UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE LETRAS

 

PROJETO DE PESQUISA

Edital CNPq nº 50/2006

Seleção pública de projetos de pesquisa nas áreas de Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas

 

 

 

  1. EQUIPE

 

Coordenadora: Graciela Ravetti. (Graciela Inés Ravetti de Gómez)

Professora Associada / Pesquisadora CNPq

Faculdade de Letras – Universidade Federal de Minas gerais

 

Participantes.

Grínor Rojo

Profesor Titular /Pesquisador. Fondo Nacional de Desarrollo Científico y Tecnológico (FONDECYT)

Facultad de Filosofía y Humanidades. Universidad de Chile

 

Sara Rojo (Sara del Carmen Rojo de la Rosa)

Professora Associada / Pesquisadora CNPq

Faculdade de Letras – Universidade Federal de Minas Gerais

 

 

2.   OBJETIVO

A crítica literária latino-americana no período dos anos sessenta e setenta usou, de forma bastante extensa, o marxismo e sua terminologia para analisar o objeto literário. Como ficaram hoje esses termos que serviram para definir e analisar as hoje chamadas “utopias” dos anos 70?  Qual é a terminologia empregada na atualidade e qual é a relação que estabelece com as ideologias em voga?  Nosso projeto, a partir de nosso lugar de enunciação, procurará refletir sobre essas perguntas.

 

Como afirma Nicolás Casullo (p. 16-17)

Las generaciones de vanguardias armadas y no armadas de los años sesenta y setenta en América Latina fueron utópicas, a condición de que narremos esa historia política desde una reflexión cultural que hoy recodifica y en grande parte sustituye los mundos comprensivos de aquellos años. Fueron utópicas, si con tal denominación suplantamos un pasado en sus referencias, definiciones, verdades y conductas, por una lectura que hoy se constituye en el contexto de estudios culturales sobre la llamada tradición moderna y ya no desde el léxico de la propia idea de revolución. Es decir, ahora como lectura de la revolución como pasado. Por lo tanto, lectura desde las antípodas de los transcursos, donde la revolución jamás soñó pensarse. Lectura que liga en términos de biografía de textualidades aquel propósito político de una dictadura obrera y/o campesina para implementar el fin del capitalismo con el concepto etéreo de utopía que desde el siglo XVI en adelante se incorpora a la literatura sobre las condiciones absurdas del mundo histórico.

 

Ou seja, por que denominar “utópico” ao que foi um movimento múltiplo e diversificado, mas cujos sentidos continuam em aberto e ainda por decifrar, ao que foi, de acordo com os resultados sociais e políticos visíveis hoje, um projeto que fracassou? Colocar o rótulo de utópico não pode ser visto como uma maneira efetiva que encripta (no sentido de enterrado e esquecido) o que ainda demanda uma resposta? Não seria essa denominação uma forma extremamente fácil de tirar produtividade a idéias e projetos que só precisariam de redefinições, reformulações já que os problemas a que tendiam resolver continuam vigentes ou, ainda, agravados? 

Nestes últimos anos vemos que as transformações culturais em um espaço transregional, apagados em parte os contornos do nacional, tornaram-se um tópico obrigado da crítica cultural.  Nessa linha, nos interessa discutir como esse debate dialoga com a literatura e a crítica literária na América Latina. Para isso, partindo da teoria literária e em diálogo com a semiótica, a história, os estudos culturais e a filosofia, pesquisaremos um conjunto de obras que nos permitam refletir sobre a crítica literária nos dias atuais. Trata-se de analisar determinadas experiências visando obter uma reflexão sobre um corpus de obras latino-americanas e seus possíveis diálogos com a crítica que está sendo realizada na contemporaneidade. Por isso, a pesquisa teórica se fundamentará tanto nos textos teóricos quanto nas produções literárias e/ou na observação dos processos de trabalho e os produtos resultantes.

 

3.   JUSTIFICATIVA

A literatura, como campo de criatividade ficcional e ao mesmo tempo como evidência, diagnóstico e prospecção de futuro, é uma areia privilegiada para a reflexão sobre o espaço que habitamos. Dessa maneira, pensamos que fazer um projeto específico sobre crítica literária não reduz, senão que amplia, o espectro a ser analisado. Acreditamos que a partir de uma análise reflexivo-topográfica do discurso crítico latino-americano, é viável atingir a elaboração de novos parâmetros críticos para América Latina, chaves de leitura e ferramentas de análise que possam nos servir para a reflexão crítica e teórica da literatura e, por extensão, da cultura. Trata-se, a partir de nosso lugar de enunciação, de contribuir para a construção de uma crítica em diálogo com nossa produção literária atual. Pensamos que um projeto binacional é uma forma de aprimorar nossos trabalhos interculturais, pois possibilitará in locus o diálogo entre Chile e o Brasil (centro de nossas pesquisas) e oferece possibilidades mais claras que pensar a região.

Nessa linha, podemos citar como produto de nossa pesquisa atual os seguintes trabalhos produzidos nos anos de 2006-2007:

 

De Graciela Ravetti

·        Sobre a noção de “saberes narrativos” na América Latina: canibalismo como relato de fundação. Ensaio produzido para discussão, análise e publicação no GT de Literatura Comparada da ANPOLL; Literatura Comparada: O arquivo teórico latino-americano. Previsto para publicar no final de 2007.

·        Los mitos guaraníes sobre canibalismo y su relación con El entenado de Juan José.  Trabalho apresentado na Universidad Autónoma de Barcelona no I Congreso Internacional Mitos Prehispánicos en la Literatura  Latinoamericana a ser publicado nos anais do mesmo no 2007.  Este mesmo trabalho foi apresentado em português na UFMG no seminário de pesquisas promovido pela Faculdade de Letras, SEVFALE,  e será publicado nos anais do mesmo em 2007.

·        Posfácio do livro organizado pelo Prof. Dr. Marcos Alexandre: Representações performáticas brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces. Este projeto  conta com o financiamento da FAPEMIG e será publicado em 2007.

·        Juan José Saer: La grande. Comunidade, memória e história. Trabalho apresentado em BH no Seminário “Topografias da cultura: espaço representação e memória”, evento realizado no marco do convênio entre a UFMG e a Università degli Studi di Bologna em 2006.  Os pesquisadores deste convênio estão preparando um livro, produto da pesquisa conjunta. Previsto para publicação no segundo semestre de 2007.

·        Tradição em metamorfose. Notações sobre zonas interculturais no ciclo latino-americano. Capítulo de livro, organizado pela pesquisadora Olgária Matos e por Reinaldo Marques, a ser publicado no primeiro semestre de 2007. Trabalho apresentado no Colóquio Passagens da Modernidade – Centenário Cyro dos Anjos, organizado pelo Centro de Estudos Literários (CEL) da Faculdade de Letras da UFMG, em 2006.

·        Representar a dor, pensar a morte: sacrifícios.  Prefácio ao livro de Alexandre, Marcos, Maria Lúcia Jacob Dias de Barros, e Sara Rojo Antologia teatral da latinidade: César Brie, Juan Radrigán, Ramón Griffero e Michel Azama. Belo Horizonte: UFMG-FALE, 2007.

·        Juan José Saer: Saberes del presente. Trabalho apresentado no IV Congresso de hispanistas no UERJ, RJ, que será publicado nos anais do mesmo no 2007.

·        Juan José Saer: saberes narrativos, críticos y poéticos. Capítulo de livro a ser publicado em 2007, em Mar del Plata, Argentina, organizado por Mónica Bueno, de la Universidad de Mar del Plata: La novela argentina contemporánea. Vanguardia, experimentación en el uso nacional del género.

·        Para pensar la literatura latinoamericana desde una noción no-esencialista de comunidad. Resenha. ROSMAN, Silvia. Being in Common. Nation, Subject and Community in Latin American Literatura And Culture. Lewisburg, Buchnell University Press. London: Associated University Presses. 2007.  

·        Escribir la pasión: El fiscal, de Augusto Roa Bastos. Revista Caligrama, ensaio publicado, Belo Horizonte: FALE/UFMG: 2006.

·        Saberes performáticos nas ficções de Haroldo Conti. Revista Gragoatá, 2007. Submetido para pubblicación.

·        Narrativa de mujeres y performance. Revista Artemis, 2007.

·        Comissão Editorial organizadora da Revista Aletria. Linha de pesquisa: Literatura e xpressões de alteridade. FALE/UFMG, 2007.

·        Traoré, de Juan José Saer. Os Griots e os buracos negros. Sobre os saberes científicos e pragmáticos na narrativa literária contemporânea. Trabalho aceito para apresentação no IASA 3rd World Congress, a realizar-se em Lisboa de 20 a 23 Setembro de 2007. Painel  literaturas, povos e culturas ibero-afro-americanas.

·        El español en Brasil: desafíos para contribuir a las nuevas comunidades en formación. Trabalho a apresentar, como convidada, no IV Congreso internacional de la lengua española, a realizar-se em Cartagena de Indias, Colômbia, de 26 a 29 março de 2007.

De Grínor Rojo 

 

Livro.

·        Globalización e identidades nacionales y postnacionales … ¿de qué estamos hablando?. Santiago de Chile: Lom Editores, 2006.

Artigos:

·        “De la crítica y el ensayo”. Taller de Letras, 38, 2006, 47-54.

·        “Las armas de las letras o del poder de la poesía (más una cosa sobre los desafíos actuales a/de la poesía chilena)”. Armas y Letras, 56, 2007, 31-37.

·        “Prólogo” a Rodrigo Lira. Declaración jurada. Santiago de Chile. Ediciones Universidad Diego Portales, 2006, pp. 9-18.

·         “Mistral y la vanguardia”. (co-autor com Paula Miranda).  No volume. Bibliografía y antología crítica de las vanguardias literarias. Chile.  Madri. Vervuert Iberoamericana  (Artigo aceito)

·        “Las raíces filosóficas del pensamiento de Bello”. No volume Bello y los estudios latinoamericanos. Pittsburgh. Instituto Internacional de Literatura Iberoamericana (Artigo aceito)

·        “Edwards multiplicado por Edwards”.  Atenea. (Artigo aceito)

·        “Angel Rama, Antonio Candido y los conceptos de sistema y tradición en la teoría crítica latinoamericana moderna”.  Discursos/ Prácticas. Revista de Literatura Latinoamericana. (Artigo aceito)

 

Apresentações individuais:

·        Universidad Austral de Chile- “De las humanidades en Chile”, 2006.

·        Universidad de Chile “Las armas de las letras o del poder de la poesía”

 

Apresentações em simpósios, congressos:

  • “Rodó, crítico de la crítica”. VII Jornadas Andinas de Literatura Latinoamericana. Universidad Nacional de Colombia, Universidad de los Andes, Universidad Javeriana. Bogotá, Colombia, 2006.
  • “Reflexiones en torno a los debates acerca de la crítica literaria latinoamericana de principios del siglo XX”. LASA XXVI International Congress: “Decentering Latin American Studies”. San Juan, Puerto Rico, 2006.

 

 De Sara Rojo

Livros

·        Mencarelli, Fernando e Sara Rojo (org).. Cia acômica na sala dos espelhos.  Belo Horizonte: Lutador, 2007. (Neste livro além da organização realizei o estudo “O Lusco-Fusco: processo e texto”).

  • Alexandre, Marcos, Maria Lúcia Jacob Dias de Barros, e Sara Rojo (org). Antologia teatral da latinidade: César Brie, Juan Radrigán, Ramón Griffero e Michel Azama. Belo Horizonte: UFMG-FALE, 2007. (Neste livro além da organização realizei os estudos sobre César Brie e Ramón Griffero em co-autoria com Raquel Franca). 

 

Artigos

  • Fronteira e território em Colônia Cecília e Cinema Utoppia. Trabalho apresentado no “IV Congresso de Abrace na UNI RIO, R.J, e já publicado nos anais do mesmo no 2006.
  • Anarquismo y teatro en América Latina. Trabalho apresentado no IV Congresso de hispanistas no UERJ, RJ, que será publicado nos anais do mesmo  no 2007.
  • Anarquismo e teatro no Brasil. Trabalho apresentado em BH no Seminário “Topografias da cultura: espaço representação e memória”, evento realizado no marco do convênio entre a UFMG e a Università degli Studi di Bologna.  Os pesquisadores deste convênio, do qual sou coordenadora pela FALE-UFMG, estão preparando um livro, produto da pesquisa conjunta.
  • El teatro de César Brie y la apropiación de los mitos de la muerte clásicos e incaicos. Trabalho apresentado na Universidad Autónoma de Barcelona no I Congreso Internacional Mitos Prehispánicos en la Literatura  Latinoamericana a ser publicado nos anais do mesmo.  Este mesmo trabalho foi apresentado em português na UFMG no seminário de pesquisas promovido pela Faculdade de Letras, SEVFALE,e será publicado nos anais do mesmo no 2007.
  • Alexandre, Marcos e Sara Rojo. “Plínio Marcos y  Juan Radrigán: íconos del teatro de resistencia” in Latinoamerican Theatre Review,  Texas: Texas University, 2007. Este mesmo artigo será publicado em português num livro organizado pela profas.  Márcia Arbex e  Vera Casanova.
  •  Comentário do artigo de José Alegría: Vicisitudes del bacilo griego: risa y tragedia en Electra Garrigó dentro do projeto O riso na tragédia grega e suas ressonâncias no teatro contemporâneo de Brasil e Cuba financiado pela Capes e pelo Mês. de Cuba. O comentário será publicado em um livro produto desse projeto em 2007. Dentro dessa mesma pesquisa participaremos na elaboração de duas antologias: uma de teatro brasileiro e outra de teatro cubano durante o ano de 2007.
  • Prefácio do livro do Prof. Dr. Marcos Alexandre: Representações performáticas brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces. Este projeto conta com o financiamento da FAPEMIG que será publicado o 2007.
  • Reseña de Carnival And The Other Christian Festivals In Research Journal, N 83, 2007.

·        Comissão Editorial organizadora da Revista Aletria. Linha de pesquisa: Literatura e expressões de alteridade. FALE/UFMG, 2007.

4.   EXPLICITAÇÃO DA PROPOSTA

Para atingir os objetivos deste projeto, pesquisaremos, à luz de referenciais práticos e teóricos, um corpus composto por textos, produzidos entre 1990 e 2006 no Chile, na Argentina e no Brasil, que nos permitam entender algumas linhas da produção crítica e literária na América Latina em relação com vetores críticos identificáveis na Europa e nos Estados Unidos.  Acreditamos que esse enfoque permitirá estabelecer alguns princípios ideológicos e/ou estéticos e certas chaves de leitura crítica que dialoguem com o momento histórico que vive a criação e a teoria literárias na América Latina. Esse é o elo entre as produções a serem analisadas.

 

Desdobramentos

1. De Graciela Ravetti:

Propomos a reflexão sobre os saberes críticos desenvolvidos pelo escritor argentino Juan José Saer (1937-2005) disseminados na sua obra de ficção e nos seus textos de crítica literária e cultural, com ênfase no pensamento entre épocas _ anos 60-70 e 90 até 2005. Pretendemos deslindar certos conceitos por ele trabalhados não só nos textos, mas também em seus paratextos _ as entrevistas, conferências e manifestações orais _, e pensar na relevância desse material para o “sistema” literário latino-americano contemporâneo, especialmente o da Argentina pós Borges, com base em um pressuposto básico: Saer estabelece um conjunto solidário de sentidos e procedimentos entre sua literatura e a de seus predecessores, e com isso contribui, de maneira significativa, para a manifestação de uma "tradição" literária argentina, e, por extensão, latino-americana.

Pensar tradições locais, comunitárias ou nacionais, está sempre nos obrigando a deparar-nos com um nó: o individual da criação, da memória e da sensação-percepção — de fato as características tradicionais próprias do que se convencionou denominar sujeito — em relação aporética com o coletivo do geral, a tensão entre o particular e o cultural geral, entre a obra e o artista singular, e entre este e a tradição que o inscreve em seu código, o ignora ou o rejeita, operações todas, no entanto, de algum tipo de inclusão. Se é evidente que, de qualquer perspectiva da que se observe, permanecer no tempo e no espaço é transformar-se, o problema que se coloca é pensar como e por que um objeto cultural, apesar de não poder ser já mais ele mesmo, pode permanecer como baliza de uma identidade e componente de uma tradição, seja qual for a valorização de que é objeto. Embora a valorização positiva não seja um quesito obrigatório, o reconhecimento — no sentido de constatação de objeto observável— é indispensável para passar a fazer parte de uma tradição. Disso, precisamente, se trata: de uma obra, um estilo, uma linguagem, um autor, serem contemplados como partes integrantes de um sistema cultural, seja oferecendo modelos a serem reconhecidos, seja sendo lidos como epígonos ou continuadores.

É possível ser outro — modificado pelo passar do tempo — e continuar a ser pensado como referência permanente? Em suma, tradição é equivalente a continuidade? Uma implica a outra? Já que o fato de que certos produtos culturais sejam reconhecidos como tradição implica sucessão temporal com algum tipo de fio progressivo, como pensar essa identidade marcada pelo movimento e a distância, tanto temporal quanto espacial? 

Faremos uma leitura dos textos de Saer à luz das grandes questões abertas na tradição cultural da América Latina nos séculos XIX, XX e a primeira década do XXI. Os temas prioritários do trabalho serão: o estabelecimento de certas características que fazem os gêneros literários nos quais formula suas ficções, como práxis consciente e trabalhosa, como categorias formais utilizadas e reinventadas na tarefa de articular a escrita própria com a de alguns de seus predecessores, especialmente no propósito de carregar a herança borgiana de fusionar ensaio e ficção, história e autobiografia, estabelecendo com isso laços com um modo de escrita iniciado já no século XIX, com nomes paradigmáticos como Sarmiento, Hernández, Echeverría, Groussac e Alberdi, dentre outros; a estética da negatividade levada até profundas conseqüências como forma de responder aos dilemas colocados pela pergunta: como escrever literatura, sendo latino-americano, sem cair nas armadilhas da cor local, o regionalismo pitoresco e particularista, e, ainda, sem renunciar à densidade cultural da própria história; a questão da memória e da experiência, que oscila entre a lembrança histórica do legado colonial e as atrocidades do período da ditadura, associados esses assuntos à questão das mal chamadas “utopias” dos anos 60 e 70 e ao trauma decorrente dessas experiências, trauma que age como força desagregadora da idéia de comunidade do presente no qual escreveu Saer; o canibalismo, que convoca um passado remoto, mas que pode ser lido como uma metáfora de resposta às questões colocadas pela sobrevivência social e cultural de comunidades periféricas como a argentina, de forma muito diferente a como foi colocado por movimentos como a Antropofagia, pelo modernismo brasileiro, por exemplo; as relações com o gênero policial, acrescentando “um ponto” a uma forma já estabelecida de escrita na tradição latino-americana (Arlt, Walsh, Borges, Piglia, Bolaños), intimamente ligada à crítica sócio-cultural. Esses e outros temas serão pesquisados, colocando os textos de Saer como ponto de partida de um trabalho que permite acompanhar o campo semântico que solicita outras leituras do campo cultural latino-americano, fora do imaginário urbano hegemônico da literatura do século XX.  Interfases com a literatura e a cultura brasileira serão feitas ao longo de toda a pesquisa. Fundamental será, também, colocar em evidência as interrelações entre sua obra e a literatura latino-americana que lhe é contemporânea. Saer, leitor de Carlos Drummond de Andrade e de João Guimarães Rosa, foi responsável por uma coluna no caderno Mais! da Folha de São Paulo desde 2002 até sua morte, o que evidencia o interesse por seu pensamento e qualidades artísticas no Brasil.

Esperamos contribuir com os estudos latino-americanos sobre literatura e cultura, encontrar e desenvolver noções teóricas que sirvam de chave para novas e originais interpretações de nossa região _ o Cone Sul.

Especificamente nesta proposta trata-se de:

  • Estudar os saberes narrativos e críticos do escritor argentino Juan José Saer;
  • demonstrar a relevância de sua escrita e de seus paratextos no “sistema” literário latino-americano contemporâneo;
  • desenvolver e justificar a viabilidade de um pressuposto inicial do qual parte a pesquisa aqui proposta: o conjunto solidário de sentidos e procedimentos que podem ser detectados entre a literatura de Saer e a de seus predecessores. Essa rede permite enxergar a existência de uma "tradição" literária argentina, e, por extensão, algumas linhas latino-americanas que já conformam uma tradição.
  • estabelecer diálogos plausíveis da literatura de Saer com a literatura latino-americana em geral e a brasileira e a chilena em particular.
  • propor novos termos de análise das conjunturas culturais que possam ser lidas a partir da literatura, nos textos de um de seus grandes criadores, Juan José Saer;
  • estabelecimento de novos parâmetros para uma teoria crítica que se permita ancorar em bases latino-americanistas, sempre fora dos conceitos autoritários e fechados de nacionalismos e essencialismos redutores, mas tendo consciência das complicações epistemológicas e políticas que um  trabalho dessa implica.

 

 

2. De Grínor Rojo:

Roberto Bolaño ou o romancista como crítico

Interessa-nos neste projeto o trabalho de Roberto Bolaño (Chile: 1953 Espanha: 2003) um dos grandes romancistas latino-americanos das últimas décadas, na sua qualidade de comentarista e crítico da literatura. Bolaño foi, como todos os freqüentadores de suas obras sabem, um animal literário: leitor voraz, de preferências definidas muitas vezes radicais, terminou fazendo da literatura dos outros, o material favorito da própria. Ë suficiente pensar num livro como La literatura nazi em América (1996), em muitos sentidos uma re-escrita da Historia universal da infamia de Borges ou em Los detectives salvajes (1998), que eu mesmo interpretei como um acerto de contas alegórico com as vanguardas e a partir de aí com tudo o que as vanguardas significaram como fundação de uma estética e um projeto vital que dominou uma grande parte da sensibilidade do século XX na América Latina. Ou em Nocturno de Chile (2000), um romance no qual a personagem principal é um crítico literário, máscara translúcida do mais influenciador entre todos os que, com um desenvolvido espírito de colaboração, realizaram este ofício no Chile durante os anos da ditadura militar. Inclusive na sua obra póstuma, 2666 (2005), Bolaño faz que uma parte de suas personagens sejam profissionais da literatura. Coloca-se, assim, a suspeita, que não pode menos que se corporizar, de que para o autor de todas essas peças magistrais a experiência por antonomásia não é a experiência da vida, porém, como diria Alfonso Reyes, “a experiência literária”. Não é estranho, então, que ele escrevesse, na sua “Literatura e exílio”, que “Para o escritor de verdade sua única pátria é sua biblioteca”.

Mas também Bolaño foi um crítico direto, para dizê-lo de alguma maneira. As páginas de Entre parêntesis (2005) estão aí para demonstrá-lo. Escritas entre 1998 e 2003, recolhem discursos, intervenções, entrevistas e notas críticas publicadas na Europa e na América e que falam de Neruda e Borges com a mesma fluência com que se referem a Jonathan Swift ou aos trovadores provençais. Bolaño dialoga com seus pares, os elogia e briga com eles, sempre atento e nunca neutral, nós fazendo sentir uma vez mais que o que está em jogo nesses diálogos e, nem mais nem menos, que sua própria vida.

Com certeza, o escritor como crítico é uma figura da modernidade. Bolaño não o inventa: De Cervantes a Flaubert e a Borges, o desdobramento do criador em uma pessoa capaz de ler os colegas e de ler-se também a si mesmo tem-se repetido com uma continuidade que supõe não só uma determinada tradição, mas também um rasgo essencial e inerente da escrita moderna. Não se trata só de aquelas obras nas que as personagens são literatos da maneira do Retrato del artista adolescente de Joyce ou outras semelhantes, o que sem dúvida constitui uma classe ou um gênero de criações por si só. Na verdade não somos poucos os que pensamos que toda obra literária leva inscrita dentro de si sua própria crítica, explícita ou implicitamente. E isso, mesmo que essa crítica não seja (muito longe disso) a palavra final sobre sua significação.

Pela lucidez de seu trabalho nesse sentido, pela re-formulação canônica que esse trabalho envolve (na literatura chilena unicamente, uma re-formulação canônica da etapa histórica pós Neruda e pós Parra, aceitando só, e incluso apenas pela metade, o magistério de Enrique Linh e a companhia de Gonzalo Millán) a mudança de sensibilidade, pós 68 e pós 73, como anunciado na premissa anterior, e pela grande influência que seu trabalho tem alcançado nas novas generações de escritores de América latina, acreditamos que uma abordagem em sério de “Bolaño ou o romancista como crítico” é hoje tanto pertinente quanto necessário.

  • Objetivo geral: Estabelecer a presença de um ânimo e uma prática crítica tanto na obra ficcional quanto na não ficcional de Roberto Bolaño.

Objetivos específicos:

  • Estabelecer o sistema das preferências literárias de Roberto Bolaño.
  • Estabelecer de que maneira esse sistema de preferências se coloca de manifesto nos seus diferentes livros.
  • Estabelecer como esse sistema de preferências influencia na elaboração de sua própria literatura.
  • Assinalar um julgamento crítico sobre os resultados estéticos de esta tendência na obra do escritor.

 

3. De Sara Rojo: Crítica teatral

O enfoque será refletir sobre as possibilidades que oferece um estudo semiótico que dialoga com a história, a ideologia, a estética das práticas teatrais dos projetos e produtos artísticos resultantes in locus. Sabemos que além do texto dramático, na produção de um espetáculo intervém uma série de outros textos como, por exemplo, as “partituras” criadas na montagem. Pavis diz em relação ao conceito de partitura:

La sotto-partitura, in effeti, non è semplicemente una struttura controllata dall’individuo che ricerca, ma è una “partitura fatta di norme culturali e di modelli di condotta del performer” (...) Schema direttivo cinestesico ed emozionale, articolato sui punti di riferimento e di appoggio dell’attore e creato e figurato da questi, con l’aiuto del regista, ma che può manifestarsi solo attraverso lo spirito e il corpo dello spettatore.[1]

Por essa razão, o campo a ser pesquisado deve incorporar os textos dramáticos, os projetos  espetaculares e as montagens. Por exemplo, em peças como Cinema Utoppia (1985) do chileno Ramón Griffero é interessante analisar o caráter pluri-lingüístico das formas cênicas que se abrem a diversos códigos de maneira não hierárquica para falar, por exemplo, da perda dos espaços comunitários dentro de um corpo social fragmentado até mesmo territorialmente. Portanto, pode ser que a relação com a ideologia ou a estética seja estabelecida nesse patamar e não no texto escrito. Partindo do princípio de que cada sistema teórico possui ideologias, imagens constituintes de uma visão cultural que orienta a sua produção artística e leituras realizadas dentro desse sistema, a estética da escrita e do palco de peças como Cinema Utoppía possibilita realizar uma pesquisa sobre as novas formas cênicas e produzir uma crítica da construção de imagens de um texto, na qual todas as linguagens – da iluminação, do som, da plástica dos corpos – constroem partituras.

Trata-se, então, de caminhar para a realização de uma crítica que analise as produções artísticas em um dialogo não determinista com nossa história, mesmo porque o resultado pode ser até contraditório com os postulados teóricos ou ideológicos que a sustentam. Por exemplo, por um lado, ideologicamente, a arte anarquista no Brasil se postulava como o “veículo certo para projetar a imagem de uma sociedade ideal cuja característica básica é a harmonia coletiva, subsistindo através da absoluta liberdade individual”[2] e , por outro,  segundo Luzia Faccio, a realização concreta do teatro anarquista foi panfletária.  De fato, segundo ela, o teatro anarquista se voltaria contra si mesmo pela “persistência da arte libertária em divulgar a ideologia do movimento”.[3] Por sua vez, assumiremos a história no seu duplo sentido: “conjunto de acontecimientos de la sociedad y conjunto de enfoques sobre estos”.[4] Isso facilita uma abordagem de contradições como a assinalada.

Acreditamos que para um estudo como o anteriormente descrito é necessário o estabelecimento de uma negociação entre os postulados da história e da Arte, e essa negociação potencializará um olhar diferente sobre as práticas existentes porque, como afirma Raymond Aron, “no existe una realidad histórica, totalmente hecha antes de la ciencia, que convenga reproducir simplemente con fidelidad. La realidad histórica, porque es humana, es equívoca e inagotable.”[5] Se aceitarmos essa tese, a validez de nossa crítica em contraponto da representação na história e na Arte adquire outra dimensão.  Nossa leitura é que a Arte, especialmente aquela que tem um caráter performático, no senso de resgate de um sentido perdido,[6] constrói e é construída pelos imaginários sociais e dessa maneira perfura as fronteiras entre a mesma e o pensamento histórico. Podemos dizer que os discursos resultantes da experiência vivida são construídos tanto pelo fato histórico quanto pela Arte. Esta descoberta permite debater sobre a fronteira entre os fatos, as representações da história e da ficção e, partir daí, a relação entre a teoria e a prática. Por outra parte, essa perspectiva de trabalho traz ao primeiro plano da reflexão o papel dos intelectuais e artistas nos processos sociais, questão bastante relevante no debate atual.[7] 

Os latino-americanos somos um construto das diversas culturas que nos conformam; portanto, nossas produções nascem na tensão permanente entre as mesmas. Podemos dizer que enunciadores e enunciados (sujeitos e objetos) carregam o conflito e o consenso.  Por exemplo, performances genéricas ou sociais, geradas por corpos reprimidos, procuram re-definir seu espaço no ato enunciativo, e transformam, assim, esse novo referencial numa estética afirmativa. Uma crítica, entendida nesse jogo de trocas e permutas, não pode surgir só dos parâmetros ocidentais. O cânone de autores como Harold Bloom não pode ser nosso referencial como críticos latino-americanos.  Nossa crítica nasce nas trocas violentas ou dialógicas que constroem nossa cultura e podemos fazer disso uma ferramenta a nosso favor.

 

Especificamente, a proposta de pesquisa trata-se de:

  • Elaborar critérios de análise teatral que dialoguem com as teorias semióticas, textos escritos, metodologias de produção escrita e práticas espetaculares latino-americanas.
  • Analisar os diálogos que acontecem entre produções artísticas e os princípios ideológicos e estéticos, a partir dos estudos culturais e históricos, principalmente os desenvolvidos na América Latina.
  • Descobrir formas novas de crítica teatral que, em um quadro cultural que assuma a identificação e a diferença.
  • Contribuir na elaboração de uma teoria-crítica teatral que parta de um lugar de enunciação latino-americano.

 

5.   METODOLOGIA  

 

A presente proposta de associar, aproximar e comparar obras literárias de escritores oriundos de contextos e culturas diferentes (Brasil, Argentina e Chile) vincula-se nitidamente ao campo da Literatura Comparada e ao da Teoria e Crítica da Literatura, demandando _ pelas interfaces que mantém com outros campos do saber, como a filosofia e a história _ um procedimento metodológico de carater comparatista e multidisciplinar.

       Dessa forma, o trabalho aqui proposto e a discussão da problemática da crítica literária e cultural contemporânea será realizado segundo os seguintes procedimentos de investigação:

 

  1. Levantamento e estudo da bibliografia relativa aos temas específicos propostos por cada um dos pesquisadores que propõem este projeto.
  2. Análise de textos literários, espetaculares e críticos latino-americanos que permitam focalizar o estudo na problemática enunciada.
  3. Leitura e/ou releitura do corpus literário do projeto. Revisão, ampliação e avaliação crítica do material bibliográfico relativo aos autores e temas escolhidos.
  4. Elaboração de ensaios críticos visando a produção de textos que contribuam a uma teoria e crítica literárias na América Latina latino-americana em diálogo com seus contextos de produção, com a memória e a história na qual se inserem.
  5. Elaboração de ensaios críticos visando a produção de textos que contribuam a uma teoria e crítica teatral na América Latina latino-americana em diálogo com seus contextos de produção, com a memória e a história na qual se inserem.
  6. Publicação de trabalhos sobre os resultados da pesquisa em periódicos especializados e participar em livros organizados por pesquisadores do mesmo âmbito temático e de espaços inter e transdisciplinares.
  7. Realização de discussões e apresentações permanentes dos resultados parciais em: cursos de graduação e pós-graduação, participação em eventos, participação em missões de trabalho, recepção de missões de trabalho.
  8. Orientação de projetos de pós-graduação e de iniciação científica relacionados com esta temática.
  9. Redação de um  livro conjunto produto desta pesquisa.
  10. Criação de novas disciplinas de ensino na graduação e na pós-graduação, associadas a esta pesquisa

 

Apoios teóricos:

a)     Trabalhos de filósofos contemporâneos como Giorgio Agamben, Paolo Virno, Jean-Luc Nancy, Paul Ricoeur e Hannah Arendt.

b)     Trabalhos de pensadores como Horacio González e Nicolás Casullo, de Argentina, e desenvolvimentos realizados no Brasil e na América Latina sobre literatura, política e cultura.

c)      Os estudos culturais surgidos especialmente na ou sobre a América Latina nos Estados Unidos e na Europa. Por exemplo, as teses de Walter Mignolo sobre lugar de enunciação ou as teorizações sobre teatro e performancede Diana Taylor.

d)     Os estudos históricos realizados, especialmente na América Latina, por exemplo, de Sérgio Grez e Gabriel Salazar.

e)     A teorização realizada na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos em relação à semiótica teatral teatro nos últimos anos. Por exemplo, os estudos de  Marco De Marinis e Patrice Pavis.

 

6.   RELEVÂNCIA DA PESQUISA – CARACTERIZAÇÃO

A literatura está mudando em várias direções. A partir dessa afirmação, nossa proposta é analisar as mudanças que aconteceram e estão acontecendo na literatura e tentar refletir sobre quais seriam os parâmetros críticos que poderiam acompanhar essas mudanças na América Latina.

Como pensar fora dos fortes conceitos de identidade, informados pelas disciplinas matemáticas, biológicas ou filosóficas? E fora dos enquadramentos do olhar construídos ao longo dos séculos por narrativas que se fundaram na certeza do conhecimento essencial? Poderíamos torcer um pouco o raciocínio e pensar a tradição como um sistema composto pelo conjunto das relações que se estabelecem entre as coisas. Tais relações, apesar das transformações no tempo e no espaço dos objetos que interligam e das metamorfoses sofridas pelas próprias concepções de Tempo e Espaço, permanecem vivas, independentemente dos pontos dessa rede relacional que funciona de forma diacrônica, embora faça sentir seus efeitos sempre no presente. Tal sistema, fantasmático, vivido pela cultura como tradição, seria um construto cuja potência formalizadora está sendo sempre atualizada pelo grupo que detém a hegemonia de uma região ou de uma nação? Reconhece-se como tradição porque opera com uma certa regularidade e com vetores de orientação; como limite, como contêiner e com efeito modelizador? E, claro, por pouco que sobre ela reflitamos, teremos que aceitar sua qualidade de plural. Não uma e sim múltiplas tradições, conformando uma cultura, no singular, cuja existência só se deixa apreciar pelos efeitos que provoca e pela iminência de concretizações que podem ser previstas, teorizadas e criticadas a posteriori. Assumir seu caráter plural e inacabado nos obriga a aceitar outras tradições, em constante devir e emergência, produto das leituras e dos discursos de sujeitos que começam a fazer ouvir suas vozes, antes ocultas, silenciadas ou ignoradas. Ou, então, o vir à tona de formas renovadas de compromisso artístico.  A possibilidade de dar esse passo é, por enquanto, um pressuposto sem comprovação.

            Por outra parte, o diálogo entre a crítica produzida no Brasil e a produzida nos países Hispano-americanos é insuficiente, precisamos fortalecer o trabalho e a reflexão conjunta. Acreditamos que não é possível continuar respondendo às agendas criadas nos Estados Unidos ou na Europa, mas para que isso seja possível pensamos estar contribuíndo, com este projeto, a dar um passo nessa linha.

                       

7.   PRODUTOS DA PESQUISA

A pesquisa terá como produtos principais:

  • A expansão do conhecimento e aprofundamento do trabalho crítico-teórico não só para nós, como para estudantes, orientandos e outros professores através da disseminação da pesquisa que será veiculizada por médio de seminários, comunicações em congressos, artigos, etc.
  • Uma nova contribuição com os estudos que interligam a crítica e a teoria literárias produzidas no diálogo binacional entre o Chile e o Brasil.
  • A publicação de ensaios em revistas especializadas sobre os textos e produções a serem estudadas.
  • A elaboração de um  livro conjunto.
  • Intercambio de estudantes no nível de pós-graduação.
  • O intercâmbio de experiências de orientação tanto de alunos da graduação quanto da pós-graduação.
  • A concretização de missões de trabalho que impliquem discussões e apresentações das pesquisas em andamento.

 

8.   CRONOGRAMA DETALHADO

A pesquisa será desenvolvida em 04 fases: 1ª. Decisão sobre o corpus específico a ser analisado, tanto de apoio teórico quanto de produtos artísticos. 2ª. Produção das primeiras reflexões e dos textos iniciais para serem discutidos pelo grupo e apresentados em eventos científicos locais, regionais, nacionais e internacionais. 3ª. Produção de material conjunto. 4ª. Preparação específica para publicação, tanto em médio impresso quanto digital.

 

2007

Agosto a dezembro
  • reflexão e escrita sobre a primeira fase da pesquisa. 
  • estudo bibliográfico dos parâmetros teórico-metodológicos a serem utilizados neste projeto.
  • Viagem em missão de trabalho, pelo projeto desenvolvido com a Universidade de Chile. No marco dessa missão de trabalho e estudo se aprofundará a pesquisa e se apresentarão resultados em forma de seminários e conferências.
  • elaborações parciais para divulgação.
  • trabalho permanente de orientação com os orientandos de pós-graduação e com os de Iniciação Científica, de cada uma das coordenadoras do projeto.
  • alimentação da página Web particular onde será alojado o projeto, no site de Espanhol, da Faculdade de Letras da UFMG.
  • realização de dois cursos na graduação, nos quais possam ser discutidos os conteúdos deste projeto.
  • apresentações dos trabalhos em eventos regionais, nacionais ou internacionais.
  • reunião e discussão dos trabalhos realizados pelos participantes discentes, tanto para a publicação em livro quanto para a difusão na página Web.
  • Intercâmbio de estudantes.

 

 

2008

Janeiro a Julho

·        reflexão e escrita sobre a seguinte fase da pesquisa.

·        estudo bibliográfico dos parâmetros teórico-metodológicos a serem utilizados neste projeto.

·        reflexão e escrita de elaborações parciais para divulgação.

·        trabalho permanente de orientação com os orientandos de pós-graduação e com os de Iniciação Científica.

·        realização de um curso na pós-graduação e outro na graduação, no qual possam ser discutidos os conteúdos deste projeto.

·        atualização permanente da página Web.

·        reunião e discussão dos trabalhos realizados pelos participantes discentes, tanto para a publicação em livro como para a difusão na página Web.

·        apresentações dos trabalhos em eventos regionais, nacionais ou internacionais.

·        Intercâmbio de estudantes.

 

 

2008

Agosto a dezembro

·        reflexão e escrita sobre a seguinte fase da pesquisa .

·        trabalho permanente de orientação com os orientandos de pós-graduação e com os de Iniciação Científica.

·        alimentação da página Web particular.

·        realização de dois cursos na graduação, nos quais possam ser discutidos os conteúdos deste projeto.

·        atualização permanente da página Web.

·        reunião e discussão dos trabalhos realizados pelos participantes discentes, tanto para a publicação em livro como para a difusão na página Web.

·        reuniões periódicas com colegas.

·        publicação dos resultados em forma de livro e em periódicos especializados.

·        apresentações dos trabalhos em eventos regionais, nacionais ou internacionais.

·        Intercâmbio de estudantes.

 

2009

Janeiro a Julho

·        reflexão e escrita sobre a última fase da pesquisa.  Produção de uma crítica que dialogue com a teoria, a história e os produtos artísticos concretos.

·        elaborações parciais para divulgação.

·        trabalho permanente de orientação com os orientandos de pós-graduação e com os de Iniciação Científica.

·        realização de um curso na pós-graduação e outro na graduação, no qual possam ser discutidos os conteúdos deste projeto.

·        atualização permanente da página Web.

·        reunião e discussão dos trabalhos realizados pelos participantes discentes, tanto para a publicação em livro quanto para a difusão na página Web.

·        reuniões permanentes com colegas.

·        apresentações dos trabalhos em eventos regionais, nacionais ou internacionais. 

·        Intercâmbio de estudantes.

 

 

9.   BIBLIOGRAFIA

a. Bibliografia geral 

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YUDICE, George. A conveniência da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2004.

 

b. Bibliografia de Juan José Saer

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-----. Responso. Buenos Aires: Jorge Álvarez, 1964.

-----.. Palo y hueso. Buenos Aires: Camarda Junior, 1965.

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-----. Cicatrices. Buenos Aires: Sudamericana, 1969.

-----.  “Narrathon”. Caravelle (1972): 162-170.

-----.. La mayor. Buenos Aires: Planeta, 1976.

-----.. El arte de narrar (poemas 1960-1975). Venezuela: Fundarte, 1977.

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-----.. El limonero real. Buenos Aires: Centro Editor de América Latina, 1983.

-----.. El entenado. México-Buenos Aires: Polios, 1983.

-----.. Une litterature sans qualités (Cognac: Arcane 17, 1985). Trad. de Marylin Contardi: Una literatura sin cualidades. Santa Fe: Universidad Nacional del Litoral, 1988.

-----. Glosa. Buenos Aires: Alianza, 1986.

-----. La ocasión. Madrid: Ediciones Destino, 1988.

-----. El río sin orillas. Tratado imaginario. Buenos Aires: Alianza, 1991.

-----. Lo imborrable. Buenos Aires: Alianza, 1993.

-----. La pesquisa. Buenos Aires: Espasa Calpe, 1994.

-----. La narración objeto. Buenos Aires: Planeta, 1999.

-----. El concepto de ficción. Buenos Aires: Espasa Calpe, 1997.

-----.Sobre literatura. São Paulo: Cuadernos de Recienvenido, 1997.

-----..Lugar. Buenos Aires: Seix-Barral, 2000.

-----. Las nubes. Buenos Aires: Seix-Barral, 2004 [1997]..

SAER, Juan José e PIGLIA, Ricardo. Diálogo. Santa Fe: Universidad Nacional del Litoral, 1990.

 

c. Bibliografía de “Roberto Bolaño ou o romancista como crítico”

ALONSO, María Nieves, Mario Rodríguez e Gilberto Triviños, eds. La crítica literaria chilena. Concepción: Aníbal Pinto, 1995.

BISAMA, Adolfo e Alvaro. Nocturno de Chile: desde el paratexto a la novela de la dictadura”. Fernando Moreno, ed. La memoria de la dictadura. Nocturno de Chile, Roberto Bolaño. Interrupciones 2, Juan Gelman. Paris. Ellipses, pp. 21-30.

BOLAÑO, Roberto. Estrella distante. Barcelona: Anagrama, 1996

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-----. Los detectives salvajes. Barcelona: Anagrama, 1998.

-----.Nocturno de Chile. Barcelona: Anagrama, 2000.

-----. Entre paréntesis. Ensayos, artículos y discursos (1998-2003). Ed. Ignacio Echeverría. Barcelona: Anagrama,

-----.2666. Barcelona: Anagrama, 2005.

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Espinosa H., Patricia, ed. Territorios en fuga. Estudios críticos sobre la obra de Roberto Bolaño. Santiago de Chile: Frasis, 2003.

Ibáñez Langlois, José Miguel. Introducción a la literatura. Santiago de Chile: Ed. Universitaria, 1993.

El marxismo: visión crítica. Santiago de Chile: Nueva Universidad, 1973.

Manzoni, Celina, ed. Roberto Bolaño. La escritura como tauromaquia. Buenos Aires: Corregidor, 2002..

Piglia, Ricardo. El último lector. Barcelona: Anagrama, 2005.

-----. Crítica y ficción. Barcelona: Anagrama, 2001.

Rojo, Grínor. “De la crítica y el ensayo”. Taller de Letras, 38 (2006), 47-54.

.“Bolaño y Chile”. Anales de Literatura Chilena, 5, 2004, 2001-211.

 “Sobre la crítica”. Kipus. Revista Andina de Letras, 14,,2002, 93-99.

Valente, Ignacio. Veinticinco años de crítica. Santiago de Chile. Zig-Zag, 1991.

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Vargas, Mabel. “El lector enfermo: caos y catátrofe en Nocturno de Chile de Roberto Bolaño”. Moreno, Santiago: ed. La memoria de la dictadura, 57-65. AñO

 

 

d. Bibliografia  de crítica e semiótica teatral

BOBES, Maria e outros. Teoria Del teatro. Madri: Arco, 1997.

BORRÀS, Laura. Reescribir la escena. Madri: Fundación autor, 1998.

BRIE, César. Por un teatro necesario. El tonto del Pueblo. Bolívia:  Plural Editores, 1995.

CARLSON, Marvin. Teorias do teatro. Estudo teórico crítico dos gregos à atualidade. São Paulo: Unesp, 1997.

CARREIRA, André.,  GRAMMONT, G., RAVETTI, G., ROJO, S.  e VILLAR, F. Mediações performáticas latino-americanas. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2003.

-----. Mediações performáticas latino-americanas II. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2004.

CELCIT. Centro Latinoamericano de Creación e Investigación Teatral. http://www.celcit.org.ar. Acessado o 5 de janeiro de 2007.

COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva, 1989.

-----. Work in progress na cena contemporânea. São Paulo: Perspectiva, 1998.

DE MARINIS, Marco.  Semiótica del teatro. L’analisi testuale dello spettacolo. Milão: Bompiani, 1992.

-----. Comprender el teatro. Buenos Aires: Galerna, 1997.

----- La danza alla rovescia di Artaud. Il secondo Teatro della Crudeltà (1945-1948)

Bolonha: Gallimard, 1999.

-----. In cerca dell’ attore. Un bilancio del Novecento teatrale. Roma: Bulzoni,

     2000.

ELAM, Keir. The Semiotic of Theatre and Drama. Londres - Nova York: Methuen, 1980.

FISCHER-LICHTE, Erika. Semiótica del teatro. Madri: Arco/Libros, 1983.

MINOIS, Georges. História do riso e do escarnio. São Paulo: Unesp, 2003.

PAVIS,  Patrice. Diccionario del teatro. Dramaturgia, Estética, Semiología. Barcelona: Paidos,  1984.

-----.  El teatro y su recepción. Semiología, cruce de culturas y Postmodernismo. La Habana: Casa de las Américas-Embajada de Francia, 1994.

-----.  Teatro contemporáneo: imágenes y voces. Santiago: Arcis, 1998.

-----.  Los nuevos instrumentos del análisis teatral. Semiósfera. Madri: Universidad

    Carlos III, 1997.

-----. Una nozione piena d’avvenire: la sottopartitura. Drammaturgia dell'attore. Coord.  Marco De Marinis. Colonia: I Quaderni del Batello Ebbro,  1998.

----. Análise dos espectáculos. São Paulo: Perspectiva, 2003.

PRADO ARNONI, Antônio. Trincheira, palco e letras. São Paulo: Cosac e Naify, 2004.

PICAZO, Gloria (Coord). Estudios sobre performance. Sevilha: Centro Andaluz de Teatro-Gráficas del Sur, 1993.

ROJO, Sara. Tránsitos y desplazamientos teatrales: de América Latina a Italia. Santiago: Cuarto propio, 2002.

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-----. Magnitudini della performance. Roma: Bulzoni, 1999.

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Ubersfeld, Anne. Semiótica teatral. Murcia: Cátedra, 1989.

VILLEGAS, Juan. Ideología y discurso crítico sobre el teatro de España y América Latina. Minnesota: The Prisma Institute, 1988.

WILLIAMS, Raymond. Tragédia moderna. São Paulo: Cosac, 2002.

 

 

10. CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO DE  MISSÕES.

2007
AGOSTO A DEZEMBRO

a)     Início do levantamento de obras literárias e de bibliografia suplementar. Leitura ou releitura da bibliografia teórica e do corpus inicial do projeto.

b)     Intercâmbio de estudantes nos diversos níveis. Esses intercâmbios dependem de outras instâncias de financiamento: programa de intercâmbio da UFMG, contribuição da Universidad de Chile e outros.

c)      Pesquisa conjunta via internet para sincronizar o andamento das pesquisas.

d)     Elaboração de um artigo de cada pesquisador sobre pesquisa até então realizada. Os trabalhos produzidos serão comentados pelo grupo.

 

2008

JANEIRO A JULHO

a)     Viagem de pesquisador chileno a Brasil, em missão de trabalho, com duração de 7 dias. Essa viagem incluirá um evento aberto à comunidade universitária e compra de material bibliográfico.

b) Intercâmbio de estudantes nos diversos níveis.

c)  Pesquisa conjunta via internet.

d) Publicação do trabalho conjunto produzido até o momento.

 

AGOSTO A DEZEMBRO

a)       Viagem de dois pesquisadores brasileiros para o Chile, em missão de trabalho, com duração de 7 dias.

b)       Pesquisa conjunta via internet.

c)      Intercâmbio de estudantes nos diversos níveis.

d)     Apresentação da pesquisa realizada. Produção de um segundo artigo de cada pesquisador, sendo que o conjunto do grupo terá ampla intervenção em todas as produções, tendendo à consolidação da pesquisa em um livro conjunto.

 

JANEIRO A JULHO DE  2009

a) Articulação da pesquisa conjunta via internet para publicação

b) Intercâmbio de estudantes nos diversos níveis.

c) Preparação do livro con os resultados finais.

10.ORÇAMENTO

AGOSTO A DEZEMBRO DE 2007

 

 

Em real

Material Permanente

 

2 notebooks

 6500

Subtotal

6.500

 

 

JANEIRO A JULHO DE 2008

 

Em real

Passagens aéreas

 

1 passagem aérea SANTIAGO / BHZ / SANTIAGO

 1500

7 Diárias no Brasil  de um pesquisador chileno.

3.000

Subtotal

4.500

 

AGOSTO A DEZEMBRO DE 2009

 

Em real

Passagens aéreas

 

2 passagens aéreas BHZ/SANTIAGO/BHZ

3000

14 Diárias no Chile (dois pesquisadores  com  7 diárias)

6000

Subtotal

9000

 

TOTAL: 20.000

 

 

 

 

 

 

 



[1] PAVIS, in DE MARINIS, 1998, p. 86-87.

[2]  ARNONI, 1986, p. 167.

[3] FACCIO, 1992, p. 124.

[4] RICCEUR,. 2000, p. 399.

[5] ARON apud RICCEUR, 2000, p. 435.

[6] SCHECHNER, 1999.

[7] Silvano Santiago aponta que “A política e a cultura rebelde de cada dia cujo perfume privado exala no espaço público. Ela não é mais manifestação coesa e coletiva de afronta ideológico- partidária” . SANTIAGO, 2004, p.138.