Memória literária em... E disse o velho militante José Correia Leite

Dejair Dionísio (UEL)

Quando um branco dava um sorriso
Para o negro, o negro tinha que
Aceitar aquilo como um favor…
É um dos preconceitos mais safados
Que pode haver.

José Correia Leite

Podemos afirmar que a produção literária afro-brasileira segue crescendo ancorada em grandes figuras representativas que hoje recebem significativo reconhecimento internacional. 1 A aclamação internacional contrasta com um relativo silêncio local quanto às manifestações de apreço a esta literatura. Tal fato chama muita atenção dos pesquisadores internacionais e por si só, propõe varias interrogações de pesquisas importantes. O silêncio da crítica brasileira e das instituições de pesquisa, como as de veiculação literária, atormenta os produtores desta literatura afro-brasileira, limitando, em vários sentidos, a evolução do curso normal de desenvolvimento do fazer literário. Apesar disto, esta produção nasceu se consolidou e segue seu contínuo crescimento.

A questão do reconhecimento literário tem grande peso nas esferas da produção de publicações, da crítica e do discurso político-intelectual corrente dentro e fora dos espaços universitários. Nas comparações diversas, entre escritores afro-brasileiros e outros escritores de outros grupos étnicos, o que mais nos preocupa é a forma desigual de apreciação das produções. Em minha opinião, esta situação é fruto da formação histórica das relações raciais, sendo um ponto de pesquisa a ser examinado. No entanto, face às análises internacionais das teses e artigos abordando esta literatura, não há mais possibilidade de duvidar do imenso valor dela. Trata-se de uma escrita de referência, pelo menos para a militância de movimento negro, sendo que tem o seu valor um pouco conflituoso outro tanto transformativo em relação às características da produção literária brasileira como um todo. Ideologicamente – e não queremos aqui dizer que essa ideologia tem marcas partidárias, é justamente ali dentro deste ativismo e desta atitude de questionamento da sociedade brasileira no campo das relações raciais, que tal escritura tem as suas raízes modernas.

Seguindo por essa linha de raciocínio, temos o valor cultural das grandes obras de teatro, de poesia e de prosa, principalmente as produzidas ao longo do século XX, e agora no século XXI, esta literatura já têm seu lugar de consagração, resultado atestado não só nos estudos acadêmicos realizados, mas também graças à dinamização do processo de globalização das representações das formas culturais. Falamos principalmente e primordialmente da comunicação de massa, da indústria cinematográfica, e do estabelecimento de vínculos diásporicos vinculados com entidades de perfil intelectual mundial.

Podemos citar atualmente, a história do grupo literário Quilombohoje e a bela trajetória das coletâneas de Cadernos Negros que tem sido contadas de formas diversas; em artigos de jornais, dissertações, teses e artigos científicos e tem, dentro da literatura afro-brasileira, como principal tema de discussão, confirmando assim o sucesso alcançado, nos parecendo que a “vontade do axé” venceu. Queremos dizer a vontade de outros pensadores e críticos preocupados em prol de uma posição exógena, que procura contemplar as diversas expressões culturais, valorizando-as no conjunto do conhecimento universal, e traz a discussão que tem como intenção promover uma atitude favorável frente a divulgação desta produção literária afro-brasileira. Seria interessante se, desde o seu início, esta produção pudesse ter tido e, principalmente, merecido maiores estudos no Brasil, preferivelmente dentro de uma perspectiva valorativa frente a cultura dominante mais abrangente. Estamos pensando ao que se referiu Dawn Duke, quanto “às preocupações que nos direcionem para temas da construção de identidades nacionais, da cultura nacional ou, ainda, das noções teóricas sobre natureza da diáspora africana, nos temas favoráveis à consolidação da cultura negra.” (2008: p. 3)

Uma verificação do que se tem como material disponível que retratará a formação desta experiência, somente pode-se enxergar por meio de um estudo fundamentalmente sócio-histórico. Ao tentar entender o que se vislumbra, ainda concordando com Duke, como “a fase moderna da construção de uma escritura um tanto divorciada de uma maior interferência ou descrição européia”, então teremos que começar, por necessidade, com uma discussão em torno da criação de uma tradição periodística, dentro daquele período que coincidiu com o final da escravidão no Brasil. Isso porque o negro escritor deu uma contribuição grandiosa para a imprensa nacional. Nesta contemplação, … E disse o velho militante José Correia Leite, o estudo feito por Correia Leite e Cuti (1992) se torna o texto que poderia ser o suplemento e/ou contraponto ao tradicional estudo feito por Gilberto Freyre, Casa Grande E Senzala (1933). O aproveitamento deste estudo configura-se como uma transformação de postura acadêmica e humana no que se diz respeito à posição de autoridade autoral. A idéia de que desde dentro da própria comunidade afro-brasileira criou-se todo um processo de pensar e escrever tem implicações muito profundas, que seguramente vão conduzir a uma aproximação radicalmente diferente daquela mera observação e contemplação de sujeitos dominados pelo senhor, pelo destino e pelo instinto, o que representa o processo de diminuição sofrida e imaginada daquele Freyre.

Por outro lado, Correia Leite e Cuti nos mostram de forma diferente do “range rede” da Casa Grande de Freyre, como era o dia-a-dia do negro (no sentido plural da palavra, abarcando todos os gêneros), seus medos, seus anseios, suas colaborações, os bailes de época nos clubes, revistas e jornais produzidos a partir do pensamento e da perspectiva do negro. Leite narra a Cuti (em entrevista), suas memórias da militância empreendida a frente de vários movimentos étnicos e da produção de bailes e jornais que essas associações produziram. Se pensarmos que estamos tratando do narrar de um personagem que vivenciou o acontecido, então perceberemos que a narrativa toma outra proporção, uma vez que o modo de narrar apoiado em documentação, jornais, fotografias, dão um sentido outro que difere profundamente daquele que narra somente a partir das suas memórias. Não se trata de um narrar de memória individual, mas ela abarca idem a coletiva, uma vez que as duas se entrelaçam, já que o narrador é seu próprio personagem.

Correia Leite começa narrando a Cuti de forma confessional, o olhar de dentro da questão da intelectualidade afro-descendente no país, sendo emblemáticas as discussões de inclusão e exclusão literária. Encontrou nas suas andanças autores interessados em retratar o mundo afro, e outros motivados por militância e consciência, aos quais se associou e identificou-se, que se preocuparam em observar e comentar a ausência da voz do escritor e pensador negro na elaboração da figura afro-descendente na literatura daquele momento inicial moderno. Segundo Brookshaw, “... a existência de uma imprensa de negros na área de São Paulo a partir de 1915 indica que havia um determinado público de leitores negros e que havia negros com pretensões literárias” (171-2). Correia Leite e Cuti, (2007), Cunha (1992), Barbosa (1997), e Cuti e Fernandes (2002) confirmam uma expressão afro-brasileira abrangente e múltiple manifestando-se paralelamente às tendências modernistas. A expressão e o orgulho comunitários se revelavam principalmente nos jornais e periódicos afro-brasileiros, nas associações culturais e nas entidades de militância política e de movimento negro.

Sobre os jornais afro-brasileiros das primeiras três décadas do século XX, notadamente, eles estabeleceram as raízes da publicação e criação literária na comunidade negra. Para Edna de Mello Silva, em 1915, o jornal O Menelick, servia como o meio de comunicação e o padrão de ideologia e de comportamento das comunidades urbanas. Ele iniciou uma tradição de imprensa marcada por numerosos jornais e periódicos, entre os quais se destacam O Alfaiate (1918), O Bandeirante (1918), O Clarim d’Alvorada (1924), A Tribuna Negra (1928), Quilombo (1929), e A Voz da Raça (1933). Silva verificou a existência de pelo menos vinte e sete jornais afro-brasileiros, entre 1916 e 1963. Em... E disse o velho militante José Correia Leite, aparecem ainda: “O Alfinete (1918), A Liberdade (1919), O Kosmos (1922), O Clarim (1945), A Elite (1924) e Getulino (1924).” (2007: pp. 28-37)

Vamos embarcar nesse trem memorialístico a partir d’O Clarim d’Alvorada, jornal que teve como fundador e diretor o próprio Correia Leite. Nas suas reminiscências cita a rusga que teve com o poeta campineiro Lino Guedes2 , radicado em São Paulo, que por ocasião das preparações de comemoração do centenário de nascimento de Luiz Gama, queria erigir uma herma este, mas desde que ele, Lino Guedes, “... que era um negro isolado, desses que queria fazer as coisas sozinho (...) que poderia fazer parte da comissão, desde que fosse o orientador e de que não aceitava o envolvimento d’O Clarim d’Alvorada.” (LEITE, 2007: p. 86) A questão terminou que um novo jornal foi criado por Lino Guedes e seu grupo – O Progresso (1928), para a confecção da herma e para o preparo das homenagens a Luiz Gama e O Clarim d’Alvorada se ocupou principalmente, da organização do Primeiro Congresso da Mocidade Negra, sendo que ambos os eventos aconteceram em 1930.

A partir da criação do jornal O Clarim (1945), surge à figura de Fernando Góis. Jovem intelectual, voltado para os interesses da literatura e das artes, trava conhecimento com Correia Leite tornando-se um dos seus grandes amigos e passa a participar do Clube Negro de Cultura Social. Correia Leite se refere a ele assim: “... uma das grandes emoções que eu tive em todo o decorrer dessa minha militância, foi o dia que eu assisti à posse do Fernando Góis na Academia Paulista de Letras. A grandeza estava nele mesmo (...) o que o levou a ser um dos eméritos professores da Escola de Jornalismo Cásper Líbero.” (2007: p. 197)

Durante o Estado Novo, surge outro nome ligado a poesia que é citado por Correia Leite. Trata-se de Emílio Silva Araújo. “Era um poeta baixinho e muito esperto, mas a preocupação da poesia dele era a miscigenação. Ele fazia poesia sobre a mulata. Ele tinha um poema muito bonito chamado “Eufrosina”, que ele gostava de declamar.” (LEITE, 2007: p. 138). O interessante é que, esse mesmo poeta, apresentará num outro momento,

... a poetisa que o Silva Araújo tinha levado. Quando perguntamos o nome dela, ela respondeu que se chamava Carolina de Jesus, a mesma que mais tarde escreveu o Quarto de Despejo. Só que ela não fazia poesia que falasse de negro, ela nem tinha essa consciência, nem mesmo quando fez o quarto de Despejo. Nunca teve consciência de negra. A poesia dela, na época, era muito colorida, mas sem nenhuma conotação de origem, de raça. (CUTI, 2007: p. 138)

Cita ainda o encontro com o poeta cubano Nicolás Guillén, que esteve em São Paulo a passeio com a família. A sua preocupação com a invisibilidade do negro na cidade é percebida nesse trecho no narrar de Correia Leite:

Qualquer lugar que ele ia a influência era dos estrangeiros, de turco, italiano e outros. E ele não via nada ligado ao negro. Um dia (...) ele ia descendendo a Ladeira da Memória, com o Góis, e viu uma negra com um tabuleiro vendendo algumas coisas. Ele viu aquilo e saiu correndo pra ir comprar o que ela estava vendendo. Quis saber a origem, no entanto a mulher disse: -Esse aqui é um doce turco. Era um doce de gergelim. Ele ficou desapontado. Nós fizemos um almoço para ele de comidas de influência negra. (LEITE, 2007: pp. 138-9)

Sobre essa questão Lélia Gonzalez (1982), fala sobre a importância de entender a maneira de co-existir e apreciar a relação entre as classes e a cultura, entre os grupos dominantes e os dominados, tentando buscar uma maior compreensão do antagonismo que existe entre os povos que o fundaram: índios, negros e europeus; as experiências de exploração e escravidão; e a classificação hierárquica que resulta na caracterização de “folclórico” ou “exótico” de um grupo, e “culto,” “civilizado” ou “moderno” do outro.

Para ela, o problema se perpetua naquela obsessão com a brancura, com o desejo de se ombrear com o europeu, com um senso de inferioridade, e o sentimento de vergonha que se sente com aquelas outras identidades nacionais – a indigenidade e a africanidade. Então, a busca se resume a brasilidade. Aparecem os mitos culturais parafraseados em expressões como o “brasileiro cordial” ou a “democracia racial”

Leite narra a emoção que foi travar conhecimento com coisas que havia lido sobre dois grandes escritores afro-descendentes e o reencontro com Solano Trindade e Abdias do Nascimento:

Quando fui dar os meus passeios, a primeira coisa que me impressionou foram os bondes com aqueles títulos que eu já conhecia através dos romances de Machado de Assis e Lima Barreto: ‘Laranjeiras”, ‘Cosme Velho’, e outros. Fiquei admirado quando cheguei ao Tabuleiro da Baiana, no Largo da Carioca, e comecei a ver aqueles bondes que o Machado de Assis falava tanto. Fui conhecer a Rua do Ouvidor que ainda tinha traços antigos. (...) Solano Trindade já era um poeta conhecido e Abdias do Nascimento também, através do Teatro Experimental do Negro. (LEITE, 2007: pp. 154-5)

Numa extensa narração rememorativa após esse encontro no Rio de Janeiro, Leite vai narrar as suas passagens pelo Bar Vermelhinho, ponto de encontro da intelectualidade carioca e o respeito que havia em relação ao Teatro Experimental do Negro, com Abdias do Nascimento fazendo com seriedade o teatro de dramaturgia e a poesia de Solano Trindade, que gostava de declamar “Quem tá gemendo...”. Ainda sobre Solano, há uma referência a outro poeta, Carlos de Assumpção3 , onde Leite faz uma comparação da obra dos dois:

Eu já conhecia algumas poesias do Solano Trindade e sinto que ela não dá a mesma conotação da poesia do Assumpção em relação aos prejuízos sociais dos negros, uma poesia que, com aquela ‘corrente invisível’, pergunta: ‘Irmão, por quê?... ’ o negro não é bem tratado. Da poesia do Solano eu goste de uma em que ele diz: ‘Lincharam um negro na cidade dos arranha-céus. Foram procurar o crime do homem, mas o crime não estava no homem. O crime estava na cor’. A poesia de Assumpção segue nesse sentido, sem qualquer nuança de pretender colocar o negro no lado político de esquerda. (LEITE, 2007: PP. 168-9)

Aparece então, na narrativa a figura emblemática e desconhecida dos brasileiros, Dom Silvério Gomes Pimenta4 . Leite assim se manifestou: “... era um negro puro. Ele nunca deveria ter sido esquecido pela comunidade negra brasileira. É uma das grandes honras, um dos grandes orgulhos que a comunidade devia ter...” (LEITE, 2007: p. 179).

Assim, nas suas narrativas memorialísticas, Leite resgata e coloca em outro patamar de discussão a situação do negro na história social do país. A presença na literatura, na imprensa, nas rodas intelectuais, na produção de jornais e revistas, a convivência com os acontecimentos e o encontro com nomes como Michael Mitchell, Florestan Fernandes, Mário de Andrade, Antônio Cândido, Roger Bastide, Jorge Amado, Grande Otelo, Austregésilo de Athayde, que por ocasião da inauguração do medalhão em homenagem a Cruz e Sousa em virtude da passagem do seu centenário de nascimento em 1961, esteve presente para o descerramento da placa e 

fez um discurso muito inflamado, dizendo ser aquilo uma questão de nacionalidade, que quem estava realizando não tinha nada de cor ou raça... E se tratava de uma entidade de gente pobre, sem importância de letrados, mas pondo em brios os intelectuais do Brasil que iam deixar passar em brancas nuvens um evento tão importante como aquele. Depois ele falou de Cruz e Sousa ter sido injustiçado no passado e pediu desculpas, em nome da Academia Brasileira de Letras, pelo erro de não ter sido o Cruz e Sousa colocado no rol dos fundadores da academia. (LEITE, 2007: p. 189)

Sobre a questão da Negritude, houve por parte de Leite, grande preocupação em saber o que estava acontecendo no mundo. Como ponto de referência literária, floresceu entre 1930 e 1950 principalmente entre os países africanos francófonos e a literatura caribenha em inglês e francês. Nasceu como justificativa para reafirmar e revigorar o orgulho da identidade e da história africana, criada por escritores africanos e antilhanos que moravam e estudavam em Paris naquelas décadas. Mas também tinha a sua força política revelada nas idéias anti-colonialistas e anti-européias. Os fundadores da Negritude foram Léopold Sédar Senghor (1994) mais tarde eleito o primeiro presidente da República do Senegal em 1960; poeta martinicano Aimé Cesaire (1968, 1972, 1995); e o escritor Léon Damas, da Guiana Francesa. Tomado como um movimento e uma ideologia literária e política, a Negritude viu várias interpretações entre 1930 e 1980. Igualmente, tem conduzido a debates e discussões polêmicas. O que não se tem negado é o seu valor enquanto desenvolvimento da noção de uma estética negra. Tem afetado a produção literária por toda a América, no que se diz respeito àquela crença na existência de uma subjetividade latino americana. Tem influenciado a maneira pela qual os assuntos de identidade racial e consciência étnica se analisam nos textos.

Obviamente, Leite estava mais interessado em saber das questões relacionadas aos aspectos políticos da questão, uma vez que elas iriam determinar a condição do negro nas localidades que fossem afetadas pelo movimento.

Sem saber, ou sem perceber, o narrar de Leite nos deixa dois legados: o primeiro, como já foi dito anteriormente, é de permitir ter outra referência de discussão; ter outro texto para dialogar sobre a questão do negro no Brasil, que não passe pela presença estética da outremização, do escanteio, descontextualizada.

O segundo é permitir que possamos ver a riqueza do material textual produzido até aqui por escritores que, ao seu modo, a sua maneira, quebrando barreiras às vezes imensas, contribuíram para o engrandecimento da literatura mundial, em suas várias vertentes, em suas várias correntes.

E parafraseando o poeta: “É uma história de vida comovida”.

Referências:

Barbosa, Márcio. “Cadernos Negros e Quilombohoje: algumas páginas de história.” maio/agosto (1997): 207-219.

Brookshaw, David. Raça e Cor na Literatura Brasileira. Porto Alegre RS: Mercado Aberto, 1983.

Cesaire, Aimé. “What is Negritude to Me.” African Presence in the Americas. Ed. Dr.Carlos Moore. Trenton NJ: Africa World Press, 1995.

---. Discourse on Colonialism. New York: MR, 1972.

---. Return to My Native Land. Paris: Présence Africaine, 1968.

Correia Leite, José & Cuti. ...E disse o velho militante José Correia Leite. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 2007.

Cunha, Henrique, Jr. Textos Para o Movimento Negro. São Paulo: Edicon, 1992.

Duke, Dawn. “Alzira Rufino’s Casa de Cultura da Mulher Negra as a Form of Female Impowerment: A Look at the Dynamics of a Black Women’s Organization in Brazil Today.” Women’s Studies International Forum. 26 4 July-August (2003): 357-368.

Figueiredo, Maria do Carmo Lanna, and Maria Nazareth Soares Fonseca orgs. Poéticas Afro-Brasileiras. Belo Horizonte: Editora PUCMinas and Mazza Edições Ltda. 2002.

Freyre, Gilberto. Casa Grande e Senzala. São Paulo: Círculo do Livro,1933.

Gonzalez, Lélia. Prefácio. Cadernos Negros 5 Poesia. São Paulo: Edição dos Autores, 1982.

1Entre os escritores mais conhecidos estão Cuti (Luiz Silva), Miriam Alves, Oswaldo de Camargo, Esmeralda Ribeiro, Ele Semog, Conceição Evaristo, Márcio Barbosa, Ana Maria Barbosa, Lia Vieira, Machado de Assis, Carolina de Jesus, Lima Barreto e Cruz e Sousa.

2Lino Guedes foi o primeiro poeta negro que no século XX, como escritor, se aceitou negro e publicou as "consequências". Poeta que, logo após a morte de Lima Barreto, em 1922, dava a lume o seu "Canto do Cisne Negro" (1926), tornando-se, com isso - como exigem alguns - o iniciador da "negritude" no Brasil.

3Nasceu em 23 de maio de 1927 em Tietê/SP. É Advogado militante na Comarca de Franca/SP. Membro da Academia Francana de Letras, tirou o primeiro lugar no AII Concurso de Poesia Falada@, de Araraquara/ SP, em 1982, com o poema Protesto. Em 1958, por ocasião do 70o aniversário da Abolição, recebeu o título de Personalidade Negra, conferido pela Associação Cultural do Negro, em São Paulo/SP.
4Dom Silvério Gomes Pimenta, professor, orador sacro, poeta, biógrafo, prelado e arcebispo de Mariana, nasceu em Congonhas do Campo, MG, em 12 de janeiro de 1840, e faleceu em Mariana, MG, em 30 de agosto de 1922. Eleito em 30 de outubro de 1919 para a Cadeira n. 19, na sucessão de Alcindo Guanabara, foi recebido em 28 de maio de 1920, pelo acadêmico Carlos de Laet. Foi o primeiro prelado brasileiro com assento entre os escritores consagrados pela Academia Brasileira de Letras.

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