Web Poesia: o diálogo entre O livro depois do livro, de Gisele Beilgueman, e O livro de areia, de Jorge Luis Borges

Marilaine Lopes

Segundo sua autora, Gisele Beiguelman, O livro depois do livro é um ensaio sobre literatura, leitura e mídia no contexto da Internet. Ensaio que se engendra por meio do que tem sido categorizado como web poesia ou poesia eletrônica. Esses termos são questionáveis e seus alcances e contornos ainda não estão bem delineados. A fim de esclarecer o objeto de estudo deste trabalho, definiremos poesia eletrônica, tendo a cautela de advertir que se trata de uma definição grosseira, como uma possibilidade da ciberliteratura, ou ainda, da web arte, ou seja, arte produzida através de recursos informáticos e cuja divulgação e leitura se faz por meio da Internet. Esses são termos novos, que se entrelaçam e se confundem na indefinição do que ainda é processo.

O livro depois do livro foi escolhido como centro de gravidade para este trabalho por considerarmos os elementos que o constituem uma síntese dos elementos que inspiram nossos questionamentos e nossas reflexões sobre esse novo tipo de expressão. O fato de ser a própria obra um questionamento é uma característica interessante, visto que isso a torna articuladora dos elementos a que nos referimos anteriormente. Alguns desses elementos são: o caráter fragmentário e fugaz da obra, a desmaterialização, o hibridismo de linguagens, o embaralhamento dos significantes beirando a ilegibilidade, a precariedade e o inacabamento da obra, a apropriação de paradigmas da cultura do livro e da literatura e a afirmação de que cada leitura pode ser considerada como uma experiência primeira e única.

Esses dois últimos elementos surgem na tentativa da autora de dialogar com o conto O livro de areia , de Jorge Luis Borges. Em O livro de areia, Borges narra a história do livro infinito, cujas páginas, uma vez viradas, não poderiam ser lidas novamente. Angustiado diante da vertigem que o livro provoca, o narrador decide abandoná-lo na estante de uma biblioteca; afinal, segundo ele, não haveria melhor lugar para se perder um livro. Ao citar o conto de Borges em uma obra de web arte, Beiguelman inscreve, enquanto rastro, a literatura em um outro sistema semiótico. Essa inscrição se faz de duas formas: por meio de citação, como na frase “Esse site gostaria de fazer parte do livro de areia de Jorge Luís Borges” ou através da apropriação da idéia central do conto: a existência de um livro cujas páginas só poderiam ser lidas uma vez e cuja trama seria infinitamente desdobrável. Para isso, a autora lança mão dos recursos técnicos próprios da web, remetendo o leitor, através de links, a outras obras de web arte. Ao sair da página d’O livro depois do livro através de um desses links, o leitor não consegue mais retornar a ela pelos recursos normais do browser. Assim, como no livro de areia borgiano, não é possível voltar à página anterior e lê-la novamente. Como descreve Beiguelman:

Este site gostaria de fazer parte do Livro de Areia, de Jorge Luis Borges. Tem entre seus eixos uma estante. É impossível voltar às suas prateleiras pelos recursos do browser. Você sempre retornará a um intervalo. Para transitar entre as prateleiras, utilize a barra de navegação. Ao selecionar uma das obras da estante, você sairá deste site. Afinal, lembrando novamente Borges, existe um lugar melhor do que uma biblioteca para perder um livro?

A estante descrita por Beiguelman é um índice que apresenta vários links para outras obras de web arte. Ao escolher um link e ser lançado à outra obra, o leitor perfaz um itinerário de leitura que ele não havia previsto. Como uma das características das obras eletrônicas é apresentar várias opções de escolha entre links em um mesmo ponto, ou seja, da página a pode-se escolher ir para a página b, c, d ou z, cada escolha desenha um caminho único. Ao cruzar os caminhos possíveis contidos n'O livro depois do livro com os de outras obras, Beiguelman exacerba a complexidade do processo de leitura em rede.


Esse percurso de leitura proposto por Beiguelman se articula com as características de inacabamento e fugacidade da obra. Essa se apresenta sempre em processo, uma vez que a autora deixa à mostra as marcas de sua construção, não apresentando seu trabalho como uma forma acabada. Também porque a obra para se constituir depende do olhar do leitor-navegador e esse olhar nunca é definitivo, uma vez que cada leitura desenha um caminho novo: há sempre links que ainda não foram experimentados e novas combinações entre o que já foi lido e o que ainda está por vir. A fugacidade diz respeito a esse olhar sempre renovável, mas também ao fato de que esse tipo de trabalho não poderá permanecer eternamente disponível em rede e o seu armazenamento em suporte para arquivo, por exemplo em CD-ROM, implica adulterar suas características mais intrínsecas que dizem respeito à leitura on-line.


Essas duas características, de inacabamento e fugacidade, relacionam-se com os princípios de “metamorfose” e de “multiplicidade e de encaixe de escalas”, dois dos seis parâmetros apontados por Lèvy como fundamentos do hipertexto . O princípio de metamorfose diz respeito ao processo de constante construção e renegociação nas redes hipertextuais. O hipertexto de que se constitui a web se apresenta em processo de constante mutação: novos sites são criados enquanto outros são extintos, conexões são feitas ao mesmo tempo em que outras são desfeitas e a constante implantação de novos softwares possibilita o estabelecimento de novas interfaces e relações. Por fazerem parte desse espaço, as obras de web arte também estão sujeitas às transformações sofridas por ele.
Esse elemento se articula com o principio de “multiplicidade e de encaixe de escalas”, segundo o qual o hipertexto se organiza de maneira fractal, ou seja, cada nó que constitui a grande rede é também uma rede. Ao abrir seu trabalho aos outros trabalhos da web, através de links, Beiguelman explicita esse processo. Nesse jogo, O livro depois do livro mostra sua ausência de contornos e limites, que é a própria falta de contornos e limites da grande rede. Aqui cabe novamente a metáfora borgiana do livro de areia, pois, de acordo com Lèvy:

Os dispositivos hipertextuais nas redes digitais desterritorializaram [grifos do autor] o texto. Fizeram emergir um texto sem fronteiras nítidas, sem interioridade definível. Não há mais um texto, assim como não há uma água e uma areia, mas apenas água e areia. O texto é posto em movimento, envolvido em um fluxo, vetorizado, metamórfico. Assim está mais próximo do próprio movimento do pensamento, ou da imagem que hoje temos deste. Perdendo sua afinidade com as idéias imutáveis que supostamente dominariam o mundo sensível, o texto torna-se análogo ao universo de processo ao qual se mistura.


Com o intuito de discutir o estatuto desse texto emergente frente ao já estabelecido texto impresso, a autora se apropria criticamente de elementos estruturais do livro, como o conceito de “índice”, apresentando, em uma de suas páginas, um índice formado por links que remetem às várias páginas da obra. Ao fazê-lo, ela sugere que, embora pareça abrupta, a passagem de um suporte a outro não se faz por mero choque ou substituição. Podemos constatar isso ao observarmos a história do livro: termos como “índice” e “página”, usados desde os antigos códices manuscritos, foram herdados pelo livro impresso e persistem na configuração do computador e da Internet. No caso da informática, define-se índice, ou index, como uma lista de itens na memória de um computador. De um suporte para o outro, muitos elementos mudam, ao mesmo tempo em que algo permanece, caracterizando um processo que, embora desestabilize antigas práticas, não se dá de maneira abrupta. Chartier observa que, quando da mudança da cultura do manuscrito para a do impresso, houve uma continuidade e não uma ruptura total entre uma e outra forma: além do impresso herdar certas características estruturais do livro manuscrito (folhas dobradas formando cadernos e depois protegidas por uma encadernação e os mesmos instrumentos de identificação, como a paginação), esse perdurou ainda por muito tempo, mesmo após a existência do impresso. Pelo menos dois motivos podem ser apontados como razão para isso – o fato de as cópias manuscritas servirem bem à reprodução de textos proibidos e o habitual medo diante do novo. Como observa Chartier, “havia suspeita diante do impresso, que supostamente romperia a familiaridade entre o autor e seus leitores e corromperia a correção dos textos, colocados em mãos ‘mecânicas’ e nas práticas do comércio.”

Interessa à autora, a partir dessa apropriação, propor “uma formação cultural híbrida, fundada sobre suportes digitais e impressos ao mesmo tempo em que critica os discursos fatalistas sobre o fim do livro e reflete sobre a incapacidade da Internet de se organizar a partir de um vocabulário próprio, coerente com suas especificidades. Segundo Beiguelman:


Tão estável é o livro impresso que a Internet ainda não conseguiu inventar um vocabulário próprio para a visualização de seu conteúdo na web. As telas de qualquer site dispõem páginas [grifos da autora], critérios biblioteconômicos [grifos da autora] de organização do conteúdo regem os diretórios, como o Yahoo, e a armazenagem de dados é feita de acordo com padrões arquivísticos de documentos impressos, seguindo à risca o modelo de “pastas e gavetas”, inclusive no seu formato icônico.
A percepção desse tipo de situação não significa reconhecer que a Internet nada mais faz do que incorporar um repertório cultural. Recusa-se apenas o raciocínio por exclusão. Aposta-se aqui na cultura híbrida.
São as zonas de fricção entre as culturas impressas e digitais, o que interessa, as operações combinatórias capazes de engendrar uma outra constelação epistemológica e um outro universo de leitura.


Outro elemento a ser considerado nas discussões sobre a possível substituição do livro pelas mídias informacionais é o fato de as obras de arte, que se utilizam desses meios se apropriarem de elementos da literatura para se constituírem. Esse é o caso da obra em questão, que retoma a idéia do conto de Borges, e também o fato dos web artistas utilizarem os gêneros literários para denominarem seus trabalhos como as generalizações “web poesia, ciberliteratura e non-roman”, por exemplo. Dessa forma, a literatura não é abandonada diante do novo, mas sim tomada como referência. E, ao circular em meios que lhe são estranhos, como no caso da web arte, da vídeo arte e do cinema, a literatura passa a ser divulgada, alcançando um público que, criado diante dos monitores de tv e de computador, não tem a leitura de texto impresso como hábito. Assim, as diferentes formas da literatura se apresentar, seja no livro ou sendo retomada nas telas, se relacionam e se complementam como observa Vasconcellos:


A tela do computador e do vídeo são utilizadas tanto para a constituição de trabalhos que se aproximam das artes plásticas, conjugando-as com o signo verbal, como a vídeo-poesia, quanto para inscrever a narrativa na tela, como no exemplo do conto em vídeo. Assim, a narrativa textual do livro convive com vídeos e sites, em que páginas literárias interativas permitem a recepção de poemas que se movimentam e de contos, crônicas e romances que podem ser modificados pelos usuários. Diante dessa complexidade contemporânea, há vetores de conservação e renovação, em que a literatura busca subsídios, para sobreviver à concorrência das múltiplas formas artísticas e culturais, mas em que também é reivindicada como modelo formal ou temático, para que tais formas se constituam enquanto arte.


O suporte muda, mudamos também. Cada suporte nos impõe uma maneira de lidarmos fisicamente com ele, visto que a leitura não é apenas um ato cognitivo; existe uma mediação física na maneira como apreendemos o que lemos. Nosso olhar, nossa voz, nosso silêncio e nossas mãos (escrevendo às margens ou clicando através do mouse) interferem fisicamente no que é lido. Também diz respeito a essa mediação física na leitura a maneira de sentarmos ou de nos debruçarmos sobre o livro, a possibilidade de levá-lo conosco ou não, e até mesmo o gosto fetichista pelo livro enquanto objeto, que podemos constatar ao observamos a preocupação que se tinha com a ornamentação dos manuscritos e, atualmente, a explosão de formas e possibilidades gráficas dos textos impressos.


Aqui ecoam as observações de Benjamin, em seu Guarda-livros juramentado , quanto à mudança dos modos de leitura frente ao que ele chamou de ditatorial verticalidade dos textos jornalísticos, publicitários e fílmicos. Segundo ele, essa verticalidade rouba a escrita de seu asilo no livro impresso, uma vez que ela é arrastada para as ruas pela publicidade e submetida aos fluxos do mercado. Parece incomodar ao crítico o ruído e a vertigem do excesso que interferem negativamente na leitura, como podemos observar neste fragmento:

E, antes que um contemporâneo chegue a abrir um livro, caiu sobre seus olhos um tão denso turbilhão de letras cambiantes, coloridas, conflitantes, que as chances de sua penetração no livro se tornaram mínimas. Nuvens de gafanhotos de escritura, que hoje já obscurecem o céu do pretenso espírito para os habitantes das grandes cidades, se tornarão mais densas a cada ano seguinte.


Turbilhão de letras cambiantes, coloridas, conflitantes, nuvens de ganhafotos de escritura. Esse desenho que Benjamin nos apresenta parece perfeito para falarmos do texto eletrônico. Por exemplo, ao ler um jornal on-line, verticalmente, na tela, posso perceber a primeira página (cuja disposição das notícias não se diferencia, em termos de disposição gráfica, da primeira página do jornal impresso) ou a página que me interessa, à qual fui remetida ao digitar meu assunto de interesse em algum programa de busca ou através de algum link em uma outra página qualquer; ao invés de folhear para ir à notícia que me interessa, clico em um link e o texto move-se diante de mim. Enquanto leio, no canto superior da tela imagens se movem, coloridas e apelativas, convidando-me a comprar alguma coisa. Em outro canto da tela, frases não param de correr me avisando das notícias mais recentes. Eu posso, ainda, estar ouvindo uma música, porque coloco um CD no meu drive ou porque já a tenho armazenada em meu computador. Haverá dispersão ou será que um novo tipo de concentração se desenvolve diante dessas nuvens de gafanhotos?

Em O livro depois do livro, esse caráter dispersivo do texto eletrônico é assumido e ampliado. Usando recursos informáticos, esse texto (que é feito de palavras, de símbolos variados e de imagens) move-se na tela: em um determinado momento, sua leitura é obliterada por uma imagem que se superpõe; em outro, uma frase se inscreve na tela vinda de um fundo branco, esmaecendo-se pouco tempo depois, num instante em que, enquanto se apaga, em seu lugar, surge outra frase, intercalando-se assim as duas num momento em que nada se lê.

Em uma das páginas desse livro temos a seguinte inscrição: “na interseção das palavras e dos símbolos redefinem-se os limites da linguagem” . Essa frase, repetida várias vezes, ocupando toda a tela, é inscrita sobre um fundo cinza, de forma híbrida, por caracteres alfabéticos, informáticos e por símbolos gráficos. Esses símbolos superpostos beiram a ilegibilidade. A autora parece propor, através da mescla de símbolos, o que ela chama de redefinição dos limites da linguagem. Embora reconheçamos nessa proposta aspectos interessantes, pensamos ser ela questionável e de certa forma empobrecedora. Essa arte é Interessante quando propõe uma leitura não-hierárquica, ou seja, quando apresenta a possibilidade de uma linguagem não ser considerada mais importante do que a outra, sendo então possível que palavras e imagens componham algo conjuntamente, de forma que uma não seja ilustração da outra, mas sim que a potencialidade expressiva de cada uma, dentro de suas especificidades, seja ampliada e não, reduzida. Por outro lado, questionamos o excesso e o ruído, que surgem sempre que as linguagens são convidadas a se mesclarem umas às outras. Pensamos aqui nas experimentações cinematográficas de Peter Greenaway ou nas experimentações teatrais do grupo AkheRussian Engineering Theatre . Em ambos os casos, a superposição de vários meios de expressão chega ao excesso imagético, possibilitando duas leituras: ou nada se apreende da obra, já que o excesso de informação não nos permite fixar a atenção, ou seja, o excesso leva a ilegibilidade; ou uma outra percepção é requerida, uma percepção dispersa. Talvez o certo seja dizer que se trata de uma percepção que se faz por um tipo diferente de concentração e que, dessa forma, captura aqui e ali, nessas “letras cambiantes, coloridas, conflitantes” o que lhe interessa, o que dará origem a um outro texto.

Pensamos que essa proposta pode ser empobrecedora se for lida como uma afirmação de que, na contemporaneidade, só a interseção das palavras e dos símbolos variados possibilita à linguagem ampliar-se. O que vemos na verdade é que a mesclagem de várias linguagens não garante, por si só, a reinvenção. É preciso muito mais: nem todas as mesclagens são eloqüentes como as citadas anteriormente, às vezes o que temos é apenas barulho.

Em alguns casos, nota-se diante das artes que se valem de tecnologias eletrônicas e informacionais um entusiasmo puramente tecnicista, ou seja, um entusiasmo pueril diante da técnica e dos maneirismos que a máquina permite. Muitas das obras que podem ser vistas em rede são apenas um amontoado de letras coloridas dançando na tela, mescladas a imagens, sem nenhum conteúdo, beleza ou eloqüência. Como dissemos anteriormente, a reinvenção não está na novidade em si, mas na habilidade para se trabalhar com o que se têm à mão – seja papel, lápis, câmera de vídeo ou computador.

“Olhe-a bem. Já não a verá nunca mais”, diz o vendedor de Bíblias ao narrador d’O livro de areia. O mesmo pode-se dizer dessas páginas, perceptíveis ao olhar através de pixels, pontos de luz pequenos como grãos de areia. Páginas efêmeras, fadadas ao desaparecimento, porque constituintes de um livro mutante, ou de uma rede, que parece se definir pelo constante movimento.


Notas

www.desvirtual.com
BORGES, 1975. p.115.
www.desvirtual.com/thebook/portugues/bula.htm
Isso pode ser observado na página www.desvirtual.com/thebook/whatwhere.htm. Trata-se de um índice formado por links que remetem a outras páginas da obra. A autora deixa à mostra as datas de modificação de cada página a que remetem os links. Assim podemos saber, por exemplo, que uma das páginas foi finalizada no dia 12 de agosto de 1999 e outra no dia 06 de setembro de 2001, constituindo respectivamente, a primeira e a última data de modificação do texto (há a inscrição de outras datas entre elas). Também a hora em que a página foi salva fica registrada (a primeira às 15:02 h, a segunda às 16:15 h).
Lèvy,1993. p.25.
Segundo o autor, os princípios básicos do hipertexto são: metamorfose, heterogeneidade, multiplicidade e encaixe de escalas, exterioridade, topologia e mobilidade dos centros. É preciso considerar que esses princípios são interligados, estando em constante interação.
LÈVY, 1999. p.48.
CHARTIER, 1998. p.9.
www.desvirtual.com/giselle/relatorio final.doc
www.desvirtual.com/giselle/relatorio final.doc
VASCONCELLOS, manuscrito. p.161.
BENJAMIN, 1997. p.27.
www.desvirtual.com/thebook/portugues/epigrafe.htm
Como podemos observar em Oito mulheres e meia, 1999.
Isso pôde ser observado em White Cabin, espetáculo apresentado no 6º Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte, em 2002.

Referências bibliográficas

BENJAMIN, Walter. Guarda-livros juramentado. In: __. Rua de mão única: São Paulo: Ed.
Brasiliense, 1987. p. 27-29. (Obras escolhidas II)

BORGES, Jorge Luis. O livro de areia. In: __. O livro de areia. Rio de Janeiro: Ed. Globo,
1975.

CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: UNESP, 1998.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. . Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

LÉVY, Pierre. O que é o virtual ? São Paulo: Editora 34, 1999.

VASCONCELLOS, Viviane Madureira Zica. Conto em vídeo: rastros da literatura em outro sistema semiótico. 2002. 192 f. (Mestrado em Estudos Literários) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Poesia virtual e Web Arte

BEIGUELMAN, Giselle. <content=no cache>. <http:/www.desvirtual.com/nocache>.

BEIGUELMAN, Giselle. poetrica. <http:/ www.desvirtual.com/poetrica>.

BEIGUELMAN, Giselle. O livro depois do livro.<http:/ www.desvirtual.com/thebook>.

BEIGUELMAN, Giselle. wopart. <http:/ www.desvirtual.com/wopart>.

BOUTINY, Lucie de. Non-roman. < http://www.synesthesie.com/boutiny/index.htm>.