa capenga: poemas de Edison Carneiro p. 22- 26.

 

Referências

CARNEIRO, Edison. Ursa Maior. Salvador, CEAO, 1980.

LEITE, Dante Moreira. O caráter nacional brasileiro. São Paulo: Pioneira, 1976.

MARGATO, Isabel & GOMES, Renato Cordeiro (orgs.). O papel do intelectual hoje. Belo Horizonte: UFMG, 2004.

MOTA, Carlos Guilherme. Ideologia da cultura brasileira (1933-1974) São Paulo: Ática, 1980.

OLIVEIRA, Waldir Freitas & LIMA, Vivaldo da Costa. Cartas de Édison Carneiro a Arthur Ramos (de 4 de janeiro de 1936 a 6 de dezembro de 1938) São Paulo: Corrupio, 1987.

SAID, Edward. Representações do intelectual. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

SCHWARCZ, Lilia História da vida Privada no Brasil; contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo Companhia das Letras, 1998. v. 4.

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* Florentina Souza é Doutora em Literatura Comparada pela UFMG e professora do Instituto de Letras da UFBA, com atuação nos Programas de Pós-graduação em Literatura e Cultura e Estudos Étnicos e Africanos. É pesquisadora do Centro de Estudos Afro-Orientais, onde edita com Jocélio Teles a revista Afro-Ásia. Autora, entre outros, de Afrodescendência em Cadernos Negros e Jornal do MNU (2005).

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